Papers by Fernando Pessanha

Anais do Município de Faro, 2023
Anais do Município de Faro 2023 HOMENS DE FARO NA CASA SENHORIAL DO INFANTE D. HENRIQUE (SÉCULO X... more Anais do Município de Faro 2023 HOMENS DE FARO NA CASA SENHORIAL DO INFANTE D. HENRIQUE (SÉCULO XV): UMA BREVE SONDAGEM -Fernando Pessanha assistiram à publicação de inúmeros trabalhos dedicados ao papel de D. Henrique no arranque dos Descobrimentos Portugueses e que, inclusivamente, conduziu à publicação de várias biografias, como Henrique, o Infante, publicada em 2009 por João Paulo Oliveira e Costa 6 . No que respeita à relação do infante com o Algarve, assumem-se como incontornáveis alguns trabalhos de Alberto Iria, como Itinerário do Infante D. Henrique no Algarve, publicado em 1989 7 , ou O infante D. Henrique no Algarve (estudos inéditos), publicado em 1995 8 , para além de outros pontuais contributos 9 . Porém, não obstante o papel que a Universidade do Algarve poderia ter a nível da dinamização de novos estudos sobre a relação do infante com as terras algarvias, o certo é que temos vindo a assistir a um manifesto marasmo que não serve os propósitos subordinados a esta linha de investigação nem serve os propósitos subordinados à historiografia da Expansão e dos Descobrimentos na sua globalidade. É certo que, em 2007, a Câmara Municipal de Silves e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa dinamizaram um seminário intitulado O Infante D. Henrique -Alcaide-mor de Silves (1457) -Comemorações dos 550 Anos. Iniciativa em que participaram importantes personalidades do meio científico-académico e que deu origem à publicação de uma obra com o mesmo título, já em 2016 10 . No entanto, nem o exemplo da Câmara Municipal de Silves foi aproveitado pelos outros municípios algarvios, nem o exemplo da Universidade Nova de Lisboa foi aproveitado pela Universidade do Algarve, pelo que nunca mais foram desenvolvidas investigações sobre o Algarve, o infante ou os descobrimentos henriquinos. Desde então que o tema da relação entre D. Henrique e as terras algarvias se tem mantido adormecido, apenas sendo revisitado em pequenos contributos como Manuel Pessanha: Camareiro-mor do infante D. Henrique e Comendador de Castro Marim 11 ou Homens do infante D. Henrique em Castro Marim 12 , breves artigos informativos onde se chama a atenção para a pertinência do estudo das terras algarvias na casa senhorial do infante D. Henrique.
Anais do Município de Faro, 2022
Como é de conhecimento geral, a guerra de corso foi uma das armas de que os Estados se serviram p... more Como é de conhecimento geral, a guerra de corso foi uma das armas de que os Estados se serviram para combater os seus adversários no mar. Em Portugal, a guerra de corso teve uma expressão bastante precoce, nomeadamente, nas costas do Algarve, voltadas para o golfo luso-hispano-marroquino, também conhecido por Mar das Éguas. É nesse sentido que, de modo a contextualizar a Procuração enviada por várias pessoas de Faro, por causa das presas tomadas pelos franceses, de 1538, o presente artigo pretende abordar a acção da actividade pirática no Mar das Éguas desde os inícios da Expansão Portuguesa até aos ataques do corso francês aos mareantes de Faro, durante o reinado de D. João III. Para tal, seguimos uma metodologia de trabalho baseada no confronto de informação entre as fontes históricas e a bibliografia especializada.

Jornadas de História de Ayamonte, Vol. XXV, 2022
oi no dia 8 de Junho de 2017 que, respondendo ao desafio lançado pelo conselho científico do cong... more oi no dia 8 de Junho de 2017 que, respondendo ao desafio lançado pelo conselho científico do congresso internacional El arte de la representación del espacio: cartografía histórica y planimetría artística, apresentámos os resultados preliminares de uma breve sondagem subordinada ao tema "As baterias de artilharia de Vila Real de Santo António na cartografia militar setecentista", na Universidade de Huelva. Alguns meses volvidos sobre a realização deste congresso, já em Novembro de 2017, voltámos a partilhar os resultados destas investigações no âmbito das XXII Jornadas de Historia de la muy noble y leal ciudad de Ayamonte, sendo que o artigo relativo a esta conferência deveria integrar o livro de actas dessas jornadas. Porém, a quantidade de fontes cartográficas e manuscritas entretanto identificadas implicou que, ao redigirmos o trabalho, nos víssemos forçados a limitar o tema às baterias costeiras de Vila Real de Santo António, de modo a não darmos à estampa um trabalho que iria pecar pela sua inevitável natureza generalista.

