Cruising Sex

Las discusiones en torno al género y la sexualidad han implicado grandes debates y procesos de revisión historiográfica, de los cuales la arquitectura no se encuentra exenta. Entre esas producciones distinguimos los debates en torno al lugar del erotismo y el sexo en la historia de la ciudad en el marco del proyecto de investigación: "Arquitecturas de los lugares de encuentro homoerótico masculino en la Ciudad de Buenos Aires 1990 - 2000"

Registramos una serie de producciones disciplinales que conceptualizan el par "Espacialidades y Sexualidades" señalando los aportes específicos que el discurso sobre la Arquitectura puede brindar hacia espacios extradisciplinales. Entendiéndolos no como ajenos al campo sino como parte de la materia que organizamos en la práctica y la escritura sobre Arquitectura y Ciudad. Queremos plantear en qué medida el reconocimiento de estas cuestiones implican reacomodamientos y relecturas a los supuestos de la práctica profesional y cuáles tareas historiográficas podrían desprenderse de su estudio.

Palabras clave: Espacialidades y sexualidades, Homosocialidad, Erotismos Masculinos, Espacialidades Comerciales, Ciudad y sexualidades

In French thought, the poststructuralist turn that solidified after May ‘68 is associated with a critique of both structuralism and psychoanalysis, particularly Lacanian theories. While the materialist lesbian novelist and theorist Monique Wittig is rarely considered within the poststructuralist canon, her critique of psychoanalysis overlaps significantly with that of philosophers such as Gilles Deleuze, Félix Guattari, and Guy Hocquenghem. In this article, I argue that her resistance against the psychoanalytic paradigm is palpable through her experimental novel The Lesbian Body (1973/1975), anticipating her subsequent theoretical critique in “The Straight Mind” (1980). By examining Wittig’s rejection of metaphorical language combined with her motifs of bodily dismemberment and lesbian cruising, this article positions The Lesbian Body as a fundamental text within the poststructuralist context of early 1970s France which troubles and nuances its phallocentric concepts.

To ward the end of the nineteenth century, when the bourgeois interior became increasingly like a museum in which curios, an tiques, and personal memorabilia were lovingly displayed, a literary microgenre characterizable as "cabinet fiction" developed concurrently. The cabinet text may be seen as a sociotext subsuming all the nuances of a newly defined domestic interior. The word cabinet has multiple associations, from work space and display case to water closet (la commodite, les lieux, les veces). As Hubert Damisch has pointed out, the cabinet as defined by Diderot and d' Alembert in the Encyclopedie designated above all a private place. 1 Indeed, the mentalite of the cabinet presumed an "architecture of private life" or bourgeois arrangement of domestic space, which had gradually evolved in the eighteenth century. 2 Zones forbidden to the opposite sex, such as the man's study or salle d'antiquites and the woman's dressing room or boudoir, served to render the cabinet a gendering divide within the interior. No doubt it was this atmosphere of the forbidden that transformed the cabinet into an architectural fe tish m eighteenth-century literature. In Vivant Denon's anonymously

Nesta versão condensada de seu livro homônimo, Sedgwick esboça uma reflexão sobre o "armário" como um dispositivo de regulação da vida de gays e lésbicas que concerne, também, aos heterossexuais e seus privilégios de visibilidade e hegemonia de valores. A pesquisadora norteamericana afirma que "o armário", ou o "segredo aberto", marcou a vida gay/lésbica no último século e não deixou de fazê-lo mesmo após o marco de Stonewall em 1969. Sedgwick argumenta ainda que esse regime, com suas regras contraditórias e limitantes sobre privacidade e revelações, público e privado, conhecimento e ignorância, serviu para dar forma ao modo como muitas questões de valores e epistemologia foram concebidas e abordadas na moderna sociedade ocidental como um todo.

