Ableism and Disability Studies

für Gesundheit und Soziale Sicherung U l l a S c h m i d t "Behinderung neu denken" -das Motto dieser Sommeruniversität in Bremen verstehe ich als programmatische Umorientierung auf eine Einbeziehung der Selbstsicht, der eigenen Problembeschreibung und der Alltagserfah¬ rungen Betroffener. Es beschreibt einen Prozess, für den auf Bundesebene in den letzten Jahren insbesondere mit dem Neunten Buch Sozialgesetzbuch und dem Bundesgleichstellungsgesetz die gesetzlichen Rahmenbedingun¬ gen geschaffen worden sind. Behinderung wird nicht mehr nur als medizinisches Phänomen oder funktionelle Einschränkung begriffen. Be¬ hinderung hat durch Vorurteile, Sonderbehandlung, fehlende Chancengleichheit oder barrierebehaftete Umwelt auch einen gesellschaftlichen Aspekt. Nunmehr gilt es, diesen Perspektivenwechsel auch gesellschaftlich umzusetzen, das heißt"Disability Studies" zu betreiben."Disability Studies" sind damit ein besonders wichtiger Beitrag zur dauerhaften Umsetzung der Ziele des Europäischen Jahres der Menschen mit Behinderungen 2003. Die vorliegende Dokumentation der Sommeruniversität soll helfen, den mehrdimensionalen Forschungsan¬ satz von Behinderung auf eine breitere Basis zu stellen. Der Dokumentation wünsche ich in diesem Sinne eine weite Verbreitung und den"Disability Studies" in Deutschland eine erfolgreiche Zukunft.

für Gesundheit und Soziale Sicherung U l l a S c h m i d t "Behinderung neu denken" -das Motto dieser Sommeruniversität in Bremen verstehe ich als programmatische Umorientierung auf eine Einbeziehung der Selbstsicht, der eigenen Problembeschreibung und der Alltagserfah¬ rungen Betroffener. Es beschreibt einen Prozess, für den auf Bundesebene in den letzten Jahren insbesondere mit dem Neunten Buch Sozialgesetzbuch und dem Bundesgleichstellungsgesetz die gesetzlichen Rahmenbedingun¬ gen geschaffen worden sind. Behinderung wird nicht mehr nur als medizinisches Phänomen oder funktionelle Einschränkung begriffen. Be¬ hinderung hat durch Vorurteile, Sonderbehandlung, fehlende Chancengleichheit oder barrierebehaftete Umwelt auch einen gesellschaftlichen Aspekt. Nunmehr gilt es, diesen Perspektivenwechsel auch gesellschaftlich umzusetzen, das heißt"Disability Studies" zu betreiben."Disability Studies" sind damit ein besonders wichtiger Beitrag zur dauerhaften Umsetzung der Ziele des Europäischen Jahres der Menschen mit Behinderungen 2003. Die vorliegende Dokumentation der Sommeruniversität soll helfen, den mehrdimensionalen Forschungsan¬ satz von Behinderung auf eine breitere Basis zu stellen. Der Dokumentation wünsche ich in diesem Sinne eine weite Verbreitung und den"Disability Studies" in Deutschland eine erfolgreiche Zukunft.

O texto busca explorar os conceitos de deficiência e capacitismo, de forma sistematicamente crítica, para então explicar, como a cultura da exclusão às pessoas menos favorecidas socialmente, tem sido indiretamente planejada e aplicada pela classe dominante, impactando ideologicamente sobre e na identificação social das pessoas com deficiência, a destacar neste estudo, os surdos. O aporte teórico se constitui nos escritos sobre a crítica à ideologia dominante, de Marx e Engels (1998), que permite compreender a realidade de uma forma mais concreta, bem como, as contribuições e reflexões de Larissa Xavier dos Santos (2020) sobre o capacitismo, cuja abordagem, explicita como a cultura capitalista excludente pode influenciar até mesmo na identificação do Ser-Surdo. A metodologia qualitativa e bibliográfica é que permeia este debate, a fomentar reflexões acerca das pessoas com deficiência e entre elas, os surdos. Tem-se como resultado, observações e reflexões sobre a identidade do Ser-Surdo, não como uma identidade fixa, mas sim, mutável, justificada pelo "estar sendo" surdo numa sociedade que ainda sustenta a concepção capacitista da deficiência.

No capítulo "Antissocialidade Queer e o Devir-Deficiente: Um Projeto de Relações Capacitistas?", Fiona Kumari Campbell critica a abordagem tradicional da deficiência como algo a ser normalizado ou incluso dentro de estruturas capacitistas, propondo, em vez disso, uma ontologia antissocial e queer que desafia noções de produtividade, inteligibilidade e futuridade. Utilizando a teoria queer, a autora defende a desidentificação com normas capacitistas, explorando a deficiência como resistência radical através de três "erupções": o filme Goodbye CP (1972), que retrata corpos deficientes como disruptivos; o transableísmo (Quid Pro Quo, 2008), que subverte noções de integridade corporal; e a ativista Katie F. Ball, que reivindica a sexualidade e agência crip. Campbell argumenta que a antissocialidade queer-crip — recusando assimilação, passividade radical e temporalidades não lineares — pode desestabilizar o capacitismo, transformando a deficiência de "falha" em potência política e estética.

O artigo analisa como frases como "Você não parece autista/agênero" funcionam como mecanismos de controle social, impondo normas de legibilidade sobre corpos e identidades dissidentes. O texto discute a violência epistêmica por trás dessas exigências, mostrando como o binarismo de gênero e a corponormatividade reforçam sistemas opressivos (como o capacitismo e a heterossexualidade compulsória). Ao explorar conceitos como futurismo reprodutivo (Edelman) e neuroqueerice (Walker), o autor argumenta que a recusa em "parecer" normativo é uma estratégia política de resistência, desestabilizando noções fixas de identidade e expondo a fragilidade das estruturas sociais. A resistência se manifesta em práticas como o devir-imperceptível (Deleuze e Guattari) e as fricções crip, que desafiam a produtividade capitalista e abrem espaço para existências radicalmente dissidentes.

Este trabalho é financiado por Fundos FEDER através do Programa Operacional Factores de Competitividade -COMPETE e por Fundos Nacionais através da FCT -Fundação para a e a Tecnologia no âmbito do projeto UIDB/50012/2020. Os dados e as opiniões inseridos na presente publicação são da exclusiva responsabilidade dos/das seus/suas autores/autoras.

