Allegory Studies

Nalgumas obras, da literatura ao cinema, passando pela pintura, fotografia e teatro, o espectador é confrontado com certas coexistências impossíveis: personagens ficcionais convivem, lado a lado, num mesmo plano de existência, com figuras supostamente reais. Foi para explicar estas situações que o narratologista Gérard Genette criou o conceito de metalepse, a qual consiste na junção, em termos exclusivamente diegéticos, no interior de uma mesma realidade artística, de dois níveis ontológicos diferentes. O mesmo é dizer que dentro de uma história, há figuras que se desempenham do papel de "personagens" e outras se incumbem do papel de "criadores", mas, no fundo, todas elas são inteiramente ficcionais, pois

Derek Jarman was a multifaceted artist whose intermedial versatility reinforces a strong authorial discourse. He constructs an immersive allegorical world of hybrid art where different layers of cinematic, theatrical and painterly materials come together to convey a lyrical form and express a powerful ideological message. In Caravaggio (1986) and Edward II (1991), concomitant perspectives. In Caravaggio, through the use of tableaux of abstract meaning and by focusing on the detailing of the models' poses, Jarman re-enacts the allegorical spirit of Caravaggio's paintings through entirely cinematic resources. Edward II was a king, and as a statesman he the theatrical basis of Christopher Marlowe's Elizabethan play bringing it up to date in a successfully abstract approach to the musical stage. In this of existential phenomenology as advocated by Vivian Sobchack and Laura U. Marks, in order to address the relationship between the corporeality of a means to convey intradiegetically the sense-ability at play in the cinematic touching the spectator in a supplementary fashion. The two corporealities favour an inter-artistic immersion achieved through coenaesthesia.

For a long time the allegorical activity was considered dogmatic and equated with artistic fossilization, archaic religious propensity and lack of creativity. However, Walter Benjamin (1928) and Paul De Man (1969), among other illustrious thinkers, came to its defense, exalting, instead, its cryptic, hybrid and abstract nature, which, incidentally, are the main characteristics of modern art. "Twin Peaks -Fire Walk with Me" (David Lynch, 1992) is a wonderful object of analysis, despite being one of the most misunderstood films in the history of cinema. The fact that its narrative is a prequel to the cult television series "Twin Peaks" and incorporates many of the characters of that show, explicitly denigrating the moral image of the protagonist, Laura Palmer, brought about an intense rejection by the fans of the series, as well as the indifference of the cinephilic community in general. However, one must go deeper, in order to understand Lynch's brave accomplishment and its artfulness. Indeed, the opus is a powerful cinematic allegory because it contains a double layer of metaphorical meaning, one of them being explicitly metacinematic. Thus, besides assuming itself as a filmic daimonic allegory, occurring in a spiritual universe of Good versus Evil, the film is also an authorial discourse on cinema itself. More specifically, it is an allegory of spectatorship, according to Robert Stam's definition, where the existence and crossing over to "another side" duplicates the architecture of movie theatres and the psychic processes involved in film viewing.

Esta comunicação é parte dos resultados das duas pesquisas de Iniciação Científica já finalizadas, ambas financiadas pelo CNPq, e que continuam na terceira, que está em andamento, financiada pela Fapesp (Processo 21/13569-8) - intitulada "'Fogo à vontade!' - lendo os massacres coloniais pelos filmes senegaleses 'Emitai'' (1971) e 'Camp de Thiaroye' (1988), de Ousmane Sembène". O objetivo da comunicação é pensar as representações de massacres coloniais que aconteceram em territórios africanos da colonização francesa durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) - os massacres de Casamansa (1942), Thiaroye (1944) no Senegal (na época, África Ocidental Francesa - AOF) e Sétif (1945), na Argélia. Para isso apresentaremos leituras das duas obras cinematográficas do "pai do cinema africano", o cineasta senegalês Ousmane Sembène (1923-2007): "Emitai" (1971) e "Camp de Thiaroye" (1988). Os dois longa-metragens mostram representações da violência colonial presente no Senegal, nosso objetivo é pensar como são construídas tais visões por Sembène, um cineasta conhecido pelo seu cinema político e criticidade, principalmente em relação à França, o país colonizador. Pretendemos pensar os cinemas africanos em dois contextos, o primeiro por meio dos filmes de Sembène - ou seja, um cinema do continente africano em suas origens, afinal, ele foi o responsável pela realização do primeiro longa-metragem produzido na África Subsaariana por um africano: "La Noire De" (1966). Mas além desta, faremos um diálogo com os cinemas africanos da contemporaneidade por meio do cineasta franco-argelino Rachid Bouchareb (1953-). Apresentaremos duas de suas obras: a animação curta-metragem "L'ami y'a bon" (2004) e o longa-metragem "Hors La Loi" (2010). Gostaríamos de desenvolver tais análises baseados em ideias de autores da teoria pós-colonial como Aimé Césaire e Frantz Fanon, de modo a contribuir para a área da relação entre Cinema e História, pensado a partir das especificidades dos cinemas africanos, e também da História da África Contemporânea.

