This article is the result of work carried out by psychoanalysts in different health institutions... more This article is the result of work carried out by psychoanalysts in different health institutions. Our aim is to give a voice to the subjects who are affected by the most diverse traversals in their bodies-bodies which, as we understand it, are not just an organism. We found that often, by identifying them with a diagnosis or even a behavioral category, the possibility of giving credence to what patients say about themselves or the situation they are going through is emptied, which can produce another source of suffering. Contrary to this perspective, in the discourse of psychoanalysis, the person addresses the subject, allowing them to produce something by taking their place of speech. This is the foundation of our methodology, both in terms of working with patients and in terms of research, both of which have a Moebian relationship-a relationship that Elia (2023) approximated to that of a researcher. With the aim of verifying the place of the psychoanalyst in the institution and the effects of their work, we have gathered hospital and outpatient clinical experiences in three different devices belonging to the SUS network.
Resumo Este relato de experiência, de natureza qualitativa, decorre de nossa atuação, enquanto ps... more Resumo Este relato de experiência, de natureza qualitativa, decorre de nossa atuação, enquanto psicólogas, em um hospital da rede pública de saúde, voltado para o atendimento de pessoas acometidas pelo SARS-CoV, entre os anos 2020 e 2021. Nossa metodologia contará com estudos bibliográficos e apresentação casos clínicos, extraídos dos atendimentos realizados aos pacientes internados no hospital a partir de uma orientação psicanalítica. Em nossa abordagem, buscando mitigar a solidão em que muitos pacientes se viam inseridos, fizemos uso de tecnologias de informação e comunicação (TICs), o que permitiu o contato com os familiares que se encontravam impedidos de fazer visitas em função do alto risco de contágio da doença. Nosso objetivo com esse estudo é demonstrar que a atuação do psicólogo no contexto hospitalar não se limita à abordagem à beira leito. Também é possível viabilizar propostas mais amplas de atenção (nesse caso o uso das TICs), que colaborem com a política nacional de humanização (PNH), a partir de uma abordagem que leva em conta o contexto em que o paciente se vê inserido.
Este estudo resulta da experiência de psicanalistas que atuam em um hospital geral localizado em ... more Este estudo resulta da experiência de psicanalistas que atuam em um hospital geral localizado em um município no Estado do Rio de Janeiro. O objetivo é reforçar a importância da presença do analista no hospital, apresentando exemplos de uma clínica que se dá na efemeridade. A metodologia conta com um estudo da literatura referente à área da psicanálise e da saúde, mas também leva em conta o estudo de casos atendidos no hospital em questão. Ao logo do texto, diferenciamos as intervenções de efeito psicoterapêutico rápido em psicanálise, da psicoterapia breve, apostando na primeira abordagem enquanto importante recurso, mesmo quando dispomos de um número limitado de atendimentos. Concluímos que é possível, pela via da psicanálise, tocar no que D'Angelo (2008) chamou de coordenadas da fantasia do sujeito, articulando esse conceito ao instante de ver, de Lacan (1998).
Este relato de experiência, de natureza qualitativa, decorre de nossa atuação, enquanto psicóloga... more Este relato de experiência, de natureza qualitativa, decorre de nossa atuação, enquanto psicólogas, em um hospital da rede pública de saúde, voltado para o atendimento de pessoas acometidas pelo SARS-CoV, entre os anos 2020 e 2021.
Este trabalho pôde ser desenvolvido na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a partir de duas... more Este trabalho pôde ser desenvolvido na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a partir de duas experiências clínicas de alunos de psicologia, no hospital. Discutem-se as divergências entre psicanálise e medicina, principalmente no que tange à concepção de sujeito para ambas: no momento em que a medicina biologizante está cada vez mais próxima de um discurso cientificista -até mesmo na mídia -, ela corre o risco de foracluir o sujeito, enquanto que a psicologia no hospital sempre pode reintroduzir a importância da subjetividade, à imagem do que tentou fazer Georges Canguilhem na medicina e do que faz a psicanálise quando insiste na função do sintoma como presentificação do sujeito. A abordagem do diagnóstico e a da direção do tratamento diferentes conforme o discurso da medicina biologizante e o discurso da psicanálise têm, necessariamente, consequências na relação com o paciente. Tais consequências são discutidas especialmente quanto à noção de saber e não saber na clínica.
Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 2017
A partir de um breve histórico de dispositivos clínicos utilizados no campo da saúde mental, disc... more A partir de um breve histórico de dispositivos clínicos utilizados no campo da saúde mental, discute-se a prática do Acompanhamento Terapêutico. Tal discussão se instrumentaliza da transferência, como conceito psicanalítico. Levantamos as hipóteses de que nesse trabalho realizado cotidianamente fora dos moldes do consultório, a fala de um usuário instiga a uma articulação entre teoria e prática e que a própria psicanálise pode dela adquirir um novo saber fazer clínico.
Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental
Na história da psicanálise, o conceito de supereu é objeto de inúmeros estudos por introduzir que... more Na história da psicanálise, o conceito de supereu é objeto de inúmeros estudos por introduzir questões teóricas que exigem precisões sempre maiores. Uma delas diz respeito à articulação com alguns aspectos do conceito de Outro, em Lacan. Pretendemos contribuir ao debate, com a clínica da melancolia, seguindo à risca as orientações de Freud, inclusive em nossa leitura de Lacan, para o que nos servimos também de alguns outros autores. Chamamos a atenção para a tradução do verbo eintauchen, com o qual Freud identifica o mecanismo que relaciona o supereu com o isso. Um caso clínico ilustra de que modo o supereu imerge no isso para então, servindo-nos dos desenvolvimentos topológicos de Lacan, verificarmos de que maneira o toro do Outro pode imergir no interior do envelope das demandas, imergindo no isso, como dizia Freud, reservatório da pulsão que é, fundamentalmente, pulsão de morte.
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