Der vorliegende Betrag widmet sich der Bedeutung von sozialer Ungleichheit, der sozialen Position sowie der sozialen Positionierung für ein zentrales Konzept der Sozialen Arbeit: der Lebensweltorientierung. Das Ziel einer lebensweltorientierten Sozialen Arbeit nach Hans Thiersch besteht darin, sich mit den Problemen auseinanderzusetzen, die in der individuellen Lebenswelt der Menschen vorhanden sind, und gemeinsam mit ihnen eine Vorstellung eines besseren Lebens zu entwickeln und zu fördern. Im Mittelpunkt steht dabei die Stärkung der Lebensumfelder und der sozialen Beziehungen der Adressat*innen sowie ihrer Ressourcen und (Selbst-)Hilfemöglichkeiten, um ihnen einen gelingenderen Alltag zu ermöglichen.
An verschiedenen Stellen wird das Konzept der Lebensweltorientierung allerdings dafür kritisiert, dass eine wirklich lebensweltorientierte Soziale Arbeit in der Praxis schwierig oder sogar unmöglich umzusetzen ist. Denn während man die Lebenslage von Menschen direkt beobachten und mit soziologischen Daten beschreiben kann, ist es für Außenstehende schwer nachvollziehbar, wie jemand seine soziale Realität konstruiert und dementsprechend, wie eine Person ihre subjektive Lebenswelt wahrnimmt.
Der vorliegende Beitrag widmet sich dieser Problematik. Er zeigt, dass es sinnvoll wäre, das Lebensweltkonzept um das Habituskonzept von Pierre Bourdieu zu erweitern. Um eine Annäherung an ein Verstehen der Lebenswelt von Adressat*innen zu ermöglichen, schlagen wir vor, das auf der Basis des Bourdieuschen Habitusbegriffs entwickelte Konzept der Habitussensibilität heranzuziehen. Um diese Argumentation auszuführen, gliedert sich der vorliegende Beitrag folgendermaßen. Zunächst wird in einem ersten Schritt das Verhältnis von Sozialer Arbeit zu sozialen Problemen herausgearbeitet. Es wird argumentiert, dass Soziale Arbeit immer auch der Versuch ist, die subjektiven Probleme von Individuen
zu bearbeiten (Abschnitt 2). In einem zweiten Schritt wird das Lebensweltkonzept von Thiersch dargestellt und gezeigt, dass es sich um den expliziten Versuch handelt, soziale Probleme mittels Rückgriff auf die subjektiven Problemlagen von Menschen zu lösen (Abschnitt 3). In einem dritten Schritt wird dieser Ansatz kritisch beleuchtet. Ausgehend von einer theoretischen Betrachtung des phänomenologischen Begriffs der Lebenswelt gegenüber dem soziologischen Begriff der Lebenslage hat Björn Kraus die Zugänglichkeit der Lebenswelt von Adressat*innen der Sozialen Arbeit problematisiert (Abschnitt 4). Die von Kraus theoretisch
aufgezeigte Unzugänglichkeit der Lebenswelt für Professionelle der Sozialen Arbeit lässt sich zwar nicht lösen, es kann jedoch, so unsere These, mit Bourdieus Konzept des Habitus (Abschnitt 5) sowie mit dessen sozialpädagogischer Konzeption einer Habitussensibilität in der Sozialen Arbeit eine Annäherung an ein „Verstehen“ von subjektiven Lebenswelten erreicht werden (Abschnitt 6). Der Beitrag schließt mit einem kurzen Fazit (Abschnitt 7).

O texto apresenta reflexões de pesquisadores das relações étnico-raciais sobre as intersecções entre raça e afeto, a partir da perspectiva teórico-metodológica dos Modelos Organizadores do Pensamento (TMOP). Critica-se a cisão entre corpo e mente imposta pela divisão social do trabalho e pela concepção ocidental de sujeito, defendendo que emoções e sentimentos são elementos constitutivos das ações sociais e políticas. O texto também analisa modelos organizadores abstraídos da pesquisa “Política de reserva de vagas na Unesp: um estudo com base nos Modelos Organizadores do Pensamento de estudantes ingressantes pretos” (Rodrigues, 2020), buscando demonstrar como os afetos atravessam e moldam condutas e significados sociais.