Here is a sample 6 pages of the beginning of the annotated edition and translation of El Laberinto de Fortuna of Juan de Mena but not the introduction which is very brief in order to fit within the guidelines of the series. The Spanish edition has been modernized for ease of reading as long as it did not interfere with the meter of the poem.

Comment citer Numéro complet Plus d'informations de cet article Site Web du journal dans redalyc.org Système d'Information Scientifique Réseau de revues scientifiques de l'Amérique latine, les Caraïbes, l'Espagne et le Portugal Projet académique sans but lucratif, développé sous l'initiative pour l'accès ouverte

Capítulo publicado no livro  "Territórios psicossociais" (Eduerj, 2024) e que tem como ponto de partida o cruzamento entre a “antropologia compartilhada” empreendida por Jean Rouch em incursões cinematográficas no continente africano, especialmente no filme "Eu, um negro" (1959), e o modo como a cineasta senegalesa Safi Faye se apropria de métodos do cinema etnográfico para encenar as tradições de um grupo étnico ao realizar o filme Mossane (1996). Tais obras, ao tempo em que configuram gestos narrativos que partem do legado do cinema etnográfico, constroem o que denominamos de "figurações da África" de forma diversa, borrando as fronteiras entre ficção e documentário e engendrando um deslocamento acerca das próprias noções de alteridade em produções audiovisuais realizadas em contextos africanos.

Esta obra nasce da intenção de haver mais publicações sobre os cinemas produzidos no continente africano em língua portuguesa. Durante o século XX, houve diversos projetos coloniais que tinham como objetivo a promoção dos diversos colonialismos nos países africanos. Como resposta à “biblioteca colonial” diversos cineastas e artistas começaram a realizar obras que iam ao encontro de filmes de ficção e documentários. Buscando contribuir singelamente com o campo de estudos africanos de uma maneira acessível, principalmente para os professores da educação básica e novos pesquisadores, a obra buscou trazer em cada capítulo uma pequena análise de algum aspecto na relação entre cinema e História no continente africano.

Available for the first time in English translation, Girolamo Zanchi's Commentary on the Apostle Paul's Epistle to the Philippians is a foundational work for a Reformed reading of Philippians. It showcases the exegetical skills and methods of early Reformed orthodoxy, offers timely wisdom for godly living, and sheds light on the formulation of Reformed Christology, especially in its extended engagement with Philippians 2:5-11. Accordingly, the commentary showcases the exegetical underpinnings of Zanchi's theological writings. More broadly, this work set the stage for later Reformed theologians like Francis Turretin, Petrus van Mastricht, and Herman Bavinck, who often followed Zanchi's lead and have increasingly become conversation partners for Reformed theologians, pastors, and lay Christians in the twenty-first century.

Resumo: Este estudo investiga as representações da infância na série de quadrinhos Akissi, da marfinense Marguerite Abouet e do francês Mathieu Sapin. A série narra, com um forte tom humorístico, as travessuras e aventuras de uma menina chamada Akissi, que reside em um cenário urbano de Abidjan, a maior cidade e centro econômico da Costa do Marfim. A análise problematiza a questão das figurações em torno de criança fora dos moldes ocidentais, discutindo como as vivências infantis africanas são moldadas por contextos culturais e sociais específicos. O artigo também foca nas interações sociais, brincadeiras e dinâmicas comunitárias locais, de modo a refletir sobre as diversas maneiras pelas quais a infância é experienciada em um contexto africano, contrapondo-se às narrativas frequentemente encontradas na produção cultural ocidental.

Abstract: This study examines the representations of childhood in the comic book series Akissi, created by Ivorian author Marguerite Abouet and French illustrator Mathieu Sapin. The series humorously chronicles the mischiefs and adventures of a young girl named Akissi, who lives in an urban setting in Abidjan, the largest city and economic hub of Côte d’Ivoire. The analysis interrogates the depiction of  children  outside Western  paradigms,  discussing  how African  childhood  ex-periences  are  shaped  by  specific  cultural  and  social  contexts. The  article  also emphasizes social interactions, play, and local community dynamics, reflecting on the diverse ways childhood is experienced within an African context, in contrast to the narratives frequently encountered in Western cultural production.