O presente trabalho objetiva investigar como o Spotify tem utilizado a estratégia do Pink Money para monetizar sua plataforma e se tornar popular dentro das comunidades LGBTQIAPN+. No que tange às suas tipologias, este trabalho se particulariza pelo uso das pesquisas Básica (quanto à natureza), Exploratório-descritiva (quanto aos objetivos), Bibliográfica e Estudo de Caso (quanto aos procedimentos técnicos) e Qualitativa (quanto à abordagem do problema), sendo que, para a etapa de coleta de dados foi utilizada a estratégia de lançamento global da campanha Orgulho Presente, que incluiu uma série de ativações ao longo do mês de junho de 2019. Ao fim do estudo se entende que é crucial garantir que as ações do Spotify não sejam percebidas como oportunistas ou superficiais. O sucesso contínuo da marca neste mercado dependerá da manutenção de um compromisso genuíno com a inclusão e a criação de experiências que ressoem com a comunidade LGBTQIAPN+ de forma autêntica e significativa.

Este ensaio tem como objetivo refletir sobre o centenário do fotógrafo e cineasta norte-americano Bob Mizer (1922-2022), no sentido de tatear sensibilidades homoeróticas entre corpo, pornografia e mídia. Para tanto, se traz o horizonte da pornoarqueologia como um recurso para rever esses beefcakes hoje, tomando as obras fotográficas e audiovisuais de Mizer em sua comunicabilidade estética através da masturbação política pré-Stonewall e do gozo de uma masculinidade pós-guerra. Dentro de um circuito cultural, afetivo e midiático se vê que as apropriações das obras do artista, associadas ao camp, a ironia e ao kitsch, possuem uma espectatorialidade que aparece não só como um arquivo homoerótico mobilizado pela nostalgia, mas também como uma herança erótica midiática que faz da autoria queer um gesto de potência duradoura.

O imperativo cultural da monogamia impregna toda a arquitetura jurídica do Estado e, ao mesmo tempo, a excede, saturando as relações sociais de formas nem sempre evidentes. A partir dessa premissa, este trabalho se concentra, geograficamente, no Brasil e, temporalmente, no contexto aberto pela pandemia de covid-19, com o objetivo de defender a hipótese de que a monogamia foi fortalecida como princípio organizador do campo da sexualidade e das relações de parentesco durante o episódio pandêmico. A análise proposta tem o propósito de alertar, também, para as formas pelas quais as normas de exceção implementadas durante crises pandêmicas se sedimentam na sociedade, tornando-se, assim, parte constitutiva da ordem pública.

This article offers an analysis and critique of Kadji Amin's 2022 article "We Are All Nonbinary: A Brief History of Accidents." Drawing on Tim Dean's theorization of the difference between sexual categories and types, and Leo Bersani's theorization of sociability, this article argues that gender need not be understood as genealogical, as Amin asserts, but rather can be understood as (increasingly) sociable, presenting a challenge for coalitional modes of political organizing. Drawing from the author's personal experience, the article challenges Amin's claim that feminine gay men need a positive social category of their own. It employs a psychoanalytic approach to speculate about the relational potentials activated by categories and types, and their varied appeal, as they are registered by the author in everyday life.

This article explores sexual relationships between Palestinian and Jewish men in 1990s Haifa, analyzing how these interactions were shaped by shifting national and sexual politics. It focuses on the city’s cruising grounds on the seamline between Jewish and Palestinians neighborhoods, providing a spatial analysis of these key sites. Central to the study are two murder cases involving Jewish men and their younger Arab partners, sensationalized in the media as “homosexual murders.” These cases highlight the impact of economic pressures, shifting sexual norms, and the Israeli–Palestinian conflict on the intimate lives of the men involved. Utilizing resources from the Haifa Queer History Project’s archive, supplemented by interviews with local gay and transgender communities and police officers involved in the murder investigations, as well as analysis of national press in Hebrew and Arabic, the study offers new insights into how sexual and romantic intergroup encounters are deeply intertwined with broader sociopolitical dynamics. This research contributes to the fields of queer history and Jewish–Palestinian relations, underscoring the complex interplay between sexuality and politics in a contested urban space.