Dedico este conteúdo a todas as pessoas com deficiência, na figura da Tabata Contri, que me ensinou a nunca desistir dos meus sonhos. À minha sócia Juliana Ramalho e ao sócio Dulcídio Almeida, por me ensinarem a me valorizar. A toda a equipe do Grupo Talento Incluir, na figura de Katya Hemelrijk, que me representa e me faz evoluir. E a todas as famílias das pessoas com deficiência, nas figuras do Tato, meu marido, e da Clara, minha filha, por me naturalizarem e humanizarem. E agradeço à minha mãe Telma, às irmãs Camila e Renata, aos cunhados Flávio e Marcelo, à afilhada Luiza, aos sobrinhos Rodrigo, Vicente e Francisco, na figura do meu pai Chicão, que me ensinou a protagonizar minha vida. Dedico este livro a todas as pessoas com deficiência do mundo, que sabem as agruras e o prazer de ser diferente, de não se encaixar nos padrões, encarando diariamente o desafio de viver, pois a vida toda é um desafio. À minha filha Emilia, que ainda não sabe ler, mas quando souber provavelmente já terá muitos desses conceitos introjetados na prática. Ao meu sobrinho Nilo, que está se tornando um homem e que, ao ler este livro, entenderá um pouco mais o seu papel enquanto cidadão. À minha esposa Juliana, que entrou em minha vida por amor e sem perceber se tornou minha maior aliada. Aos meus pais e irmã que estiveram comigo no momento em que me tornei uma pessoa com deficiência e viveram todas as etapas dessa importante transformação anticapacitista. Aos amigos e amigas que sempre me apoiam e torcem por mim. À minha mãe de santo e irmã de fé, Claudia Alexandre, e ao meu querido irmão de fé e mentor Luís Alexandre Jr. E, finalmente, a dois amigos que fizeram a passagem recentemente, que entendiam muito a nossa causa e militavam por ela, Romeu Sassaki e Walter Alves. De mana pra mano, de mano pra mana Prefácio: Um salve da nossa galera Introdução Capítulo 1: Um pouco de história, para começar Capítulo 2: Afinal, o que é capacitismo? Capítulo 3: Desconstrua o capacitista que existe em você Capítulo 4: Saiba onde estão as pessoas com deficiência do Brasil Capítulo 5: Conheça as leis e as ações afirmativas para pessoas com deficiência Capítulo 6: Faça valer a Lei de Cotas Capítulo 7: Naturalize a pessoa com deficiência Capítulo 8: Promova a acessibilidade Capítulo 9: Humanize as relações com as pessoas com deficiência Capítulo 10: Reconheça a interseccionalidade das pessoas com deficiência Capítulo 11: Torne-se uma pessoa aliada Capítulo 12: Valorize a representatividade das pessoas com deficiências na mídia e nas redes sociais Nosso até breve Referências De mana pra mano Carolina Ignarra sobre Billy Saga Aquela máxima de que a primeira impressão é a que fica não vale para as minhas percepções sobre o Billy. Eu o conheci no teatro, que comecei a fazer menos de dois anos depois de ter adquirido a deficiência, em 2003. Sofri o acidente em 2001. O Deto Montenegro, irmão do Oswaldo Montenegro, diz que foi a partir de mim que ele teve a ideia de levar pessoas cadeirantes para o palco. A família dele foi quem me recebeu em Brasília, quando fui para o processo de reabilitação na Rede Sarah, um mês e meio depois de minha lesão. Foi a mãe do Deto, Elvira, que me apresentou lá, ela é amiga de anos da minha prima Dadá. O curioso é que conheci Elvira no dia do acidente, no casamento da prima Sônia, a irmã da Dadá. Encontrei o Deto pela primeira vez na praia, no Rio, no Carnaval de 2003. Na ocasião, ele me convidou para fazer teatro com ele. Chamei a Tabata Contri para ir comigo. Ensaiávamos das 8h às 10h de domingo, que era o único horário livre do teatro. Uma das primeiras pessoas que chamamos para compor o elenco de "Noturno Cadeirante", à época, foi a Julie, que tinha 16 anos e era street dancer. E ela chamou o Billy. Ele foi no terceiro ou quarto dia de ensaio. E eu não fui com a cara dele. Todo marrento, emburrado, revoltado. Aí já fiquei meio que "hummm, chegou o marrento aí". Mas ele foi ficando, o Deto gostou dele. Naquele tempo, o Billy assumiu a cara de mau. Embora artisticamente excelente, ele era um bad boy e parecia estar sempre na defensiva. Eu acredito que, não só com ele, mas também com outros integrantes daquele grupo, houve uma conquista de relação. A partir dali, continuamos nos encontrando, nos falando, com esses laços cada vez mais fortalecidos. Naquele momento, vivíamos uma juventude, na maior parte de nós, interrompida por um acidente, requerendo períodos de reabilitação. Em geral, muitos ali estavam em uma fase de amadurecimento diferente da minha. Eu voltei a trabalhar muito rápido, porque tinha o sonho da maternidade, queria "adultar" logo para conquistar meus propósitos. E tive as oportunidades também, em uma condição privilegiada. Eu não fui tão conectada com eles como a Tabata foi naqueles primórdios. Eles saíam no sábado à noite e iam direto para o ensaio no domingo. A turma se conectou na convivência daquela amizade mais do que eu. Eu estava sempre meio de fora, acho que era muito chata também. Eu tenho um feedback desses meus amigos do teatro de ser uma antes e outra depois da maternidade, e da minha pós-graduação em Dinâmicas de Grupo. Nesse curso, vivenciei muitos trabalhos experimentais. Acho que antes eu era muito exigente, muito certinha, até puritana. Eu não tinha boa fama. E também os achava chatos, gostava de ir lá para fazer teatro, fazer arte. Minha convivência era mais com a Tabata. Depois que voltei a participar do grupo, quando minha filha, a Clarinha, já tinha três ou quatro anos, eu comecei a entender a importância deles naquele momento anterior da minha vida. Foi com o Billy que eu aprendi que podia montar a cadeira e desmontá-la sozinha para entrar no carro. Lembro bem dele fazendo isso, ensinando-me como fazer. Naquela hora até me veio uma "negaçãozinha", de pensar que no meu carro não daria, por ele ser muito alto, e que o Billy fazia aquilo por não ter humildade para pedir ajuda. Depois fui ressignificando isso e até hoje monto e desmonto a cadeira quando preciso. E fui inspirada ali, porque achava que não ia conseguir. Outra coisa que me fazia não gostar do Billy é que ele era muito mulherengo. Eu sentia que era por autoafirmação, mas não sabia dar nome a esse comportamento. Depois do curso de dinâmicas de grupo, eu passei a ser compreensiva, porque aprendi mais, por meio de conceitos da psicologia, como é conviver em grupo. Foi bem transformador para mim. Quando voltei, passei a ressignificar: "Billy é bad boy, mas por qual motivo?" Comecei a analisar com mais compaixão, com mais empatia. O mais positivo no Billy, que me faz querer ficar do lado dele, ser amiga dele, acompanhar as vitórias dele, é o quanto ele evolui. É um cara que não estacionou, está sempre querendo se autoconhecer, está sempre aberto para pontuarmos coisas importantes. É questionador, mas também está disposto a ouvir, a ensinar, a trazer reflexões importantes. Ele pede conselhos, demonstra afeto. Foi ele que se aproximou de mim, começou a me chamar de "mana". Ele fala que ama, reconhece em vida a diferença que a gente faz para ele. Acho que a paternidade o ajudou nesse sentido. Ele também fez umas evoluções espirituais, entrou para Umbanda. Escrever um livro sobre capacitismo já era algo que eu queria fazer e vinha postergando. Assim, achei ótimo quando o Billy veio com a ideia deste projeto. E também acreditei que seria uma oportunidade de nos aproximarmos mais. Eu acho importante escrever com alguém, sempre gosto de fazer esse tipo de projeto com outras pessoas. No começo não foi fácil nossa relação, tínhamos uns atritos inconscientes, também porque somos muito diferentes. O que eu sinto hoje pelo Billy foi fruto de uma transformação. Acho que começamos a nos valorizar quando percebemos o valor das diferenças de todos e todas. Trabalhar com diversidade faz a gente se desenvolver todos os dias. O Billy e a família dele são pessoas que valem a pena para mim. Gosto de ter ao meu lado pessoas que saíram fortes de histórias difíceis. Quando vivo uma relação, quero vivê-la de verdade. O Billy é um caso de inclusão em minha lista de amizades. Ele foi me conquistando e hoje é uma referência para mim. Uma conexão predestinada. É amigo do peito, é irmão que a gente escolhe. É "o mano". Billy Saga sobre Carolina Ignarra Em 2002, eu fui chamado por uma amiga que dança break para cantar rap em um grupo inclusivo de street dance. Lá, conheci uma menina cadeirante chamada Julie. Foi ela que me levou aos ensaios do primeiro elenco de pessoas cadeirantes para a montagem do "Noturno Cadeirante", dirigido pelo Deto Montenegro. Acredito que nada seja por acaso. Na primeira reunião com o grupo, conheci a Tabata e a Carol. Um fator decisivo para que eu ficasse no projeto foi o primeiro discurso do "Detão", dizendo que ele não estava ali para fazer panfletagem, para abraçar a causa e, sim, para fazer arte. "Quer tirar arte dessa cadeira, vem comigo", ele ressaltou. Passei então a ir todo fim de semana para os ensaios, sete da manhã a gente estava lá. Comecei a criar uma grande afinidade com a galera, um pessoal firmeza que vivia os mesmos venenos, as mesmas coisas que eu. Depois dos ensaios, ficávamos tomando café em uma galeria na avenida Domingos de Moraes, na Vila Mariana (zona sul de São Paulo) e conversando sobre situações em que enfrentávamos a falta de acessibilidade. A gente dizia que precisava fazer alguma coisa a respeito. Conhecemos então a Luka, locutora da rádio 89 FM, que adorou a ideia de criar um movimento. Daí surgiu o SuperAção, que gerou uma primeira passeata em 2003. Naquela época, eu achava a Carol ranzinza para caramba. Malhumorada, teimosa, brigava com todo mundo, mas mudou depois que fez uma pós-graduação em Dinâmicas de Grupo. Dali para a frente, até hoje, ela segue em uma evolução constante. É uma pessoa que não para de evoluir, intelectual, emocional e psicologicamente. Eu tenho um orgulho enorme de ser amigo dela, me emociona como a vida traz pessoas incríveis para a nossa convivência. Não existe casualidade....