Um dos textos desta edição (Andermann, 2024) relembra a morna "Sodade", canção composta nos anos 1950 por Armando Soares: "Quem te mostrou esse longo caminho? Quem te mostrou esse longo caminho? Esse caminho para São Tomé?", indaga os primeiros versos, em crioulo cabo-verdiano, emendados ao refrão: "Saudade, saudade, saudade, da minha terra de São Nicolau". "Sodade" canta a despedida de um kontratadu 1 , estatuto comum aos emigrantes econômicos de Cabo Verde que partiam do cais de São Nicolau em direção à Europa, à América e a outros países da África submetidos a um acordo de trabalho análogo à escravidão. Personagem presente nos filmes de Pedro Costa, o kontratadu é uma das várias persistências da sintomatologia colonial-com reverberações não somente econômicas e territoriais, mas também linguísticas, culturais e subjetivas. 1 A figura do kontratadu surge no início do século XIX no rescaldo das secas e crises de fome em Cabo Verde. Tratava-se do acordo para trabalhar por cerca de dois anos nas plantações de São Tomé e Príncipe. Mais tarde, essa condição estendeu-se para outros continentes, em condições semelhantes às dos escravizados e prisioneiros angolanos e guineenses (Andermann, 2024).

O cinema da Guiné-Bissau é, sobretudo, conhecido por duas grandes figuras, nomeadamente Flora Gomes e Sana na N'Hada. O texto faz uma introdução ao contexto histórico e traça uma evolução do cinema a partir da independência. Resume as grandes linhas temáticas e estéticas para abordar, na segunda parte, duas produções recentes. Os primeiros longa-metragens do cineasta Filipe Henriques, O espinho da rosa, e de João Viana, A batalha de Tabatô. Estes filmes indicam uma transformação no cinema guineense que assume o caminho de um cinema transnacional.

In “Landscape Allegory in Nacer Khemir’s Desert Trilogy,” Ebrahim Barzegar and Fatemeh
Gholami analyze the Tunisian director’s aesthetic configuration of desert landscapes in
Wanderers of the Desert (1984), The Dove’s Lost Necklace (1991), and Baba Aziz (2005).
Deviating from the tendency of Hollywood and other mainstream production contexts,
Khemir’s work “challenges the common perception of deserts as harsh and uninhabitable
wastelands.” “Each film,” these scholars argue, “mobilizes an allegorical configuration of the desert as a spiritualized landscape for characters on profound journeys that ultimately reveal the true essence of being human.” More specifically, they assert, the filmmaker’s purpose across the breadth of these three films is to draw attention to “the past glory of Islamic heritage” and how the younger generation, corrupted by Western culture and modernization, has mostly abandoned its cultural heritage.

Este livro é resultado do III Seminário Áfricas: “Reflexos da Semana de Arte Moderna de 1922 no continente africano” ocorrido na UERJ e no MUHCAB / Rio de Janeiro entre os dias 09 e 12 de Novembro de 2022 e contou com recursos do Edital E_35/2021 – APOIO À EVENTOS BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA/CENTENÁRIO DA SEMANA DE ARTE MODERNA- 2021 - FAPERJ / Rio de Janeiro, a quem agradecemos. A idealização e construção deste evento também contou com a comissão organizadora do Áfricas: Sociedade, Política e Cultura (CNPq), coordenado pelos professores Dr. Washington Santos Nascimento (UERJ) e Profa Dra. Crislayne Gloss Marão Alfagali (PUC -Rio).

Neste artigo, tento problematizar a atuação da Netflix como agente do campo de poder que impacta as dinâmicas de funcionamento do campo de produção dos cinemas africanos, a partir da sua atuação na Nigéria. À luz de Bourdieu (1996), busco contextualizar o lugar da Netflix como uma instância de poder sobre os agentes criativos africanos, incentivando financeiramente seus projetos ao mesmo tempo em que impõem limites em termos temáticos, linguísticos e estéticos, além de manterem o controle sobre os modos de distribuição. Amparada no conceito de colonialidade do poder como discutida por Walter Mignolo (2020), interessa-me pensar a Netflix a partir dos supostos diferenciais que ela traz para essa relação: a participação ativa de agentes criativos do audiovisual africano e a promessa de alcance global, algo que nunca chegou a acontecer para os cinemas da África.