O trabalho Vaga-lumes: A cidade Noturna e os corpos dissidentes se concentra na investigação a respeito das práticas que acontecem na cidade à noite, em especial aquelas realizadas por corpos dissidentes de gênero e sexualidade. Sejam de caráter comercial, lúdico ou sexual, essas ocupações temporárias são feitas alheias às previsões impostas pelos códigos políticos subjacentes ao urbanismo, e possuem como característica comum a de deixar rastros e de autogestionar suas aparições e desaparições (PERAN, 2008). Nesse sentido, o trabalho é estruturado em três blocos. O primeiro busca contextualizar a relação entre noite, corpo e dissidência; o segundo propõe uma corpografia queer da prática da pegação do Parque do Flamengo do Rio de Janeiro e o terceiro são intervenções temporárias (SANSÃO FONTES, 2013) realizadas para perturbar a paisagem e servir de chamariz para analisar o espaço e a prática da pegação através das lentes da teoria queer. Palavras-chave: dissidência, teoria queer, noite, intervenção temporária, corpografia.

Algunas investigaciones relacionadas al cruising tienden a ser abordadas desde el espacio público/espacio sexuado y sobre lo público/privado. El
abordaje en este trabajo es principalmente desde sujetos disidentes del sexo y del género. Esto a partir de las teorías dislocantes que he problematizado en otros textos, que a grandes rasgos podemos entender como una forma de teorización que busca entablar un diálogo entre las perspectivas hegemónicas de las teorías queer con enfoques no hegemónicos que cuestionen el olvido de sujetos de la disidencia que no necesariamente tienen las mismas vivencias y modos de ser que los expuestos por las subjetividades hegemónicas o del Norte-Global.

A partir de la existencia de relaciones sexuales casuales en lugares públicos, llamada en inglés cruising, se reflexiona sobre una ética sexual cuir que critica la moralización de las sexualidades y la necesidad de comprender los espacios públicos como espacios políticos y, por ello, sexuales. El crujin, como es llamado en México, es una oportunidad de revisar la comprensión del espacio público y las sexualidades.

This essay explores queer alliances through a unique relationship between a rock and marginalised landscape practices. Situated within queer ecology and spatiality, it traces the vesicular basalt’s use in 19th-century gardens; This work highlights the potential of queer theory to reimagine ecological and material relationships.

Una fiesta que alargue el fin del mundo. ¿Qué buscamos encontrar (o perder) cuando vamos a una fiesta? ¿Qué rastros nos dejan? ¿Es cierto que hacemos la fiesta entre todes? ¿Qué pactos subyacen al darkroom? ¿Por qué hacemos fiestas? ¿Se puede hacer una fiesta por fuera de la lógica de los lugares comerciales? ¿Qué implica politizar la fiesta? El colectivo Antroposex, organizador de las PerraFest, arrima preguntas y búsquedas para pensar y habitar las fiestas.

Este ensaio, publicado na Revista Falo, promove algumas reflexões sobre o projeto Cruising Archaeology, que consiste na coleta, curadoria, seleção e exibição, via posts na rede social Instagram, de pequenos objetos coletados em cruising spots, isto é, locais públicos de pegação e prática sexual masculina, no caso, em parques ao redor de Londres, Inglaterra.

Este ensaio prévio e ainda inacabado promove algumas reflexões sobre o projeto Cruising Archaeology, que consiste na coleta, curadoria, seleção e exibição, via posts no Instagram, de pequenos objetos coletados em cruising spots, isto é, locais públicos de pegação sexual masculina, no caso, em parques ao redor de Londres, Inglaterra.

This Master's Dissertation is resultant of an ethnographic study carried out in the "Feirão do Chope", a bar located in a 'peripheralized' region of Goiânia (capital of the State of Goiás, Brazil). The main goal of this work is to analyze and understand the processes of constitution of identities, subjectivities and social belongings experienced by young people in this space of leisure and nocturnal sociability. To do so, I focused the fieldwork and the data production on one of the networks of friendship and sociability among the various established in the "Feirão". Thus, I inquired informants and observed aspects that could raise questions about how the formulation of the elements that make up subjectivities and social belongings happens. I sought to rescue and deconstruct the artificial association between 'periphery' and 'blackness', which naturalizes a place that concentrates low income population and that is away from the urban economic centers as 'black's place', and to problematize the effects of the eroticization of the black men's body in this social context. Finally, I want to emphasize that I attempted to produce an analysis based mainly on the intersection between the categories of gender, sexuality and race to produce an investigation and formulate knowledge about and from a marginalized place.