Vom 8. bis zum 12. Oktober 2017 fand in Berlin der 17. Weltkongress der World Psychiatric Association (WPA) statt, organisiert und durchgeführt von der deutschen psychiatrischen Fachgesellschaft DGPPN. Die Interessenvertretung Selbstbestimmt Leben in Deutschland e.V. – ISL war im Kongressprogramm am 10. Oktober 2017 mit einem eigenen Symposium beteiligt, in der sie die Umsetzung der UN-Behindertenrechtskonvention in der Psychiatrie thematisierte. Diskutiert wurden die nach wie vor zahlreichen menschenrechtlichen Probleme in der psychiatrischen Versorgung, sich aus der UN-BRK ableitender, notwendiger Reformbedarf sowie die Forderung einer neuen Psychiatrie-Enquête (einer vom Deutschen Bundestag einzusetzenden unabhängigen Untersuchungskommission). Vor dem inhaltlichen Beitrag auf dem WPA-Kongress nahm die ISL an der Kundgebung des Bundesverbandes Psychiatrie-Erfahrener e.V. (BPE) am 8. Oktober 2017 vor dem Messegelände teil und demonstrierte für Menschenrechte und gegen Zwang und Gewalt in der Psychiatrie. Die vorliegende Zusammenstellung dokumentiert das Symposium der ISL (Vorträge, Diskussionen), gibt Eindrücke vom Kongress und der Protestkundgebung wieder und konkretisiert die diskutierten Forderungen mit Blick auf die politischen Akteur*innen.

English translation:

The 17th World Congress of the World Psychiatric Association (WPA) took place in Berlin from 8 to 12 October 2017, organised and hosted by the German psychiatric association DGPPN. The German Disabled People’s Organization (DPO) “Interessenvertretung Selbstbestimmt Leben in Deutschland e.V. – ISL” was involved in the congress programme with its own symposium on 10 October 2017, in which it addressed the implementation of the UN Convention on the Rights of Persons with Disabilities in psychiatry. The numerous human rights problems that still exist in psychiatric care, the need for reform resulting from the UN CRPD and the call for a new Enquête Commission (an independent commission to be set up by the German Bundestag) were discussed. Before the substantive contribution at the WPA Congress, the ISL took part in the rally of the “Bundesverband Psychiatrie-Erfahrener e.V. (BPE)” (the largest German organization of people with lived experience as users and survivors of psychiatry) on 8 October 2017 in front of the exhibition grounds and demonstrated for human rights and against coercion and violence in psychiatry. This compilation documents the ISL symposium (lectures, discussions), provides impressions of the congress and the rally and concretises the demands discussed with regard to the political actors.

Disability has been primordially regarded as the marginalized 'other' necessitating its recontextualization within the socio-cultural sphere. Deeply ingrained traditional beliefs in Tripura perpetuate stereotypes and religious dogmas, wherein disability is often viewed as a punishment for past misdeeds or parental transgressions. Tripuri cinema, while often mirroring mainstream stereotypes, reflects unique socio-cultural and regional dynamics that shape its depiction of disability. However, despite the growing body of scholarship on disability representation in global cinema, there remains a notable dearth of literature examining how disability is portrayed within the confines of Tripuri mediascape. This chapter theorizes how the discourse surrounding disability in Tripura confronts 'triple jeopardy': the systemic marginalization of Northeast India, the otherization of disabled individuals, and the discrimination against ethnic minorities with disabilities caused by the construction of a unified identity. It begins by tracing the portrayal of disability in popular Hindi cinema, examining how dominant narratives rooted in pity, dependency, and moral redemption have influenced broader societal perceptions. It then transitions to exploring disability representation in Tripuri cinema, identifying both emulations of Bollywood tropes and moments of divergence. By analysing recurring tropes, themes, and identities in Tripuri films from the mid-2000s onward, this chapter sheds valuable light on the complexities of disability as an identity, addresses intra-community hierarchies, and emphasizes its universality as a human experience.

The following dissertation examines the relationships and power structures under which the discourses of disability were constructed and situates historically the superior values that have established Guilt and deny life to people with disabilities. This explanation is made from diverse conceptual interweavings and a hermeneutical method of understanding and analysis of academic sources and placed and embodied stories. From the foregoing, a line of flight is postulated from The crip as an active and vitalistic manifestation of the Will to Power that affirmatively dissociates itself from nihilism and Guilt depicted in the oppositional logic of Judeo-Christian morality, the scientific rationality and Capitalism. Consequently, it highlights the plastic and aerial nature of a Will to Power that grows according to an addition of forces manifested in an active becoming through The crip, as an anti-ableist and post-identitarian bet, contingent and desirably displaceable, that transmutes Guilt by unloading it and taking it out of The crip closet to make way for new creations and possibilities of life in the real and possible worlds, present and to come.

