Papers by Solange B Caldarelli
A situação aqui exposta refere-se à maneira específica como a Scientia está estruturada e atua ho... more A situação aqui exposta refere-se à maneira específica como a Scientia está estruturada e atua hoje em dia, atuação esta que resultou inicialmente das experiências e reflexões minhas, enquanto consultora autônoma, entre os anos de 1985 a 1989, data em que a Scientia foi fundada, e, a partir daí, das pesquisas realizadas dentro de uma perspectiva empresarial.

Revista de Arqueologia, Dec 30, 2002
O artigo apresenta os sítios arqueológicos evidenciados por pesquisas induzidas pelo licenciament... more O artigo apresenta os sítios arqueológicos evidenciados por pesquisas induzidas pelo licenciamento ambienta1 de empreendimentos rodoviários, que de início cortaram radialmente o território paulista a partir da capital do Estado e hoje se espalham capilarmente pelo território, a partir das artérias iniciais. E apresentada também uma síntese dos conhecimentos existentes sobre a arqueologia e a etno-história de São Paulo, para discutir as importantes problemáticas pendentes sobre a ocupação pré-colonial do atual território paulista e demonstrar a importância de que se desenvolvam no Estado pesquisas direcionadas por áreas estrategicamente selecionadas pela arqueologia e não apenas pelas necessidades infra-estruturais do século XXI. Palavras-chave: arqueologia paulista etnohistória paulistalicenciamento rodoviário ABSTRACT This paper presents the archaeological sites found in research involved in applying for highways building environmental licenses. First roads built in São Paulo State spreaded from the Capital over the rest of its territory in a ray arrangement. Since then the São Paulo State road network gained capillarity as it expanded from the initial main roads. It is also presented a synthesis of the archaeological and ethnohistorical knowledge conceming São Paulo State to offer a discussion about the precolonial occupation of the territory of the modem São Paulo State that is a matter considered a pending important issue. Additionaly it is stressed the need for fiirther research guided by strategic archaeological choice of areas instead of one that follows the guidance of the infra structure growth of the 2 1 S ' century.
Revista USP, Feb 28, 2000
Revista Arqueologia Pública, Nov 30, 2017
RESUMO O artigo discute o grande desafio que se coloca, no presente, para os responsáveis pelas p... more RESUMO O artigo discute o grande desafio que se coloca, no presente, para os responsáveis pelas pesquisas arqueológicas preventivas, associadas à Avaliação Ambiental: como gerir e socializar o imenso acervo material e documental produzido por estas pesquisas, em parceria com os órgãos de proteção ao patrimônio cultural e do campo museal.

Resumo: Fixa-se o Simpósio com o mesmo título que teve lugar no XV Congresso da Sociedade de Arqu... more Resumo: Fixa-se o Simpósio com o mesmo título que teve lugar no XV Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira no dia 22 de Setembro 2009 em Belém (Pará, Brasil). Traça-se o panorama da arqueologia consultiva ou empresarial nos dois países, seguido de uma apresentação das formas de gestão e protecção do património pelos organismos da Administração Central em Portugal e Federal no Brasil. São apresentados ainda dois estudos de caso, que pretendem exemplificar experiências de boas práticas no âmbito da arqueologia consultiva. São diagnosticadas preocupações e dificuldades no exercício profissional da arqueologia no âmbito dos procedimentos de licenciamento ambiental e das políticas públicas de protecção e gestão do património arqueológico. A discussão das experiências positivas faz-se na perspectiva do diálogo entre os profissionais de arqueologia dos dois lados do Atlântico, na tentativa de encontrar as melhores soluções para responder aos desafios que se colocam à protecção do património arqueológico e à afirmação de um exercício qualificado da actividade arqueológica.
Relatório De Avaliação De Impacto Ao Patrimônio Arqueológico (Raipa) Do Empreendimento Mineração BBX Do Brasil Ltda.#
Habitus, 2015
Resumo: a Arqueologia Preventiva, nascida no início da segunda metade do século XX da preocupação... more Resumo: a Arqueologia Preventiva, nascida no início da segunda metade do século XX da preocupação com as crescentes alterações socioambientais decorrentes da expansão dos empreendimentos de infraestrutura num mundo com densidade populacional crescente, expandindo-se em progressão geométrica sobre a superfície terrestre, é a que mais recursos materiais e humanos passou a mobilizar, em especial a partir do último quartel daquele século. A reflexão sobre como tem se dado sua atuação, na confluência entre a Arqueologia Pública e a Avaliação Ambiental, numa perspectiva internacional, com amplos reflexos em sua prática no Brasil, é o que pretende discutir criticamente o presente artigo, sempre que possível com exemplos concretos desta atuação. Palavras-chave: arqueologia preventiva, arqueologia pública, avaliação ambiental.
