Thesis Chapters by Ana Marta M. Flores

Universidade Federal de Santa Catarina, 2019
O contexto recente da atividade jornalística destaca com maior robustez o papel central da inova... more O contexto recente da atividade jornalística destaca com maior robustez o papel central da inovação no jornalismo. Inovar não é uma ação necessariamente nova, enquanto forma; porém, o fluxo de transformações e adaptações exercido pela atividade indica um momento de especial atenção. Ao considerar o jornalismo como uma prática indispensavelmente relacionada ao público (GROTH, 2011; BELTRÃO, 1960), propomos um modelo de pesquisa a partir dos Estudos de Tendências (GOMES, 2012, 2016; RECH; 2016, DRAGT, 2017), para sugerir ações com maior aderência da audiência, enfatizando o jornalismo de inovação e tendências de setor.
Como alinhar modos de produção, distribuição e modelos de negócio, entre outras abordagens e medidas, às tendências que impactam o setor jornalístico? Para responder a essa pergunta central, propomos um estudo de abordagem qualitativa e de natureza aplicada para o desenvolvimento de um modelo de pesquisa de tendências para o jornalismo de inovação. A partir da pesquisa bibliográfica compreendemos o conceito de inovação e sua apropriação para o campo prático jornalístico, diferenciando-o do que delimitamos como jornalismo de inovação. Em seguida, estudamos algumas metodologias de pesquisa já em prática no campo dos Estudos de Tendências (POPCORN, 1993; PEREZ & SIQUEIRA, 2009; MARQUES, 2014; GOMES & FRANCISCO, 2013; 2015, RECH & MACIEL, 2015; GOMES, 2016; DRAGT, 2017), para, então, apresentar uma proposta específica para o jornalismo.
O modelo Trends for Journalism (T4J) é dividido em três etapas principais: 1) Segmentação, 2) Validação e 3) Apropriação; cada fase, por sua vez, subdivide-se em técnicas e ferramentas variadas. Após a aplicação do modelo, obtivemos como resultado três tendências de setor específicas para o jornalismo, além de uma força que compreende a lógica desses movimentos. O conceito de força é intitulado Discomfort Innovation (Inovação pelo Desconforto), e as tendências nomeadas como Transfluency (Transparência e Fluência de notícias), Data Polarity (Dados Polarizados) e Centripetal Demands (Demandas Centrípetas). Por fim, desenvolvemos um mini-dossiê com o compacto do conteúdo da pesquisa e as tendências identificadas com o objetivo de comunicar a tese desses movimentos (apêndice A). À título de exemplificação, relacionamos as categorias de jornalismo de inovação apresentadas na primeira parte da tese — 1) Conteúdo & Narrativa, 2) Tecnologia & Formato e 2) Modelo de Negócios — com o cenário proposto: do jornalismo tradicional, representado pela Folha de S. Paulo e do nativo digital, ilustrado pelo Nexo.
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Thesis Chapters by Ana Marta M. Flores
Como alinhar modos de produção, distribuição e modelos de negócio, entre outras abordagens e medidas, às tendências que impactam o setor jornalístico? Para responder a essa pergunta central, propomos um estudo de abordagem qualitativa e de natureza aplicada para o desenvolvimento de um modelo de pesquisa de tendências para o jornalismo de inovação. A partir da pesquisa bibliográfica compreendemos o conceito de inovação e sua apropriação para o campo prático jornalístico, diferenciando-o do que delimitamos como jornalismo de inovação. Em seguida, estudamos algumas metodologias de pesquisa já em prática no campo dos Estudos de Tendências (POPCORN, 1993; PEREZ & SIQUEIRA, 2009; MARQUES, 2014; GOMES & FRANCISCO, 2013; 2015, RECH & MACIEL, 2015; GOMES, 2016; DRAGT, 2017), para, então, apresentar uma proposta específica para o jornalismo.
O modelo Trends for Journalism (T4J) é dividido em três etapas principais: 1) Segmentação, 2) Validação e 3) Apropriação; cada fase, por sua vez, subdivide-se em técnicas e ferramentas variadas. Após a aplicação do modelo, obtivemos como resultado três tendências de setor específicas para o jornalismo, além de uma força que compreende a lógica desses movimentos. O conceito de força é intitulado Discomfort Innovation (Inovação pelo Desconforto), e as tendências nomeadas como Transfluency (Transparência e Fluência de notícias), Data Polarity (Dados Polarizados) e Centripetal Demands (Demandas Centrípetas). Por fim, desenvolvemos um mini-dossiê com o compacto do conteúdo da pesquisa e as tendências identificadas com o objetivo de comunicar a tese desses movimentos (apêndice A). À título de exemplificação, relacionamos as categorias de jornalismo de inovação apresentadas na primeira parte da tese — 1) Conteúdo & Narrativa, 2) Tecnologia & Formato e 2) Modelo de Negócios — com o cenário proposto: do jornalismo tradicional, representado pela Folha de S. Paulo e do nativo digital, ilustrado pelo Nexo.