Este artigo aborda a relação das sociedades tradicionais africanas com a palavra e a oralidade, relacionando-a com sua própria sociabilidade e cosmovisão, para além do desastre da colonização, tendo como referências o escritor tradicionalista malinês Amadou Hampâté Bâ, e os narradores griots Sotigui Kouyaté e Hassane Kouyaté. Compara o trabalho do ator ocidental com o griot/dieli, artista cênico narrador das histórias tradicionais africanas em sua relação com a verdade, e problematiza a verdade cênica, a partir do trabalho de Stanislávski e o conceito de perejivanie , da experiência que transforma, aproximando-o do sentido iniciático dos tradicionalistas africanos.

Este artigo propõe a articulação de ideias no campo dos estudos das relações internacionais em África em diálogo com as possibilidades do teatro como um campo experimental de observação de fatos sociopolíticos, a partir da oposição entre a visão afrocentrada de Grovogui e a visão ocidental de Jackson sobre as construções sociopolíticas dos Estados e noções de soberania em África, tendo por base um fato histórico envolvendo a figura de Tierno Bokar, líder religioso islâmico do Mali. Partindo deste caso, reflito sobre como a figura histórica do líder malinês foi retratada em cena pelo griot e ator Sotigui Kouyaté (Mali/Burkina Faso), no espetáculo também intitulado Tierno Bokar, dirigido por Peter Brook, com atores de múltiplas nacionalidades do Centre International de Recherche Théâtrale (Cirt). Desta forma o grupo teatral é analisado como um laboratório para se pensar as relações internacionais num jogo transversal envolvendo cultura e política.

This article intends to analyze the film Emitai (1971), directed by Sembene Ousmane from a dialog with post-colonial and decolonial studies, starting from an African perspective on events. Therefore, we will use the film analysis, articulating the cinematographic narrative with interviews of the director, besides the analysis of the posters produced for the international festivals where the film was screened. The story of the movie narrates the resistance of a Diola village in southern Senegal against French colonialism, so, we bring the category of emancipation to discuss the policies proposed by Sembene and how it is done in his film narrative. Director and screenwriter Sembene Ousmane is considered one of the main film-makers of African cinema, serving as influence to several later generations of artists and politicians, both inside and outside the African continent

This article examines the ways in which Fflur Dafydd's 2008 novel Twenty Thousand Saints negotiates notions of the island space in a post-devolution Welsh context. It argues that the novel is a rich site in the analysis of the literary dimension of what Baldacchino describes as the "island-mainland […] dialectic" (Baldacchino, 2006, p. 10). Set on Bardsey, a real small island off the coast of north Wales, the novel employs a multiple-character narrative to explore and critique the various ways in which Bardsey has been constructed in the Welsh cultural imagination. In particular, the novel explores the idea of the island as a queer space. It does so in a way that posits Bardsey in dialectical relation to an ongoing, politically dynamic Welsh mainland. The article suggests that the novel can be read as a mainland appropriation of the island in the post-devolution era. Yet this is simultaneously an enabling imaginative act that confirms the power of literature to create new imaginative geographies.

Par delà son sujet apparent mythologique et une allégorie de la Paix des Dames de 1529, ce dessin proposerait une autre lecture justifiant le recrutement du peintre par François 1er .
La scène "mémorise" 16 noms chers à François 1er, encodés par une application plastique de l'Art de mémoire, où l'association d'idée est ici basée sur le calembour descriptif, et suit un ductus approprié, en relation avec le royal destinataire.