Nossa escolha para esta tessitura diz de uma tentativa de reunir pontos em uma cartografia experiencial que, se não segue a ideia original dos mapas tradicionais de percebê-la como ponto de chegada, nos remete a um retorno, como nos ensina Veena Das (2020), aquele conectado a movimentos de reflexividade reivindicados pelas teorias que se propõem afetivas que, por sua vez, extrapolam a noção de emoção e de sentimentos, e se permitem percorrer percursos nos quais os processos de afetação são bem-vindos. Nesta cartografia nos parecem especialmente importantes os rios e seus afluentes, como Mbembe (2018) nos alertou que seria a travessia, carregada de perigos, desmantelamentos e tormentos para pensamento crítico naquela que ele considera a experiência fundamental da nossa época: "a Europa deixou de ser o centro de gravidade do mundo" (MBEMBE, 2018, p.11). Por isso, convidamos todas as pessoas que embarcam nesta leitura conosco a realizar breves escalas que nos guiarão, muito menos a um destino paradisíaco, e mais a algumas paradas para a compreensão de problemáticas arraigadas socialmente no que diz respeito a relações conflituosas para imigrantes haitianos no enfrentamento do racismo.
A pretensão deste texto é apresentar reflexões sobre algumas experiências vividas por imigrantes haitianos na região metropolitana de Belo Horizonte, estabelecendo um diálogo entre discursos midiáticos, as experiências de um pós-graduando haitiano e investigações realizadas no Afetos: Grupo de Pesquisa em Comunicação, Acessibilidade e Vulnerabilidades.

Breve trecho: Sônia Pessoa: Inverno em Belo Horizonte, julho de 2021. Ainda enfrentávamos a fase aguda da pandemia de Covid-19, quando decidimos elaborar o conteúdo de uma aula para estudantes de pós-graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em estilo podcast. Aquele era o terceiro semestre do Ensino Remoto Emergencial (ERE), no qual as atividades acadêmicas curriculares aconteciam de modo síncrono, por meio de aplicativos que possibilitavam encontros. Estávamos saudosos dos encontros presenciais, do calor dos debates, da presença das reflexões, não aquelas dos ambientes digitais, mas as que se dão face a face e por meio das quais é possível literalmente mergulhar em um universo próprio de cada texto, cada fala, cada pensar, cada sujeito em pesquisa. Até a imagem da sala de aula física, com as carteiras dispostas em formato de círculo no qual nos reuníamos, estava sendo, aos poucos, esmaecida da nossa memória...

Apresentação do livro Afetos e Experiências: da, na e para a universidade - volume 1. Breve trecho: O que desejo compartilhar com vocês é o incômodo que sentia por entender que o meu trabalho como pesquisadora estava vinculado a muitos processos de afetação. Como já registrei em salas de aula, conferências e textos, eu seguia os caminhos dos afetos intuitivamente, dialogava por meio de sensações e de emoções. Faltava-me o encontro com a filosofia dos afetos. Faltava-me a compreensão de que tudo o que nos afeta nos interpela em pesquisa. Somos corpos que se constituem socialmente de modo holístico, sendo inseparáveis os aspectos físicos, intelectuais e espirituais. Uma vez mais convém lembrar que não invocamos aqui as emoções nomeáveis, como se pudessem ser buscadas nos dicionários ou compreendidas equivocadamente na leitura de Spinoza. Estamos nos atendo às afecções do corpo, onde ele está, aquele aqui e agora. Mas também o que o aqui e o agora provoca em reminiscências, as dores, os traumas, o vivido 'cru' do nosso cotidiano, aquele que nos marca não só pelos afetos bons, mas, e talvez, principalmente, pelos que não são considerados agradáveis.

Ziel des Beitrags ist es, die Wechselwirkung zwischen der Entwicklung von Ulles Identität und der gesellschaftlichen Sicht auf ihn als „Krüppel“ oder „Mißgeburt“ in Augenschein zu nehmen. Dabei sollen die auf ihn projizierten Bilder sowie die Mechanismen seiner Ausgrenzung im Einzelnen offengelegt werden. Die These lautet, dass die Erzählung eine ambivalente Sicht auf das Thema Behinderung eröffnet: Einerseits wird der kleinwüchsige Protagonist aus einer von Empathie geprägten, humanistisch-aufklärerischen Perspektive dargestellt, andererseits erfolgt seine Inszenierung an manchen Textstellen aus einer ablehnenden Haltung heraus. Man könnte sagen, dass der Text an vielen Stellen ein kritisches Schlaglicht auf bestimmte Körperdiskurse wirft, zugleich aber bei eben diesen Diskursen an seine Grenzen stößt. Nicht zuletzt das dadurch zutage tretende Spannungsverhältnis gilt es im Nachfolgenden herauszuarbeiten und analytisch fruchtbar zu machen.

RESUMO-Os Sentidos Atribuídos à Deficiência por Profissionais da Educação Básica. Para este artigo, que tem como aporte teórico o campo dos Estudos da Deficiência na Educação, ob jetivamos investigar as concepções atribuídas à deficiência entre educadores atuantes na educação básica. A obtenção dos dados ocorreu em uma formação virtual na qual participaram mais de 300 profissionais da educação básica, por meio de um questionário sociodemográfico e outro com questões abertas pré-formação e a análise foi temática de conteúdo. Os resultados trazem contribuições teórico-metodológicas para o campo de atuação em uma perspectiva inclusiva interseccional, na qual os profissionais da educação básica possam adotar atitudes éticas e intencionais do cuidado em suas práticas pedagógicas no combate ao capacitismo. Palavras-chave: Estudos da Deficiência na Educação. Formação Continuada. Capacitismo. Ética do Cuidado. Educação Inclusiva. ABSTRACT-The Meanings Attributed to Disability by Basic Education Professionals. For this article, which takes as its theoretical basis the field of Disability Studies in Education, we aimed to investigate the conceptions attributed to disability among educators working in basic education. The data was collected during a virtual training course in which more than 300 basic education professionals took part, using a socio-demographic questionnaire and another with open-ended questions before the training course, with thematic content analysis. The results provide theoretical and methodological contributions to the field of work from an intersectional inclusive perspective, in which basic education professionals can adopt ethical and intentional stances on care in their pedagogical practices to combat ableism.

O presente estudo tem por objeto a análise do capacitismo como neologismo e como prática consistente na discriminação da pessoa com deficiência, em razão de sua deficiência.
A Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência - CDPD - ratificada pelo Brasil e internalizada com status de norma formalmente constitucional, trouxe importantes modificações não só no ordenamento jurídico, mas também na forma de pensar e de agir das pessoas, dentre as quais a definição de deficiência por um modelo biopsicossocial, a presunção de capacidade jurídica da pessoa com deficiência e o dever que recai sobre o Estado de conscientizar a sociedade e a família sobre questões que envolvem o exercício de direitos por pessoas com deficiência.
E a partir dessas noções que se apresentará o significado do termo capacitismo, sua origem e as causas de sua permanência, apesar da evolução normativa hoje experimentada.

