Medicalization of childhood: between care and medication
2019, Psicologia USP
https://doi.org/10.1590/0103-656420180107Abstract
From psychoanalytic clinics with children, a close relation can be observed between care and medicalization. Studies on medicalization are extremely relevant today, considering not only the capture of forms of psychical suffering, but also the massive production of diagnoses and the pathologization of childhood. In these terms, this study, in light of psychoanalytic theory, intends to perform an articulation between the notion of care and the medicalization of childhood. To do so, at first, a theoretical discussion is presented on the impact of medicalization on the care given to children. Then, we highlight the importance of care for the psychical constitution and its connection with the medical discourse. At last, we emphasize that medicalization is increasingly becoming a mechanism that tampers with diversity. It is essential to rethink the advances of medicalization as a major form of therapeutic intervention and the extent of its reach in the contemporary scenario.
References (37)
- 453 2018 I volume 29 I número 3 I 451-458 Medicalization of childhood: between care and medication
- Aguiar, A. (2004). A psiquiatria no divã: entre as ciências da vida e a medicalização da existência. Rio de Janeiro, RJ: Relume Dumará.
- Birman, J. (2007). Laços e desenlaces na contemporaneidade. Journal of Psychoanalysis, 40 (72), 47-62.
- Birman, J. (2012). O sujeito na contemporaneidade. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira.
- Brandão, E. P. (2012). Sexualidade e aliança na contemporaneidade: nem Édipo, nem barbárie. Curitiba, PR: Juruá.
- Caliman, L. (2016). Infâncias medicalizadas: para quê psicotrópicos para crianças e adolescentes? In S. Caponi, M. Vásquez-Valencia & M. Verdi (Orgs.), Vigiar e medicar: estratégias de medicalização da infância (pp. 47-60). São Paulo, SP: LiberArs.
- Conrad, P. (1992). Medicalization and social control. Annual Review of Sociology, 18 (1), 209-232.
- Caponi, S. (2012). Loucos e degenerados: uma genealogia da psiquiatria ampliada. Rio de Janeiro, RJ: Editora Fiocruz.
- Caponi, S. (2016). Vigiar e medicar: o DSM-5 e os transtornos ubuescos na infância. In S. Caponi, M., Vásquez-Valencia & M. Verdi (Orgs.), Vigiar e medicar: estratégias de medicalização da infância (pp. 29-45). São Paulo, SP: LiberArs.
- Ehrenberg, A. (2010). O culto da performance. São Paulo, SP: Ideias & Letras.
- Figueira, P., & Caliman, L. (2014). Considerações sobre os movimentos de medicalização da vida. Psicologia Clínica, 26 (2), 17-32.
- Figueiredo, L. C. (2009). As diversas faces do cuidar: considerações sobre a clínica e a cultura. In M. Maia (Org.), Por uma ética do cuidado (pp. 121-141). Rio de Janeiro, RJ: Garamond.
- Foucault, M. (1976). La volonté de savoir. Paris, France: Gallimard.
- Freud, S. (1969). Análise de uma fobia em um menino de cinco anos: o pequeno Hans. Rio de Janeiro, RJ: Imago. (Trabalho original publicado em 1909)
- Gaudenzi, P., & Ortega, F. (2012). O estatuto da medicalização e as interpretações de Ivan Illich e Michel Foucault como ferramentas conceituais para o estudo da desmedicalização. Interface -Comunicação, Saúde, Educação, 16(40), 21-34.
- Guarido, R. (2007). A medicalização do sofrimento psíquico: considerações sobre o discurso psiquiátrico e seus efeitos na educação. Education and research, 33 (1), 151-161.
- Guarido, R. (2010). A biologização da vida e algumas implicações do discurso médico sobre a educação. In Conselho Regional de Psicologia de São Paulo & Grupo Interinstitucional Queixa Escolar (Orgs.), Medicalização de crianças e adolescentes: conflitos silenciados pela redução de questões sociais a doenças de indivíduos (pp. 27-39). São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.
- Lacet, C., & Rosa, M. D. (2017). Diagnóstico de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e sua história no discurso social: desdobramentos subjetivos e éticos. Psicologia Revista, 26(2), 231-253.
- Lasch, C. (1983). A cultura do narcisismo. Rio de Janeiro, RJ: Imago.
- Lasch, C. (1991). Refúgio num mundo sem coração. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra.
- Lima, R. C. (2005). Somos todos desatentos? O TDA/H e a construção das bioidentidades. Rio de Janeiro, RJ: Relume Dumará.
- Melo, R. (2016). Uma interpretação para a medicalização da infância e da adolescência. In A. L. Pacheco & B. Oliveira (Orgs.), Criança: objeto ou sujeito (pp. 249-267). São Paulo, SP: Escuta.
- Perez, M., & Sirelli, N. M. (2015). A medicalização do mal-estar: a escuta psicanalítica como um modo de resistência. Psicanálise & Barroco em Revista, 13(2), 117-136.
- Plastino, C. A. (2009). A dimensão constitutiva do cuidar. In M. Maia (Org.), Por uma ética do cuidado (pp. 53-89). Rio de Janeiro, RJ: Garamond.
- Sassolas, M. (2012). Transmission or acculturation? L´information Psychiatrique, 88 (7), 521-526. DOI: 10.1684/ipe.2012.0954
- Tenório, F. (2000). Desmedicalizar e subjetivar: a especificidade da clínica da recepção. Cadernos IPUB, 6(17), 79-91.
- Tesser, C. D. (2006). Medicalização social (I): o excessivo sucesso do epistemicídio moderno na saúde. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 10(19), 61-76.
- Whitaker R. (2016). Transformando crianças em pacientes psiquiátricos: fazendo mais mal do que bem. In S. Caponi, M. Vásquez-Valencia & M. Verdi (Orgs.), Vigiar e medicar: estratégias de medicalização da infância (pp. 13-29). São Paulo, SP: LiberArs.
- Whitaker, R. (2017). A anatomia de uma epidemia. Rio de Janeiro, RJ: Editora Fiocruz.
- Winnicott, D. W. (1975). O brincar e a realidade. Rio de Janeiro, RJ: Imago.
- Winnicott, D. (1988). Conversations ordinaires. Paris, France: Gallimard.
- Winnicott, D. W. (2000). Da pediatria à psicanálise. Rio de Janeiro, RJ: Imago.
- Winnicott, D. W. (2000). Psicoses e cuidados maternos. In D. Winnicott, Da pediatria à psicanálise: obras escolhidas (pp. 305-316). Rio de Janeiro, RJ: Imago. (Trabalho original publicado em 1952)
- Winnicott, D. W. (2005). Influências de grupo e a criança desajustada: o aspecto escolar. In D. W. Winnicott, Privação e delinquência (pp. 215-226) São Paulo, SP: Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1955)
- Winnicott, D. W. (2007). O ambiente e os processos de maturação. São Paulo, SP: Artmed. (Trabalho original publicado em 1983) References
- Winnicott, D. W. (2007). A integração do ego no desenvolvimento da criança. In D. Winnicott, O ambiente e os processos de maturação (pp. 55-62). São Paulo, SP: Artmed. (Trabalho original publicado em 1952)
- Winnicott, D. W. (2007). Distúrbios psiquiátricos e os processos de maturação infantil. In D. Winnicott, O ambiente e os processos de maturação (pp. 207-218). São Paulo, SP: Artmed. (Trabalho original publicado em 1963)