Revista de Arqueologia, 2005
Neste artigo apresentamos datações radiocarbônicas inéditas referentes a ocupações humanas durant... more Neste artigo apresentamos datações radiocarbônicas inéditas referentes a ocupações humanas durante o Holoceno Inicial e Médio na região de Carajás, Pará. Escavações recentes de várias cavidades localizadas em Carajás, juntamente com pesquisas realizadas nos últimos vinte anos, revelam um rico registro arqueológico, com grande potencial informativo sobre a história cultural da Amazônia, assim como um grande potencial para gerar dados para testar e refinar modelos antropológicos sobre sociedades de caçadores-coletores em regiões de floresta tropical úmida
Revista de Arqueologia, 2005
Neste artigo, são apresentadas datações radiocarbônicas inéditas referentes a ocupações humanas d... more Neste artigo, são apresentadas datações radiocarbônicas inéditas referentes a ocupações humanas durante o Pleistoceno Final, Holoceno Inicial e Holoceno Médio no sudeste do Pará, comparadas a datações do mesmo período provenientes do Centro do Maranhão. Escavações recentes de sítios arqueológicos a céu aberto, de caçadores-coletores, começam a preencher lacunas sobre os assentamentos dos primeiros ocupantes da Amazônia fora de cavidades naturais, testemunhando a pluralidade das adaptações das sociedades forrageiras à biodiversidade amazônica.
Especiaria- Caderno de Ciências Humanas - Vol. 18, 2018
Resumo: O artigo apresenta e discute a identificação e interpretação de sítios arqueológicos pré-... more Resumo: O artigo apresenta e discute a identificação e interpretação de sítios arqueológicos pré-cerâmicos a céu aberto no Sudeste da planície amazônica, a partir de pesquisas arqueológicas realizadas para o licenciamento ambiental da atual Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, Pará, que veio a substituir, na segunda década do século XXI, com alterações de projeto, a antiga UHE Kararaô, pesquisada na década de 80 do século XX. A descoberta de sítios líticos a céu aberto no Sudeste amazônico, atribuídos a sociedades caçadoras-coletoras, se deu quando dos estudos para o projeto da antiga UHE Kararaô e foi confirmada pelas pesquisas realizada na segunda década do Século XXI. O artigo apresenta e discute os dados (incluindo datações radiocarbônicas) advindos desses estudos.
Revista de Arqueologia - SAB - nº 18, 2005
Neste artigo, são apresentadas datações radiocarbônicas inéditas referentes a ocupações humanas d... more Neste artigo, são apresentadas datações radiocarbônicas inéditas referentes a ocupações humanas durante o Pleistoceno Final, Holoceno Inicial e Holoceno Médio no sudeste do Pará, comparadas a datações do mesmo período provenientes do Centro do Maranhão. Escavações recentes de sítios arqueológicos a céu aberto, de caçadores-coletores, começam a preencher lacunas sobre os assentamentos dos primeiros ocupantes da Amazônia fora de cavidades naturais, testemunhando a pluralidade das adaptações das sociedades forrageiras à biodiversidade amazônica.
Quebra-Queixo Boas Novas. Informativo do Aproveitamento Hidrelétrico Quebra Queixo, 2002
Facebook Scientia Consultoria Científica, 2021
Texto de minha autoria, publicado no Facebook da Scientia Consultoria Científica, em 02/07/2021, ... more Texto de minha autoria, publicado no Facebook da Scientia Consultoria Científica, em 02/07/2021, em homenagem a Paulo Duarte.

Seminário Arqueologia e sociedade, 2011
Banner apresentado Seminário Arqueologia e sociedade: Construindo diálogos e parcerias para a pre... more Banner apresentado Seminário Arqueologia e sociedade: Construindo diálogos e parcerias para a preservação do patrimônio arqueológico do Maranhão, entre 17 e 20 de agosto de 2011.
As escavações arqueológicas do sítio Alto Alegre do Pindaré 5 integram o projeto Pesquisa Arqueológica e Educação Patrimonial ao longo da Estrada de Ferro Carajás, MA/PA (Processo IPHAN n° 01450.008647/2009-91 / Portaria IPHAN n° 03/2009) desenvolvido pela Scientia Consultoria para a VALE.