Cinema, as a powerful medium of storytelling, not only reflects society but also plays a crucial role in shaping cultural norms and values. Over the years, the portrayal of gender and race in films has sparked significant debate, as these representations carry the potential to influence perceptions, reinforce stereotypes, or challenge the status quo. In contemporary cinema, this dynamic has gained even more prominence as filmmakers grapple with issues of inclusivity, diversity, and equity. The narratives and images we see on screen are not just entertainment; they reflect broader social realities and struggles, particularly concerning identity and power dynamics.

Der Artikel diskutiert die Herausforderungen des Transfers
politikwissenschaftlicher Komplexität in die Gesellschaft. Wir unterscheiden dafür
zwischen den drei idealtypischen Modellen a) einer Vereinfachung von Komplexität, b) der Abbildung von Komplexität sowie c) der Übersetzung von Komplexität.
Die Anforderungen an das dritte Modell einer Übersetzung politikwissenschaftlicher Komplexität entwickeln wir anhand fachdidaktischer Diskussionen der Politischen Bildung, die wir Subdisziplinen-übergreifend mit dem Beispiel unternehmerischer Menschenrechtsverantwortung aus der Global-Governance-Forschung verbinden. Der reflexiven Politischen Bildung entnehmen wir Multiperspektivität, die
Offenlegung und Begründung normativer Maßstäbe, eine subjektorientierte Mündigkeit der Adressat/-innen und das Aushalten von Spannungsfeldern, um Bildungsprozesse zu organisieren. Die Möglichkeiten und Grenzen der Übersetzung von
Komplexität zeigen wir anhand der Weiterentwicklung einer menschenrechtlichen
Unternehmensverantwortung auf globaler Ebene auf. Dieses Feld ist von Spannungen zwischen einem hohen Grad an (rechtlicher, wirtschaftlicher und politischer) Komplexität und einem Bedürfnis nach einfachen Antworten gekennzeichnet. Eine
zentrale Stärke der Übersetzung von Komplexität skizzieren wir darin, dass sie einen
Startpunkt für gesellschaftliches Denken und Handeln anbietet, statt dieses durch Dichotomien, Vorenthalten von Wissen, Überforderung oder vorgegebene Antworten abzuschneiden. So kann die Übersetzung von politikwissenschaftlicher Komplexität
gesellschaftliche Denk- und Handlungsmöglichkeiten ausbauen.

Online unter https://link.springer.com/content/pdf/10.1007/s41358-020-00229-0.pdf

Considerable research has documented student resistance to efforts at diversity and equity in college curricula. Scholars have also focused on negative attitudes among K-12 teacher candidates toward anti-racist and culturally informed approaches within education, as well as on the instrumental and teacher-centered approaches that typify special education teacher preparation. Through citing this research and drawing on my own experiences as a disabled art teacher education faculty instructor attempting to encourage a critical disability perspective, I make the argument that numerous factors contribute to an anti-critical attitude among teacher candidates preparing to work with students receiving special education services.

design de capa FBA. pré-impressão EDIÇÕES ALMEDINA, S.A. impressão e acabamento Março, 2016 depósito legal ???????/16 Os dados e as opiniões inseridos na presente publicação são da exclusiva responsabilidade do(s) seu(s) autor(es). Toda a reprodução desta obra, por fotocópia ou outro qualquer processo, sem prévia autorização escrita do Editor, é ilícita e passível de procedimento judicial contra o infractor. ______________________________________________________ biblioteca nacional de portugal-catalogação na publicação Deficiência e emancipação social: para uma crise da normalidade Org. Bruno Sena Martins, Fernando Fontes (CES)

The book "Education and Contemporaneity: Emerging Themes" continues the reflections on various phenomena that encompass the multiple and conflicting educational daily lives of today. From this perspective, the work brings to light the contributions of Psychology, Technology, and Social Sciences studies to investigate and contemplate historical educational issues that are intensifying in the 21st century, as well as emerging phenomena. Thus, prioritizing collaborative discussion among senior researchers, young doctors, and postgraduate students, theoretical and empirical studies are presented, as well as reports on pedagogical practices in various learning environments.

AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SÃO UM GRUPO VULNERÁVEL, E,
portanto, mais suscetíveis de sofrerem atitudes discriminatórias
por parte da sociedade capacitista. Nesse contexto, tal preconceito
ocorre principalmente no ambiente trabalhista fundamentado
num entendimento de que as pessoas com deficiência seriam incapazes para os atos da vida humana como um todo, o que gera as
estatísticas alarmantes que envolvem esse grupo. Assim, este
estudo busca, principalmente, promover uma análise social e jurídica do capacitismo no ambiente laboral brasileiro, mas também,
especialmente, estabelecer uma comparação entre o tratamento às
pessoas com e sem deficiência quanto a sua inserção, permanência
e remuneração no mundo trabalhista. Para tal, foi feita uma
pesquisa bibliográfica e uso de dados estatísticos qualitativos,
concluindo que há um hiato entre a legislação positiva e a realidade, ainda que já haja um desenvolvimento jurídico-social nessa
área

Der vorliegende Beitrag widmet sich aus einer konzeptionellen Perspektive den Prozessen der medizinischen und gesellschaftlichen Unsichtbarmachung der chronischen und vergeschlechtlichten Erkrankung Endometriose. Wenngleich die Erkrankung häufig ist und mit einer erheblichen Schmerzsymptomatik und weiteren Beschwerden einhergeht, stellt der Umgang mit der Erkrankung nach wie vor ein vernachlässigtes Thema dar. Neben den vielfältigen Formen der Unsichtbarmachung wird in dem Beitrag zugleich der Frage nachgegangen, welche Formen der Sichtbarmachung der Erkrankung herausgearbeitet werden können. Hierfür bezieht der Beitrag neben theoretisch generiertem Wissen mit Fokus auf Zugänge der Gender und Disability Studies zugleich erfahrungsbezogenes Wissen aus der Perspektive erkrankter Personen sowie Selbsthilfeorganisationen als Formen kollektiver Wissensproduktion ein. Mithilfe dieser Zugänge werden sowohl die ableistische wie auch die vergeschlechtlichte Dimension der Erkrankung genauer herausgearbeitet. Abschließend wird der Blick in exemplarischer Weise auf Formen und Wege widerständiger Einschreibung angesichts mehrfacher Un-/Sichtbarmachungen gerichtet und gefragt, wie eine verbindende Praxis mit dem erkrankten Körper aussehen und wie der erkrankte Körper und mit ihm Verletzlichkeit neu gedacht werden kann.