Omen nomen, nel nome un destino: Törless significa letteralmente "senza porta", perciò da intendersi qui come chiuso, introverso. Prima di tutto una curiosità: alcuni traducono il titolo di questa opera "I turbamenti del giovane Törless" e altri "I turbamenti dell'allievo Törless". In questo romanzo di esordio di Musil, in parte autobiografico e pubblicato nel 1906, vengono descritte le esperienze di un allievo sedicenne, proveniente dalla buona borghesia, in un esclusivo collegio militare austro-ungarico. È un romanzo sia di formazione che psicologico. Descrive minuziosamente la crisi esistenziale del ragazzo. Da una parte troviamo il contrasto tra intelletto e passione, mentre dall'altra troviamo la crescita personale e l'evoluzione del giovane. È un libro che tratta tutte le sfumature dell'animo di un ragazzo lontano da casa (può solo scrivere delle lettere ai suoi familiari), costretto a vivere in collegio, e al contempo tutte le sfaccettature di questa istituzione così malsana. L'autore parlò di questa opera come crudele e tenera allo stesso tempo. Inizialmente Törless prova molta nostalgia di casa e una grande monotonia per la vita del collegio. Da un lato c'è la rigida disciplina e dall'altro i soprusi e le esperienze al limite dei giovani cadetti, che hanno esperienze sessuali di varia natura, anche mercenarie e omosessuali. Potremmo oggi definire quelle angherie e umiliazioni con il termine nonnismo. Oggi si è sempre più diffuso il termine pansessuale, coniato dallo scrittore Mario Mieli, che si ispirò a sua volta al concetto freudiano di bambino come "perverso polimorfo". Ai tempi dei tempi, usando un linguaggio datato, avrebbero affermato che questi giovani fanno del sesso senza trasporto, cioè senza coinvolgimento emotivo né sentimentale. È l'età dell'esplosione ormonale. Secondo Kinsey non esisteva una netta contrapposizione tra eterosessuali e omosessuali, ma esisteva un continuum nella popolazione. Questo grande studioso della sessualità americana ideò una scala fatta di sette livelli. Agli estremi c'erano le persone totalmente eterosessuali e omosessuali. In mezzo stavano i bisessuali. C'erano anche gli asessuati. Ma c'erano altri gradi intermedi. Come in questo romanzo, in cui diversi ragazzi sono eterosessuali, che hanno esperienze omosessuali. Probabilmente però la verità è che a sedici anni si è certi di poco; alcuni non sono certi del proprio orientamento sessuale. Ai tempi del social network MySpace alcuni mettevano nel loro profilo "orientamento sessuale incerto". Ecco molti giovani di questo romanzo hanno l'orientamento sessuale incerto. Un tempo si diceva che la carne è debole. Tradotto in termini più attuali, potremmo affermare che tutti provano piacere se viene stimolata una loro zona erogena, indipendentemente da chi provoca questo turbamento. È anche vero che almeno in teoria dovremmo fare sesso con la persona di cui si è innamorati o con chi ci attrae veramente sessualmente. Resta da stabilire quanto si sia determinati e quanto sia una scelta di vita il proprio orientamento. L'argomento è controverso. Comunque sia, attraverso il sesso c'è in questo romanzo anche la sperimentazione e la ricerca di sé. Törless vive degli sbandamenti. Assiste agli abusi sessuali da parte di due suoi amici nei confronti di Basini, un allievo effeminato e unico veramente omosessuale, che questi due sadici hanno scoperto a rubare e ora ricattano, e di Bozena, una prostituta del villaggio vicino. Ancora una volta viene da chiedersi se siano i ragazzi malati o se sia l'istituzione malata. Viene da interrogarsi quanto questi ragazzi siano adulti in miniatura e quanto il collegio sia un modello in miniatura della società di quell'epoca. Per alcuni Musil evidenzia il declino inarrestabile della società Mitteleuropea. Va sottolineato poi che anche in chi viene dominato nel sadomasochismo c'è un rilascio di endorfine. C'è piacere anche nel dolore, cosa scabrosa e sconveniente a dirsi. Non solo ma una componente sadomasochista secondo Freud esiste in tutte le relazioni. Si pensi agli atti preliminari di mordicchiare, di stringere forte, di tenere la testa con forza. Anche

