Institute of Contemporary History

A modesta alocução aqui proposta repousa sobre o conjunto de investigações  desenvolvidas no âmbito das exigências curriculares à disciplina de História das Relações Internacionais, pretendendo constituir um ínfimo e humilde contributo para a história diplomática.
Na complexa confluência de crises que assolaram o continente europeu entre as  Guerras Napoleónicas e a Primeira Guerra Mundial, a Guerra da Crimeia demarca uma  posição-chave no epicentro das transformações geopolíticas. Na esfera a que nos  reportamos interessa realçar o estudo da política diplomática, abdicando de outro  desenvolvimento mais profundos no que respeita à história militar, cuja vertente (tão particular) merece um tratamento autónomo, porquanto não seja desfasado mencionar  algumas das vicissitudes bélicas, as inconsequências estratégicas ou as alianças improváveis, que desfizeram outras antigas alianças e, sobretudo, enviesaram perspectivas de consolidar a ordem saída do Congresso de Viena. Depois da guerra da Crimeia não havia mais retorno ao velho equilíbrio idealizado por Metternich.

No seu livro, "Découverte de Russie" (publicado em 1945), traduzido para português como "A Nova Rússia", Henri Massis analisava as transformações perpetradas no então "novo mundo" comunista, identificando a continuidade da geopolítica czarista nas decisões soviéticas, no fundo, pressupondo que o carácter dos povos (e, principalmente, dos seus líderes) pouco muda independentemente dos seus governos e das ideologias.

A 18 de abril, o Centro de Estudos Russos da FLUC, em colaboração com a associação de juventude NOVA PORTUGALIDADE, realizou uma conferência sobre o tema Relações entre Portugal e Rússia. O evento foi realizado num dos cafés mais emblemáticos de Coimbra, "Santa Cruz", que faz parte dum monumento arquitetónico e histórico da cidade, a Igreja de Santa Cruz. Como moderador da conferência esteve Daniel Sousa, membro dessa associação e estudante da Faculdade de Direito da UC, que também frequenta cadeiras de Estudos Russos no CER da FLUC.

A evolução política do sistema monárquico constitucional português, desde o fim da Guerra Civil à República, abordando as particularidades ideológicas do constitucionalismo e os fenómenos sociais e culturais dinamizados na nova conjuntura política. Coloca-se o constitucionalismo liberal como problema, entendendo que a República constituiu uma consequência da própria evolução do "liberalismo" português e da conjuntura ideológica que o motivou. Ao mesmo tempo analisam-se as várias "metamorfoses" dos sistema da monarquia constitucional, na sua complexidade e dinamismo, constituindo um sistema englobando vários sistemas políticos e várias abordagens.

“Síntese de um ideário e testemunho de toda uma geração que cresceu politicamente na Primeira República, o livro de Leão Ramos Ascensão apresenta as linhas cimeiras do paradigma nacionalista português pré-salazarismo, revelando também a complexidade dos movimentos antiliberais e contra-revolucionários do início do século XX. (…)

O livro, enquanto enquadramento histórico e teórico, revela-se de suma importância para entender as origens e percurso do Integralismo Lusitano, ao mesmo tempo testemunho e memória do período conturbado que sucedeu ao fim da monarquia constitucional. Nas palavras de José Manuel Quintas constitui a “primeira síntese apologética”, onde à ilharga das vicissitudes históricas o autor desenvolve as premissas fundamentais do movimento integralista, resumidas em breves e profundos conceitos: monarquia tradicional e orgânica, antidemocrática e antiparlamentar. (…)”

Enriquecido com prefácio de Daniel Santos Sousa e inúmeras notas explicativas da responsabilidade de Alberto Lima.