Kendisine klasik İslâm düşünce geleneğini temel alan Kutadgubilig kendini bir felsefîleşmiş kültür inşâasına katkıda bulunmak iddiasını taşıyan felsefe-"varlık" ile "bilgi" öğretileri, "bilim teorisi", "ahlâk", "dil', "din", "tarih" ile "toplum"-araştırmalarına; mantık ile matematik çalışmalarına ve bilim-"fizik", "gökbilim", "yer bilimleri", "kimya", "canlılar bilimi"-incelemelerine açacaktır. Kutadgubilig Felsefe-Bilim Araştırmaları'nda aranan başta gelen özellik, özgünlük, felsefe-bilim ciddîliği, enginlik, derinlik ile ifâde güzelliğidir. Özgünlükten kasdımız, öncelikle Türk müellifinin, ele aldığı soruna evvelemirde klasikleşmiş İslâm düşüncesinin bakış açısını da dikkate alarak çözüm önermesi keyfiyetidir. İfâde güzelliğine gelince; bundan murad olunan, Türkcenin, yüzyılların zevk ile letâfet imbiğinden süzülerek günümüze erişmiş soylu söz varlığı ile anlatım gücünün alabildiğine ortaya koyulmasıdır. Felsefe-bilim zihniyeti, taassub ile tek taraflılığı reddeder. Tersine, eleştiri tavrıyla yola koyulunur. Felsefe-bilim akılyürütme yolunun sonu yoktur. Her akılyürütme silsilesinin sonu gibi gözüken vargı, yeni bir gidişin başlangıcını bağrında taşır. Ancak, eleştirel tutum, özellikle ahlâk-tarih-toplum-siyaset çerçevesinde, açısızlık, görüşsüzlük ile ifâdesizlik anlamına gelmez, gelemez, gelmemelidir. Felsefe-bilim bağlamında ortaya koyulan bir verim, ilk bakışta, nice özgün gözükürse gözüksün, belli bir geleneğin bağrında yer almıyorsa, kalıcı bir anlam kazanamaz. Havaya saçılmış tohumları andırır. Ekinlerin yetişip serpilmeleri için tohumların, münbit topraklara atılmaları icâb eder. Benzer biçimde, düşünceler ile varsayımların kalıcı, etkileyici ve evrensel anlamlar kazanabilmeleri de belli bir felsefe-bilim geleneğinin (école) içerisine doğup bağrında neşvünemâ bulmalarına bağlıdır. İşte, Kutadgubilig Felsefe-Bilim Araştırmaları, Türk düşüncesinde böyle bir geleneğin oluşmasına zemîn hazırlayabilirse, kuruluş amacı doğrultusunda hizmet görmüş olacaktır. Derginin sayfalarında yazılarıyla yer alacak felsefeci-bilimadamlarımızın, dialektik bir anlatışta, düşüncelerini "çarpıştırıcak" bir ortama kavuşmaları dileğimizdir.

Il successo di pubblico e giro d'affari, un "record", e l'emissione di 6 francobolli dedicati ad alcune longeve manifestazioni denotano che il Carnevale è una tradizione molto vitale e che, oltre a costituire una risorsa economica, la serie di eventi rappresenta un bene molto prezioso, che arricchisce il patrimonio culturale nazionale.

Il presente contributo intende approfondire la cornice teorica nonché la fenomenologia estetica della poesia di ricerca italiana del Duemila illustrando tre funzioni interpretative che potrebbero far luce sulla proverbiale "opacità" di tali scritture: l'installazione, il dispositivo, l'allegoria metacognitiva, tutte basate su un'integrazione metodologica fra gli strumenti di analisi storico-letterari e, rispettivamente, quelli provenienti dall'ambito dei visual studies, dell'estetica filosofica e della poetica cognitiva.

No primeiro semestre de 2020, com a quarentena devido à pandemia de Covid19, o Cine África disponibilizou, no YouTube, uma seleção gratuita de onze filmes e debates com diretores e pesquisadores, com o objetivo de apresentar e ampliar nosso repertório sobre esta cinematografia. Essas questões são o assunto deste texto.

Conférence prononcée à l'occasion de la Journée d'études sur Walter Benjamin « Les outils de la critique », organisée par K. Genel et G. Raulet en avril 2014 à l'Université Paris-Sorbonne. 1 Le titre que j'ai voulu donner à cette contribution sur le Baudelaire de Benjamin-L'oeuvre et les phénomènes-peut être compris de plusieurs manières. D'abord, ce titre souligne l'importance des liens entre l'oeuvre littéraire de Baudelaire et son époque, comme l'indique expressément le sous-titre que Benjamin aurait voulu donner au livre sur Baudelaire : Ein Lyriker im Zeitalter des Hochkapitalismus (Un poète lyrique à l'apogée du capitalisme) 1. Souvent, notamment dans la section N du Passagen-Werk-dont le Baudelaire aurait dû fournir un « modèle en miniature » 2-ou dans les Thèses sur le concept d'histoire, Benjamin a essayé d'élucider les présupposés épistémologiques de ces liens. Ce titre se réfère aussi au fait que ce livre n'existe pas, que l'oeuvre manque ou qu'elle est restée inaccomplie. Il indique alors le décalage entre l'oeuvre absente et les traces plus ou moins dispersées, plus ou moins élaborées que son écriture partielle nous a léguées. 2 Mais le titre peut être compris en un autre sens. « Das Werk ist die Totenmaske seiner Konzeption » (« L'oeuvre est le masque mortuaire de sa conception »), écrit Benjamin dans Einbahnstraße 3. C'est la dernière des treize thèses sur la « technique de l'écrivain », publiées pour la première fois en octobre 1925 dans Die literarische Welt. Toute oeuvre, semble suggérer l'aphorisme de Benjamin, qu'elle soit accomplie ou inaccomplie, est un phénomène. Elle est le phénomène visible, la trace, plus ou moins lisible, de son idée, en quelque sorte sa « facies hippocratica ». Selon la théorie de l'allégorie élaborée dans l' Origine du drame baroque allemand, l'oeuvre serait le « paysage primitif pétrifié » de son L'oeuvre et les phénomènes. Le Baudelaire de Benjamin Revue italienne d'études françaises, 4 | 2014

Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Artes, Programa de Pós-Graduação em Artes, 2018.A trama escritural desta tese tece-se ao redor das elaborações em torno da abordagem ecfrasal, assim como ela se apresenta em Johann Joachim Winckelmann. O historiador da arte alemão assume em seus textos um olhar melancólico diante dos fragmentos e ruínas do passado da Antiguidade e se fixa nestes rastros e vestígios no intuito de aceder ao objeto irremediavelmente perdido da Arte Antiga. A História da Arte é marcada assim pela morbidez de um desejo melancólico à procura de uma “verdade” estética. Convocam-se, assim, à cena desta proposição teórica, a contribuição da teoria lacaniana e da filosofia de Jacques Derrida. Em Lacan, enlaçam-se Sujeito e Linguagem, com implicações diretas sobre o estatuto da verdade para o discurso histórico. Derrida, por sua vez, ao problematizar o lugar e as implicações da escritura, ocupará um lugar determinante naquilo que a escrita encerra como es...

Os sentimentos pan-africanista e anti pos-colonialista sempre estiveram presentes no cinema africano ao sul do Saara. O meio do cinema foi um instrumento contra os processos de dominacao, tanto dos antigos colonizadores europeus, quanto de seus novos dirigentes ou de sua elite burguesa, que florescia nos anos pos-independencias. Seja no didatismo de Sembene ou no cinema ludico e ironico, como Touki Bouki do cineasta Djibril Diop Mambety, os filmes nao se afastaram de um cinema emancipador, expressando aspectos anticolonialista e concepcoes afrocentricas. Neste artigo apresentamos uma analise filme Keita! O legado do griot do cineasta burkinabe Dani Kouyate, com enfase na compreensao afrocentrada das possibilidades de uma emancipacao cultural e formadora.

O objetivo deste trabalho é analisar Inland Empire (2006), de
David Lynch em função dos processos intermidiáticos e dos
processos de significação que a configuram como uma obra
síntese tanto do universo lynchiano quanto do assim
denominado pós-cinema ou cinema pós-moderno. Essa obra
chave de Lynch parece guiar-se, com mais determinação ainda
que outros trabalhos autorais e vanguardistas do cinema
contemporâneo, pela condição do “entre”, das “passagens”, da
transversalidade de dispositivos, agenciamentos e sistemas
simbólicos: no espaço-tempo da diegese (entre a Califórnia e
Lodz), nos deslocamentos de identidade da figura feminina, nos
registros de imagem e som (épico, teatral, cinematográfico,
televisivo, circo, conto, performance, videoarte, etc.).

Il contributo si propone di indicare uno scenario storico-politico di matrice sforzesca, che attorno al 1496 abbia potuto fare da contesto alla realizzazione del
disegno vinciano con l’Allegoria del ramarro, oggi al Metropolitan Museum di New York, ipotizzandone la destinazione a Giasone Del Maino, celebre giurista designato da Ludovico il Moro come proprio oratore ufficiale.

Busca-se neste livro uma maior aproximação com a África contemporânea, o que significou promover esforços para entender aspectos das sociedades africanas identificados, após a ocorrência das lutas envolvendo a independências desses países, isto é, a contar de fins da Segunda Guerra Mundial. Para isso, toma-se como base a interpretação dos filmes “Borom Sarret” (1963), "Beasts of no Nation” (2015) e “Pantera Negra” (2018).

Literatura-História e crítica. 2. Política e literatura. 3. Exilados na literatura. 4. Refugiados na literatura. 5. Política e cultura. I. Rocha, Karine (Org.). II. Lopes, Maria Suely de Oliveira (Org.). III. Silva, Sebastião Alves Teixeira da (Org.). IV. Título da série. 809 CDD (23.ed.) UFPE (BC2022-021) Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

RESUMO
À luz de estudos recentes sobre o modo como canções populares operam no cinema de ficção, este artigo examina o papel das canções nos filmes Soleil Ô (1969), de Med Hondo e Touki Bouki (1973), de Djibril Diop Mambéty, levando em conta o complexo cenário de produção envolvido nos filmes realizados por cineastas de África e suas diásporas, especialmente nos primeiros anos após a descolonização. Partindo do pressuposto de que canções populares pré-existentes tendem a afetar o público pela via do acionamento de memórias, afetos e processos de  identificação,  a  investigação  observa  o  modo  como  as  canções  dominantes  nesses  dois filmes  se  articulam  com  a  narrativa  como  discurso  crítico  e  como  marcas  do  racismo  e  da xenofobia em um contexto pós-colonial.