A instalação da EFC, em 1985, ocorreu anteriormente à vigência da legislação ambiental brasileira. Para a regularização ambiental do empreendimento e na iminência de sua ampliação, o IPHAN exigiu da VALE a elaboração de um diagnóstico arqueológico (SETE, 2005), do qual decorreu adoção de: a) medidas preventivas, dentre elas a execução de prospecção arqueológica em todos os trechos em que a ampliação ultrapassasse a largura da atual faixa de domínio da ferrovia; b) medidas compensatórias ao longo da via férrea, abrangendo realização de levantamento pericial de passivos arqueológicos decorrentes das obras de instalação da ferrovia, escavação cientificamente controlada de sítios arqueológicos, implantação de Programa de Educação Patrimonial, elaboração de vídeodocumentário e de publicação monográfica.
As prospecções arqueológicas desenvolvidas ao longo da EFC (Scientia, 2007), resultaram na identificação de 32 sítios arqueológicos, cinco deles selecionados pelo IPHAN para escavação cientificamente controlada, iniciadas em 2010: Sítio Estreito dos Mosquitos, Sítio Igarapé do Meio 2, sítios Alto Alegre do Pindaré 4 e Alto Alegre do Pindaré 5, todos no Estado do Maranhão, e Sítio Parauapebas 32, no Estado do Pará.
O sítio lito-cerâmico Alto Alegre do Pindaré 5, cortado pela EFC na década de 1980, foi escolhido devido ao seu potencial informativo e posição estratégica nas margens do rio Pindaré, inserido numa região historicamente ocupada por grupos do tronco linguístico Tupi e que até hoje avizinha-se com a Reserva Indígena do Carú, ocupada por índios Guajá e Guajajara, relatados na área desde o século XIX, segundo mapa de Nimuendaju. Faz parte de um contexto ambiental de transição da Floresta Amazônica para a Mata dos Cocais, onde praticamente inexistem pesquisas sistemáticas.
Nesse contexto, em conjunto com os demais sítios do programa, objetiva-se gerar os primeiros conhecimentos sistematizados sobre a bacia do Pindaré-Mearim; verificar a extensão da influência da ocupação tupi da Amazônia Oriental (Almeida, 2008 e Almeida e Garcia, 2008) em direção ao centro do Estado, através das análises intra-sítios e laboratoriais; através de análises inter-sítios, verificar quais as relações existentes entre a arqueologia do médio e do alto Pindaré-Mearim; do médio e do baixo Pindaré-Mearim e do baixo Pindaré-Mearim com as ocupações pré-coloniais litorâneas.
Nesse momento, pretendemos apresentar a metodologia empregada e os resultados preliminares obtidos para o sítio Alto Alegre do Pindaré 5, que tem sofrido ações de escavação desde abril de 2010 e traz a luz importantes informações sobre a arqueologia regional e amazônica.
Tessituras, v. 8, nº 1, 2020
This paper contains a description and a brief analysis of the unfolding of a long dispute about w... more This paper contains a description and a brief analysis of the unfolding of a long dispute about whether pottery found during the works within the “Projeto de Pesquisa Etnoarqueológica (Arqueologia Colaborativa) com as etnias Kayabi, Apiaká e Munduruku nos municípios de Jacareacanga (Estado do Pará) e Paranaíta (Estado do Mato Grosso)” is to be officially considered part of the Brazilian Archaelogical Heritage or sacred objects belonging to the Munduruku Indians, and consequently who should own that pottery and thus make decisions about it. Finally, how the COVID 19 pandemic impeded the authors to get further information about the last steps of the above-mentioned dispute now occurring in the Munduruku villages is discussed.
Boletim da CIPA, 2020
O Boletim da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) é publicado e encaminhado a todos ... more O Boletim da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) é publicado e encaminhado a todos os funcionários da Scientia Consultoria Científica mensalmente. No presente número, em homenagem ao Dia do Arqueólogo, fui solicitada a produzir um texto (curto, como é o padrão do Boletim) sobre Arqueologia. É este o texto reproduzido no arquivo aqui disponibilizado.
Cadernos do CEOM, 2003
Apresentam-se, aqui, os procedimentos empregados, em campo e em laboratório, para a avaliação, re... more Apresentam-se, aqui, os procedimentos empregados, em campo e em laboratório, para a avaliação, resgate e análise de um sítio arqueológico localizado durante o levantamento arqueológico da área do canteiro de obras da UHE Barra Grande, na margem direita do Rio Pelotas.