Anuário da União das Freguesias de Faro, 2023
Decorria o ano de 2023 quando, durante a inves�gação para a nossa colaboração anual nos Anais do ... more Decorria o ano de 2023 quando, durante a inves�gação para a nossa colaboração anual nos Anais do Município de Faro, iden�ficámos um conjunto de documentos que nos permi�u redigir "Homens de Faro na Casa Senhorial do Infante D. Henrique (século XV): uma breve sondagem", ar�go que brevemente daremos à estampa no Vol. XLIV da supracitada revista 1. Foi, portanto, ao tratarmos os cavaleiros farenses pertencentes à casa senhorial do "Navegador" 2 , que nos deparámos com informações manifestamente per�nentes para a construção da micro-memória de Rui Valente, o cavaleiro do infante D. Henrique cuja arca tumular se encontra na capela gó�ca de São Domingos, na Sé de Faro. Ora, como Marco Sousa Santos bem observou, con�nuamos a saber pouco sobre a biografia deste indivíduo 3. De facto, para além das informações que podemos encontrar em A Batalha de Alfarrobeira-Antecedentes e Significado Histórico 4 ou O infante D.

O Algarve na primeira Globalização, 2023
Decorria o ano de 1999 quando Maria Augusta Lima Cruz publicou “Os
portugueses em Marrocos nos sé... more Decorria o ano de 1999 quando Maria Augusta Lima Cruz publicou “Os
portugueses em Marrocos nos séculos XV e XVI”, na História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa,1 obra de referência da historiografia da Expansão e que, de forma clara e objectiva, expôs o “Estado da Questão” quanto à presença portuguesa no Norte de África. Não se pense, porém, que o trabalho que agora apresentamos, sob o título de “Os algarvios em Marrocos nos séculos XV e XVI”, tem qualquer pretensão em equiparar-se ao notável trabalho da supramencionada autora, circunscrevendo o objecto de estudo à presença das gentes do Algarve nas praças norte-africanas. De facto, o título do trabalho que
agora apresentamos advém do desafio lançado por Rui Loureiro, no sentido de integrarmos o programa do Workshop A História do Algarve e a Primeira Globalização – Estado da Questão, realizado em 31 de Março de 2022. Foi, portanto, por sugestão do coordenador científico deste Workshop, realizado no âmbito da componente de investigação histórica do projecto Magalhanes_ICC, que aquiescemos a redigir um trabalho que aspirasse a manual introdutório para estudantes, investigadores e outros interessados em aprofundar o tema da presença dos algarvios em Marrocos nos séculos XV e XVI. É nesse contexto que o presente contributo tem como objectivo primordial identificar quais as
principais colectâneas documentais, crónicas e bibliografia especializada que permitam determinar o “Estado da Arte” relativamente a um tema que, não obstante a ligação umbilical que unia o Algarve a Marrocos, nunca constituiu efectivo objecto de estudo.