PALAVRAS-CHAVE: Artes; Cinema; Música popular; Cinemas africanos; Pós-colonial

ABSTRACT
Under the light of recent studies on how popular songs operate in fiction cinema, this paper examines the role of songs in the films Soleil Ô (1969) by Med Hondo and Touki Bouki (1973) by Djibril Diop Mambéty, taking into account the complex production scenario involved in films made  by  filmmakers  from  Africa  and  its  diasporas,  especially  in  the  first  years  after decolonization. Starting from the assumption that pre-existing popular songs tend to affect the audience  by  triggering  memories,  affections,  and  identification  processes,  the  research observes how the dominant songs in these two films articulate with the narrative as critical discourse and as marks of racism and xenophobia in a post-colonial context.

KEYWORDS: Arts; Popular music; African cinemas; Post-colonial

Televisão de Ouagadougou (FESPACO). Trata-se do maior e mais antigo evento audiovisual que ocorre em África, incluindo a exposição, premiação e discussão de filmes produzidos em todo o continente africano e seus territórios diaspóricos. Tal evento-ritual foi concebido por líderes burkinabés da revolução anticolonial dos anos 1960, que perceberam no cinema uma forma de luta e libertação. A manutenção de um festival tão grande se justifica, segundo organizadores do FESPACO, em função da enorme necessidade que os países africanos sentem de desconstrução das imagens e memórias produzidas pelo sistema-mundo colonial capitalista sobre a África e suas populações. Imaginário perpetrado diante do perverso e sólido legado afetivo e sensorial criado pelo sistema colonial. Portanto, neste artigo, apresento a discussão que venho desenvolvendo desde 2014, como projeto de pesquisa de doutorado em Sociologia do Cinema, na qual investigo o papel do FESPACO no processo de fortalecimento de um cinema africano que se propõe a descolonizar representações e discursos produzidos sobre o continente.

The Allegory (ἀλληγορία) was a literary, philosophical and aesthetic resource widely used by Western cultural tradition. It enriched the mental and artistic universe to the point of becoming a poetic topos (τόπος). Artistic. The objective of this work is to discuss the importance of allegory for Literature and Art. From the Ancient World to the Baroque.

This chapter imagines the events of a single May morning in 1953 to trace how allegory was conceptualized in late modernist thought. Focusing on Aldous Huxley, British expatriate writer turned early mescaline aficionado, and Morris Louis, canonized American Color Field painter, it examines the work of two paradigmatic high modernists to show how modernism’s attempt to preserve its declining ideals affected the form and function of allegory in the mid-twentieth century. Conceptualizing allegory as a structure of thought, a set of historically contingent formal relations that organize collective ideas about vision, meaning, and the viability of metaphysics, I use an approach that is simultaneously formal, archetypal, and historical to situate allegory in a moment of intense structural transformation. Placing Louis’ painting in dialogue with Huxley’s contemporaneous psychedelic explorations, I use juxtaposition to clarify the nature of their respective aesthetic projects and demonstrate their shared affinity for a specific mode of transporting vision. In doing so, I argue that late modernism enlisted allegorical logic to reimagine transcendence as aesthetic immanence, thereby securing the possibility of ideal experience within a secular space. This reimagining involved flattening the levels of the archetypal allegorical Veil into a single immanent plane to create a mode of visionary experience induced through material means, an understanding of transcendence as immanence shared by modernist aesthetics and early psychedelic thought. Spanning the American east and west coasts, Hollywood and Washington, and the literary and visual arts to their point of ideological convergence, this chapter describes a major historical transformation in allegorical form, reading the concerns of late modernist aesthetics as a story about where it is possible to go in a shrunken world, and how it is possible to get there.