Here I discuss the challenges of identifying myself directly as disabled or part of the disability community, and the ways in which some of us come in and out of disabling states of body-mind, and the complications of including this in our public scholarship

Based on black feminist thinkers such as bell hooks, Patrícia Hill Collins and Grada Kilomba, I elaborate problem situations experi-Dossiê Psicologia e Políticas da Deficiência: ativismos, aleijamentos e a luta anticapacitista Artigo Original

In this theoretical essay, we assume ableism as a grammar that sustains several duplicities that hierarchize and discriminate reputed dissident corporalities. We maintain this argument based on the violation of rights to health and life of disabled people, travestis, trans and intersex people, and children and adolescents, in practices of surveillance and correction, which sustain health and education institutions, and Language as the central point of such enabling.

Nesse ensaio teórico assumimos o capacitismo como uma gramática que sustenta diversos duplos que hierarquizam e discriminam corporalidades reputadas dissidentes. Sustentamos esse argumento partindo da violação de direitos à saúde e à vida das pessoas com deficiência, pessoas travestis, transexuais e intersexos e das crianças e adolescentes em práticas de vigilância e correção, que sustentam as instituições de saúde e educação, e a Língua.

O objetivo deste artigo é relatar o trabalho realizado pelo Núcleo de Estudos sobre Deficiência da UFSC, um dos vencedores, com menção honrosa, da primeira edição do Prêmio Marcus Matraga da ULAPSI, para a politização da deficiência e o fomento das lutas anticapacitistas. A partir do embasamento teórico dos estudos da deficiência de matriz feminista e da teoria aleijada, foram desenvolvidas atividades formativas (grupo de estudos, eventos científicos e palestras); produção de materiais orientadores; e articulação com redes de pesquisa nacionais e internacionais. O trabalho realizado contribuiu para difundir a compreensão interseccional da deficiência e do capacitismo; capilarizar os estudos da deficiência para diversas áreas do conhecimento; situar as lutas anticapacitistas como sendo de todas as pessoas; e promover a ressignificação da experiência da deficiência. Por fim, mostramos a potência da difusão dos estudos da deficiência para as pessoas com deficiência como subversiva às narrativas capacitistas e eminentemente emancipatória. Palavras-chave: estudos da deficiência; capacitismo; direitos humanos; emancipação social.

Agradeço sobretudo a Deus, por me permitir usar minhas habilidades e inteligência para colaborar com a construção de um mundo mais afetuoso e mais justo. A meus pais, Isabel e José Antônio, por serem meus exemplos de virtude e dedicação aos outros e ao trabalho. Obrigada por cada bronca, pela cobrança de responsabilidade com a escola, por me ensinarem a pensar criticamente, por me acompanharem e incentivarem em cada projeto ao longo da minha vida. Aos meus irmãos, Carina e André, pela parceria, cumplicidade e por tanto amor! Ao Arthur, que com seu amor e zelo me acompanhou neste último ano e meio de tese, sendo um grande e fiel incentivador das minhas loucuras, e colo para os momentos de cansaço. Amo você! À Universidade de São Paulo e à Faculdade de Educação da USP-SP, por oferecerem tamanha experiência de formação a mim e a tantos outros pesquisadores. À Biancha Angelucci, minha querida orientadora e parceira de profissão, das pessoas que mais admiro nessa vida. Obrigada por me ensinar tanto e por acompanhar meu processo de crescimento pessoal e profissional, sempre cuidadosa e firme com cada etapa da construção deste trabalho. Aos professores José Marcelino e José Moura, pelas contribuições tão valiosas ao trabalho na ocasião da qualificação e às(aos) professoras(es) Ana Rita de Paula, Luciana Surjus, Aline Albuquerque e José Marcelino que certamente farão apontamentos preciosos para esta tese. A todos os autodefensores que participaram dos grupos focais e às instituições das quais fazem parte: obrigada por me ensinarem tanto sobre despraticar as normas e por contribuírem com minha formação de pesquisadora. Às minhas colegas do grupo de pesquisa: Larissa, Isabel, Mariele, Fábia, Renata, Andreia, Kelly, Isabelle, Daniele e Mari, pelas leituras cuidadosas e respeitosas que tanto contribuíram com este trabalho.

A perspectiva interseccional considera as relações de poder e opressão, sobrepostas entre as diversas experiências das pessoas, a partir de uma abordagem que integra as múltiplas variáveis sociais incidentes sobre cada indivíduo. Entende-se que esta abordagem irá contribuir para que organizações saibam conformar equipes efetivas, mais diversas e inclusivas, que podem trazer benefícios para a produtividade operacional e ao desenvolvimento de capacidades dos seus colaboradores, além de promover o bem-estar social. Partindo de revisão bibliográfica, o artigo propõe um algoritmo, baseado em duas abordagens. A primeira foi desenvolvida por Douglas Wilde, referência estadunidense no estudo de composição de equipes (Teamology) e a segunda, a interseccional, foi por nós desenvolvida. O algoritmo divide-se em duas partes: a primeira visa categorizar as pessoas considerando suas características cognitivas, conforme os tipos psicológicos de Jung. A segunda trata da avaliação sociológica da equipe escolhida, utilizando-se um modelo de representação algébrica das interseccionalidades. Para tal, as categorias trabalhadas serão: classe social, autodeclaração gênero e étnico-racial. A conformação de equipes sob a lógica da diversidade apoia os esforços de aprimoramento de