PROMONTORIA: Revista de História, Arqueologia e Património da Universidade do Algarve, 2021
Tal como temos vindo a defender em anteriores trabalhos, têm sido vários os contributos a nível d... more Tal como temos vindo a defender em anteriores trabalhos, têm sido vários os contributos a nível da investigação que, nos últimos anos, têm incidido sobre a obra cartográfica de José de Sande Vasconcelos, engenheiro militar colocado no Reino do Algarve aquando da implementação do Plano de Restauração concebido por Sebastião José de Carvalho e Melo, o ministro de D. José I tradicionalmente conhecido como Marquês de Pombal. Autor de mais de cento e cinquenta trabalhos cartográficos relativos ao Reino do Algarve, Sande Vasconcelos deixou um legado manifestamente notável, produzido entre 1772, ano do seu estabelecimento no Algarve, e 1808, ano do seu falecimento. É certo que a sua profícua obra, consubstanciada na produção de mapas de natureza geográfica, topográfica, corográfica, estatística e hidrográfica, destaca-se pelo levantamento da Arquitetura Militar do Algarve, nomeadamente, no que respeita ao registo e representação de fortalezas, fortes, baterias, aquartelamentos e outras estruturas da Arquitetura Militar da Idade Moderna. Porém, há também que ter em consideração a qualidade técnica, artística e descritiva evidenciada em produções menos conhecidas e menos comuns na sua obra cartográfica e de que são exemplo paradigmático o conjunto de vistas que representam a construção de Vila Real de Santo António ou as manobras militares realizadas aquando da inauguração da mesma. É nesse sentido que, tendo como balizagem cronológica o compasso de tempo compreendido entre 1774 e 1776, o presente artigo tem como objetivo abordar esta vila iluminista na cartografia militar de José de Sande Vasconcelos à guarda do Arquivo Histórico Municipal
Revista Portuguesa de História Militar , 2022
Com o fim da conquista cristã no ocidente peninsular, em 1249, a guerra entre portugueses e mouro... more Com o fim da conquista cristã no ocidente peninsular, em 1249, a guerra entre portugueses e mouros não terminou, sendo rapidamente catapultada da terra para o mar. Em Portugal, a guerra de corso adquiriu uma expressão bastante precoce, nomeadamente, nas costas do Algarve, voltadas para o Mar das Éguas. É nesse sentido que, seguindo uma metodologia de trabalho baseada no confronto de informação entre as fontes históricas e a bibliografia especializada, o presente artigo pretende apresentar uma súmula do que foi a acção do corso e da pirataria no golfo luso-hispano-marroquino entre os inícios da Expansão Portuguesa (1415) e a morte de D. Manuel (1521).
Jornal do Algarve Magazine, Nº 3470, 2023
Ayamonte 2023 - Fiestas de las Angustias, 2023
Anais/Anuário da União das Freguesias de Faro 2022 - https://www.academia.edu/106274696/ANAIS_DA_UNIAO_DAS_FREGUESIAS_DE_FARO_2021_Volume_V, 2022
Este anuário tem o resumo das principais atividades desenvolvidas durante o ano 2022 pela Junta d... more Este anuário tem o resumo das principais atividades desenvolvidas durante o ano 2022 pela Junta da União das Freguesias de Faro e a segunda parte desta publicação é composta pelos cadernos de Ossonoba que contém quatro artigos relacionados com a história da cidade de Faro.
Jornal do Algarve Magazine, 2023
Jornal do Algarve Magazine, 2023
A visita do rei D. Sebastião à "Eurocidade do Guadiana", em 1573
Notícias da Torre do Tombo, 2023
Como é de conhecimento geral, desde finais do reinado de D. Manuel que as costas portuguesas vier... more Como é de conhecimento geral, desde finais do reinado de D. Manuel que as costas portuguesas vieram, progressivamente, a assistir a um incremento dos ataques do corso e da pirataria magrebina contra as vilas e cidades algarvias. Com efeito, desde que que a dinastia sádida, oriunda do sul de Marrocos, iniciou o seu movimento expansionista, que as praças portuguesas do Norte de África constituíram alvos a abater. Após conquistarem Marraquexe, em 1524, e derrotarem o rei de Fez em batalha, em 1536, os xerifes do Suz colocaram cerco à praça portuguesa de Santa Cruz do Cabo de Gué (Agadir), que acabou por ser tomada em 1541. Foi então que se deu início à reformulação da estratégia norteafricana de D. João III. Safim e Azamor foram despejadas e, na praça de
Jornal do Algarve Magazine, 2022
Jornal do Algarve Magazine, 2022
Jornal do Algarve Magazine, 2022
El Faro de Ceuta, 2020
Se ha escrito mucho sobre D. Pedro de Meneses, el primer capitán portugués de Ceuta que gobernó e... more Se ha escrito mucho sobre D. Pedro de Meneses, el primer capitán portugués de Ceuta que gobernó esta ciudad del Estrecho desde su conquista, en 1415, hasta su muerte, en 1437. Sin embargo, también es cierto que se ha prestado poca atención al hombre que le sucedió en el cargo, su yerno D. Fernando de Noronha. Es por ello que el presente artículo pretende presentar, en trazos manifiestamente generales, algunos datos biográficos relativos al segundo capitán titular de la Ceuta portuguesa.
Anais do Município de Faro, 2021
Jornal do Algarve Magazine, 2022
Jornal do Algarve Magazine, 2022
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Papers by Fernando Pessanha
portugueses em Marrocos nos séculos XV e XVI”, na História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa,1 obra de referência da historiografia da Expansão e que, de forma clara e objectiva, expôs o “Estado da Questão” quanto à presença portuguesa no Norte de África. Não se pense, porém, que o trabalho que agora apresentamos, sob o título de “Os algarvios em Marrocos nos séculos XV e XVI”, tem qualquer pretensão em equiparar-se ao notável trabalho da supramencionada autora, circunscrevendo o objecto de estudo à presença das gentes do Algarve nas praças norte-africanas. De facto, o título do trabalho que
agora apresentamos advém do desafio lançado por Rui Loureiro, no sentido de integrarmos o programa do Workshop A História do Algarve e a Primeira Globalização – Estado da Questão, realizado em 31 de Março de 2022. Foi, portanto, por sugestão do coordenador científico deste Workshop, realizado no âmbito da componente de investigação histórica do projecto Magalhanes_ICC, que aquiescemos a redigir um trabalho que aspirasse a manual introdutório para estudantes, investigadores e outros interessados em aprofundar o tema da presença dos algarvios em Marrocos nos séculos XV e XVI. É nesse contexto que o presente contributo tem como objectivo primordial identificar quais as
principais colectâneas documentais, crónicas e bibliografia especializada que permitam determinar o “Estado da Arte” relativamente a um tema que, não obstante a ligação umbilical que unia o Algarve a Marrocos, nunca constituiu efectivo objecto de estudo.