Os sentimentos pan-africanista e anti pós-colonialista sempre estiveram presentes no cinema africano ao sul do Saara. O meio do cinema foi um instrumento contra os processos de dominação, tanto dos antigos colonizadores europeus, quanto de seus novos dirigentes ou de sua elite burguesa, que florescia nos anos pós-independências. Seja no didatismo de Sembène ou no cinema lúdico e irônico, como Touki Bouki do cineasta Djibril Diop Mambety, os filmes não se afastaram de um cinema emancipador, expressando aspectos anticolonialista e concepções afrocêntricas. Neste artigo apresentamos uma análise filme Keita! O legado do griot do cineasta burkinabê Dani Kouyaté, com ênfase na compreensão afrocentrada das possibilidades de uma emancipação cultural e formadora.

O objetivo deste artigo e analisar o Cinema Africano de Lingua Portuguesa e sua trajetoria como um elemento atuante no cenario politico de nacoes que passaram por profundas transformacoes desde a segunda metade do seculo passado ate hoje. A partir de um levantamento das producoes cinematograficas dos cinco paises – Angola, Mocambique, Cabo Verde, Guine-Bissau e Sao Tome e Principe –, realizado ate agosto de 2011, foram propostas algumas questoes e reflexoes sobre este assunto ainda pouco estudado.

Este artigo propõe a articulação de ideias no campo dos estudos das relações internacionais em África em diálogo com as possibilidades do teatro como um campo experimental de observação de fatos sociopolíticos, a partir da oposição entre a visão afrocentrada de Grovogui e a visão ocidental de Jackson sobre as construções sociopolíticas dos Estados e noções de soberania em África, tendo por base um fato histórico envolvendo a figura de Tierno Bokar, líder religioso islâmico do Mali. Partindo deste caso, reflito sobre como a figura histórica do líder malinês foi retratada em cena pelo griot e ator Sotigui Kouyaté (Mali/Burkina Faso), no espetáculo também intitulado Tierno Bokar, dirigido por Peter Brook, com atores de múltiplas nacionalidades do Centre International de Recherche Théâtrale (Cirt). Desta forma o grupo teatral é analisado como um laboratório para se pensar as relações internacionais num jogo transversal envolvendo cultura e política.

Neste artigo, apresentamos uma breve análise das dinâmicas de coprodução entre Portugal e Moçambique, explorando, em particular, os filmes financiados pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) no período compreendido entre 2014 e 2020, no âmbito do Programa de Apoio ao Cinema – Modalidade de Apoio à Coprodução com Países de Língua Portuguesa. Ao todo, 16 filmes receberam financiamento do ICA, estando alguns ainda em processo de produção. Cinco são coproduções com participação moçambicana – Vovó dezanove e o segredo do soviético, de João Ribeiro; Desterrados, de Yara Costa; As noites ainda cheiram a pólvora, de Inadelso Cossa; O ancoradouro do tempo, de Sol de Carvalho, e À mesa da unidade popular, de Camilo de Sousa e Isabel de Noronha. A análise documental exploratória (Wolff, 2004) indica que os filmes financiados atualmente abordam temas associados ao colonialismo, mas também a acontecimentos sociopolíticos e culturais atuais. Os documentários moçambicanos, em particular, n...

Neste artigo, apresentamos uma breve análise das dinâmicas de coprodução entre Portugal e Moçambique, explorando, em particular, os filmes financiados pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) no período compreendido entre 2014 e 2020, no âmbito do Programa de Apoio ao Cinema – Modalidade de Apoio à Coprodução com Países de Língua Portuguesa. Ao todo, 16 filmes receberam financiamento do ICA, estando alguns ainda em processo de produção. Cinco são coproduções com participação moçambicana – Vovó dezanove e o segredo do soviético, de João Ribeiro; Desterrados, de Yara Costa; As noites ainda cheiram a pólvora, de Inadelso Cossa; O ancoradouro do tempo, de Sol de Carvalho, e À mesa da unidade popular, de Camilo de Sousa e Isabel de Noronha. A análise documental exploratória (Wolff, 2004) indica que os filmes financiados atualmente abordam temas associados ao colonialismo, mas também a acontecimentos sociopolíticos e culturais atuais. Os documentários moçambicanos, em particular, n...

This article analyzes the short film Mulheres Negras: Projeto de Mundo (Day Rodrigues; Lucas Ogasawara, 2016) and the feature Sementes: Mulheres Pretas no Poder (Ethel Oliveira; Julia Mariano, 2020) both documentaries. The first film focuses on the narratives of nine black women that converge with important discussions of black feminism. It contribues to the awareness process regarding the realities of black women. The other, in turn, shows a new perspective in national cinematography when talk about the participation of black women in the politics, and representes a maturation of cinema made by black women filmmakers. Both films contribute to a process that stands against the categoria of subordination relegated to black women historically. Keywords: Black women filmakers, Black women narratives, Political participation.