Dialectical Crumbs: Kierkegaards intellectual experience as (de)formation unto suffering
Há muito discute-se o estatuto da dialética na filosofia kierkegaardiana: seria Kierkegaard um au... more Há muito discute-se o estatuto da dialética na filosofia kierkegaardiana: seria Kierkegaard um autor dialético? Qual sua relação com a dialética hegeliana? Tratar-se-ia de uma dialética existencial? Não há respostas simples para tais questões. Alguns dos comentários recentes que buscaram circunscrever esse problema ofereceram bons pontos de partida, mas nenhum foi capaz de colocar a questão em termos adequados, pois se aproximavam dela com uma série de pressupostos não tematizados. Nessa perspectiva, optamos por recuperar as reflexões de Theodor Adorno em sua Tese de Habilitação (Kierkegaard: A Construção do Estético) a fim de resgatar o potencial de uma análise dialética e recolocar o debate contemporâneo sob uma ótica mais apropriada. Partindo dessa problemática, configuraram-se como objetivos do presente trabalho: 1- Analisar as múltiplas facetas da dialética no conjunto da obra kierkegaardiana; 2- Avaliar criticamente as posições dos comentadores, sobretudo daqueles ligados à tr...
PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília, 2020
Neste trabalho, buscamos recuperar alguns momentos centrais da filosofia bergsoniana (o método da... more Neste trabalho, buscamos recuperar alguns momentos centrais da filosofia bergsoniana (o método da intuição, o conceito de duração e o confronto entre positividade e negatividade) a partir da crítica dialética empreendida por Horkheimer em seu conhecido artigo de 1934 Sobre a metafísica do tempo de Bergson. Nosso objetivo é retomar a reflexão horkheimeriana em nova chave, sem ignorar os inúmeros desdobramentos da filosofia de Bergson ao longo do século XX. Assim, mergulhamos na filosofia bergsoniana a partir de algumas antinomias centrais, mostrando como o autor desenvolve uma crítica de largo escopo à metafísica tradicional, mas cai ele mesmo em suas armadilhas. Isso nos leva a questionar a possibilidade de uma Ontologia positiva nos moldes propostos pelo filósofo francês, que expurga o negativo de sua filosofia, mas paga um preço alto por tal escolha, qual seja, o esvanecimento da concretude que tanto buscara apreender como alternativa à dita abstração do idealismo alemão.
O presente trabalho busca circunscrever certos aspectos essenciais ao conceito kierkegaardiano de... more O presente trabalho busca circunscrever certos aspectos essenciais ao conceito kierkegaardiano de Dialetica, localizando-o numa tradicao que tem Hegel como seu principal representante. Para tanto, a exposicao sera dividida em tres momentos: no primeiro, tratar-se-a de introduzir a tematica da Dialetica e apontar a forma como surge na analise de alguns comentadores. Em seguida, focar-se-a a tese de Adorno de 1933 de forma a ressaltar a peculiaridade de sua leitura em oposicao a leituras correntes. Por fim, serao abordados alguns pontos da filosofia de Kierkegaard que permitam mapear um conceito multifacetado de Dialetica, que deve muito a Adorno, mas fornece novos elementos ao debate contemporâneo.
Apesar de suas diferenças, Kierkegaard e Marx foram muitas vezes aproximados devido à sua contund... more Apesar de suas diferenças, Kierkegaard e Marx foram muitas vezes aproximados devido à sua contundente rejeição do pensamento hegeliano e de suas consequências políticas. No entanto, nem sempre essa aproximação foi feita com a devida cautela, pois perdia de vista o fato fundamental de que os dois desenvolveram modelos de crítica distintos ao mundo burguês/cristão de sua época. No presente trabalho, trata-se de mapear esses dois modelos para melhor compreender as tensões que permeiam projetos ao mesmo tempo tão próximos e tão distantes. Palavras-chave: Dialética. Hegel. Kierkegaard. Marx.
Eu sou o anjo do desespero Com as minhas mãos distribuo o êxtase, o atordoamento, o esquecimento,... more Eu sou o anjo do desespero Com as minhas mãos distribuo o êxtase, o atordoamento, o esquecimento, o prazer e o tormento dos corpos Meu discurso é o silêncio, meu cântico o grito Na sombra das minhas asas habita o horror Minha esperança é o último fôlego Minha esperança é a primeira batalha Eu sou a faca com que o morto abre seu caixão Eu sou aquele que será Meu voo é a revolta, meu céu o abismo de amanhã". Heiner Müller, O anjo do desespero "A filosofia tem de abdicar do consolo de acreditar que a verdade não é passível de ser perdida". Adorno, Dialética Negativa "Nasci em 1813, o ano fiscal errado, no qual muitas outras notas de banco ruins foram postas em circulação, e minha vida parece melhor comparada a uma delas. Há algo de grandioso sobre mim, mas devido ao pobre estado do mercado eu não valho muito".
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