Este trabalho relata uma experiência de estágio de docência realizado no âmbito da pós-graduação em Psicologia Social e Institucional na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A disciplina, proposta pela doutoranda e seu orientador, está sendo ofertada em formato de formação para docentes e servidores técnicoadministrativos da universidade e versa sobre formas contemporâneas de pensar e trabalhar com a deficiência, buscando discutir a acessibilidade e experiências de inclusão em uma perspectiva interdisciplinar. Esta iniciativa partiu do entendimento de que o debate sobre deficiência, acessibilidade e inclusão tem ocupado cada vez mais espaço no meio social, no contexto acadêmico e nas políticas públicas brasileiras. De acordo com o Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 45 milhões e 600 mil pessoas declararam ter alguma deficiência, o que corresponde a 23,9% da população brasileira. Embasada pelas discussões dos emergentes Estudos sobre Deficiência e em documentos legislativos atuais, como a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2008) e a Lei Brasileira de Inclusão (2015), entende-se que a condição de deficiência diz respeito às restrições sociais impostas às pessoas que possuem variações nas características e habilidades corporais e funcionais e, portanto, como uma condição inerente à vida humana. Sendo assim, a proposta desta formação surge da necessidade de analisar as implicações dos modos de compreender a deficiência para a implementação de políticas públicas e desenvolvimento de práticas e intervenções profissionais orientadas por uma perspectiva inclusiva e voltadas à garantia de direitos humanos, promoção de autonomia e redução das desigualdades enfrentadas por esta população. Para tanto, delineou-se como objetivo geral: Analisar os diferentes modos de compreensão da deficiência e suas implicações para a intervenção profissional em diferentes campos de atuação, para a implementação de políticas públicas e a garantia de direitos humanos. Os objetivos específicos que compuseram a proposta foram: a) caracterizar os diferentes modelos teóricos que compõem o campo de estudos sobre deficiência; b) identificar as implicações do modelo social de compreensão sobre a deficiência para práticas e intervenções subsidiadas em uma perspectiva de direitos humanos; c) avaliar as interfaces conceituais e metodológicas dos estudos sobre deficiência com outras categorias sociais como gênero, geração, classe, raça/etnia e orientação sexual; d) promover a discussão de temas atuais relacionados à deficiência; e) analisar possibilidades de intervenção profissional junto às pessoas com deficiência, suas famílias e comunidade nos campos da saúde, educação e trabalho, com base em uma perspectiva inclusiva; f) pensar a acessibilidade na prática, compreender os desafios interdisciplinares e conhecer experiências de inclusão que possibilitem problematizar novas formas, estratégias e práticas inclusivas. Quanto ao conteúdo programático estão sendo trabalhadas a terminologia, conceituação e sistemas de classificação de diferentes deficiências, bem como das noções de inclusão, acessibilidade, desenho universal, tecnologias assistivas e barreiras interpostas às pessoas com deficiência; a historicidade dos movimentos sociais de pessoas com deficiência; as políticas públicas atuais direcionadas a esta população; os diferentes modelos teóricos de compreensão da deficiência pautados pelo campo de Estudos sobre Deficiência, suas implicações históricas, sociais, conceituais e políticas; a intervenção profissional junto à pessoa com deficiência, sua família e comunidade, nos campos da saúde, educação e trabalho com base em uma perspectiva inclusiva; a interseccionalidade da deficiência com outros marcadores sociais como gênero, geração, classe, raça/etnia e orientação sexual; a apresentação da proposta de trabalho do Incluir-Núcleo de Inclusão e Acessibilidade da UFRGS. A fim de abordar estes conteúdos, a metodologia utilizada inclui aulas expositivo-dialogadas, debates de casos práticos e uso de recursos audiovisuais. Busca-se também contemplar a constituição de espaços de relação e troca de experiências pessoais e profissionais com a deficiência a partir do convite a participantes que vivenciam diferentes condições corporais e funcionais (como a cegueira, a surdez e a deficiência física) e que encontram-se vinculadas à universidade. Como estratégias para verificação dos processos de ensino e aprendizagem, pretende-se observar a frequência, envolvimento e participação nas atividades propostas. Buscar-se-á avaliar o desenvolvimento da formação através de produções em diferentes formatos (escritas, vídeos, áudio, entrevistas, entre outros) que serão realizadas por cada integrante do seminário a fim de articular as discussões suscitadas com questões contemporâneas acerca da deficiência. Pretende-se, com isso, possibilitar que os e as cursistas possam pensar em estratégias para promover acessibilidade e inclusão em seus campos de atuação na universidade. Também será aplicado um questionário que avalia possíveis modificações de atitudes sociais em relação à inclusão, além de solicitar aos integrantes que respondam ao formulário de avaliação proposto pela Escola de Desenvolvimento de Servidores (EDUFRGS). A formação está sendo realizada na modalidade presencial, com frequência semanal, totalizando 30 horas e conta com a participação de aproximadamente 15 pessoas, representantes de diferentes setores da UFRGS. Até o presente momento, foi possível observar a relevância de trabalhar com esta temática que pouco tem sido discutida no ensino superior, especialmente no que diz respeito à necessidade de sensibilizar para o convívio com as diferenças, possibilitando o desenvolvimento de uma escuta sensível, profissional e qualificada para atender e respeitar demandas específicas de acessibilidade e inclusão. Defende-se que esta proposta seja implementada através do contato e compartilhamento de experiências com pessoas que vivenciam diferentes condições corporais e funcionais, potencializando assim o acesso e a garantia aos direitos humanos. Palavras-chave: estudos sobre deficiência; acessibilidade; inclusão.

Bem-vindo leitor e leitora! Se você chegou por aqui, estamos felizes. Por aqui somos alguns e algumas e essa obra é um modo de também irmos nos conhecendo.  Somos um grupo de pesquisa recém-inaugurado e que pretende se posicionar num outro modo de fazer Ciência no campo Psi na Universidade onde nos vinculamos. Assim o que você vai encontrar ao se debruçar nessas páginas é uma coletânea de textos de docentes – professores e professoras – e também de estudantes – acadêmicos e acadêmicas – orientados por nós a delimitar as margens ou, pelo menos, um mapa daquilo que consideramos essencial no campo da produção de conhecimento científico na Psicologia.
Constituição do sujeito, vulnerabilidades e estratégias de enfrentamento é o nome de nosso grupo de pesquisa e aqui, em cada marca grafada em escrita fomos encontrando os contornos do entendimento de nossas costuras epistemológicas e metodológicas, de nossos temas mobilizadores, convocadores e produtores de sentido, onde nos articulamos e nos aproximamos. Este é o primeiro projeto conjunto de produção que desenvolvemos, com a certeza de que desenhamos os primeiros passos. Temos muito a nos conhecer nesse devir-fazer[-se] pesquisadores e pesquisadoras e este diálogo com você que nos lê é também caminho dessa construção desse coletivo singular que somos.

La persona es, sin mas, siempre y en toda circunstancia. Y nunca deja de serlo ni parcialmente por el hecho de disponer de mayor o menor competencia de algun tipo o de mayor o menor poder sea de la clase que sea. Se es persona plena permanentemente, en cualquier tiempo y lugar, y sin condiciones; no hay grados en la condicion de la persona, nadie es mas o menos persona que nadie, ser persona no admite grados, ser persona no depende de los contextos en los que uno se exprese. Durante mucho tiempo la sociedad ha fomentado una serie de mitos y creencias sobre la sexualidad de las personas con discapacidad intelectual. Una de esas creencias es que son personas asexuadas, que no tienen sexualidad ni erotica considerandolas ninas o ninos “eternos”, lo cual implica dos errores: en primer lugar, considerarlas asexuadas y en segundo termino considerar a los ninos y ninas sin sexualidad. Este error lleva a considerar que las personas con discapacidad intelectual no necesiten de educacion sexu...

Capitulo do livro "Pesquisa-intervenção: processos de subjetivação, saber e poder "/ Flávia Cristina Silveira Lemos, Dolores Galindo, Pedro Paulo Gastalho de Bicalho, Aluísio Ferreira de Lima, João Paulo Pereira Barros, Manoel Ribeiro de Moraes Júnior, Rafaele Habib Souza Aquime, Amanda Gabriella Oliveira Tundis – Curitiba : CRV, 2024.