Anuário de Divulgação Científica - IGPA/UCG, 1980
O texto traz breves comentários sobre a Arte Rupestre no Estado de São Paulo, em evento ocorrido ... more O texto traz breves comentários sobre a Arte Rupestre no Estado de São Paulo, em evento ocorrido no Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia, da Universidade Católica de Goiás, em 1980.
Archaeology and Society, ICAHM Report, 1989
The text discusses archaeological heritage preservation in Brazil, focusing in Amazonian Archaeol... more The text discusses archaeological heritage preservation in Brazil, focusing in Amazonian Archaeology, in the last decade of 20th century.
Revista Habitus, 13 (1), 2015
O artigo discorre sobre a expansão da Arqueologia Preventiva, originária da até então denominada ... more O artigo discorre sobre a expansão da Arqueologia Preventiva, originária da até então denominada "Rescue Archaeology", tanto no âmbito internacional quanto nacional, desde a última década do Século XX. Tal expansão ocorreu com a institucionalização da "Avaliação de Impacto Ambiental" de Planos, Programas e Projetos governamentais.
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Papers by Solange B Caldarelli
As escavações arqueológicas do sítio Alto Alegre do Pindaré 5 integram o projeto Pesquisa Arqueológica e Educação Patrimonial ao longo da Estrada de Ferro Carajás, MA/PA (Processo IPHAN n° 01450.008647/2009-91 / Portaria IPHAN n° 03/2009) desenvolvido pela Scientia Consultoria para a VALE.
A instalação da EFC, em 1985, ocorreu anteriormente à vigência da legislação ambiental brasileira. Para a regularização ambiental do empreendimento e na iminência de sua ampliação, o IPHAN exigiu da VALE a elaboração de um diagnóstico arqueológico (SETE, 2005), do qual decorreu adoção de: a) medidas preventivas, dentre elas a execução de prospecção arqueológica em todos os trechos em que a ampliação ultrapassasse a largura da atual faixa de domínio da ferrovia; b) medidas compensatórias ao longo da via férrea, abrangendo realização de levantamento pericial de passivos arqueológicos decorrentes das obras de instalação da ferrovia, escavação cientificamente controlada de sítios arqueológicos, implantação de Programa de Educação Patrimonial, elaboração de vídeodocumentário e de publicação monográfica.
As prospecções arqueológicas desenvolvidas ao longo da EFC (Scientia, 2007), resultaram na identificação de 32 sítios arqueológicos, cinco deles selecionados pelo IPHAN para escavação cientificamente controlada, iniciadas em 2010: Sítio Estreito dos Mosquitos, Sítio Igarapé do Meio 2, sítios Alto Alegre do Pindaré 4 e Alto Alegre do Pindaré 5, todos no Estado do Maranhão, e Sítio Parauapebas 32, no Estado do Pará.
O sítio lito-cerâmico Alto Alegre do Pindaré 5, cortado pela EFC na década de 1980, foi escolhido devido ao seu potencial informativo e posição estratégica nas margens do rio Pindaré, inserido numa região historicamente ocupada por grupos do tronco linguístico Tupi e que até hoje avizinha-se com a Reserva Indígena do Carú, ocupada por índios Guajá e Guajajara, relatados na área desde o século XIX, segundo mapa de Nimuendaju. Faz parte de um contexto ambiental de transição da Floresta Amazônica para a Mata dos Cocais, onde praticamente inexistem pesquisas sistemáticas.
Nesse contexto, em conjunto com os demais sítios do programa, objetiva-se gerar os primeiros conhecimentos sistematizados sobre a bacia do Pindaré-Mearim; verificar a extensão da influência da ocupação tupi da Amazônia Oriental (Almeida, 2008 e Almeida e Garcia, 2008) em direção ao centro do Estado, através das análises intra-sítios e laboratoriais; através de análises inter-sítios, verificar quais as relações existentes entre a arqueologia do médio e do alto Pindaré-Mearim; do médio e do baixo Pindaré-Mearim e do baixo Pindaré-Mearim com as ocupações pré-coloniais litorâneas.
Nesse momento, pretendemos apresentar a metodologia empregada e os resultados preliminares obtidos para o sítio Alto Alegre do Pindaré 5, que tem sofrido ações de escavação desde abril de 2010 e traz a luz importantes informações sobre a arqueologia regional e amazônica.