Sin duda, las ciudades (y sus espacios públicos), además de ser sitios políticos, donde convergen las culturas, también son espacios donde se expresa la sexualidad. Aparte de las sexualidades que
encajan en la heteronorma, se presentan las sexualidades transgresoras. Y lo relevante es que, por momentos, el ejercicio de la sexualidad en los espacios públicos crea rupturas entre las normas que impone el Estado, que históricamente han sido vinculadas al displacer.
Pese a que los grupos conservadores lo nieguen, en la vida cotidiana muchas personas piensan, fantasean, y (algunas) llevan a cabo un tipo de práctica erótica que consiste en tener relaciones sexuales en espacios públicos, generalmente
de forma anónima y sin vínculos de pareja. Dicha actividad suele realizarse en parques, bosques, cines, baños públicos, en el transporte colectivo, como el Metro, y las áreas de descanso de las autopistas.66 Las personas efectúan dicha práctica por motivos de los más diversos, como son la falta de espacio, romperlas reglas, vivir experiencias nuevas, desafiar a la autoridad. En los encuentros sexuales en el espacio público se transgrede la dicotomía público-privado, ya que se coloca en el ámbito público al erotismo, al que las tradiciones estoicas han destinado al ámbito privado.

In the province of Québec, police operations targeting queer cruising grounds for the sake of punishing ‘indecent’ behaviour remain commonplace. Despite formal legal equality (1977) and assurances that queer sexual relations have long been decriminalized, anti-homosexual state action persists in the form of operations against ‘indecent actions’. To understand how formal legal equality coexists alongside the continued punishment and criminalization of queer erotics and intimacy, I turn my attention to recent developments at the Chutes Sainte-Marguerite, a historic queer cruising ground and nudist hangout located within unceeded Anishinabewaki and Omàmìwininìwag (Algonquin) territory on the densely forested banks of the Rivière du Nord, in Sainte-Adèle, Québec. Taking Grönfors and Stalström's 1987 claim that “control of sexuality and sexual behaviour [...] is more often hidden behind other issues, given other names, etc., until it is difficult sometimes even to discover that what is being controlled is sexual behaviour” as my point of departure (p. 54), I hypothesize that analogue distinctions, disinformation, cover stories, as well as ‘law,’ ‘security,’ and ‘equality’ play a significant role in fostering the seamless co-existence of these two phenomena. Inquiring into the role that analogue distinctions, disinformation, cover stories, ‘law,’ ‘security,’ and ‘equality’ have played in fostering this co-existence, I ask myself the following question: how did the state attempt to enforce heteronormative conduct at the Chutes without triggering anti-discrimination protections provided for in Québec’s Charter of Rights and Freedoms? I argue that the state attempted to do so, in the first instance, by moving away from legally prohibited grounds of discrimination—those regarding sexual identity (homo/hetero)—and relying increasingly on legally protected grounds of discrimination—those regarding space and its use (queer/heteronormative use). I argue, moreover, that disinformation and cover storying campaigns played an indispensable role in facilitating this shift, masking the substitution, and in so doing, deactivating (temporarily and as far as possible) the aforementioned Charter protections. I argue, in the second instance, that this deactivation was made possible via the obfuscatory operations of notions like ‘law’ and ‘security’, as well as by the deployment of a dramatically watered-down notion of ‘equality’, one which I have come to call ‘punitive equality’. In sum, I argue that analogue distinctions, disinformation, cover stories, ‘law,’ ‘security,’ and ‘equality’ constitute punitive devices by means of which the state deactivates Charter protections guaranteeing sexual minorities access to public space.

Resumen
Este artículo en su generalidad busca abordar las características socioculturales propias de la provincia de Catamarca, Argentina. y su influencia sobre
las prácticas sexuales de riesgo que despliegan los hombres que tienen sexo
con hombres en el contexto local. Se tomó una muestra cualitativa no representativa, se realizaron observaciones de campo, y se aplicaron 15 entrevistas
semiestructuradas a diferentes hombres que tienen sexo con hombres. Dicho
abordaje se realizó desde las propias experiencias de nuestra población de estudio y los espacios territoriales donde despliegan dichas prácticas. Tenemos
que estas experiencias sexuales no heterosexuales están condicionadas por aspectos de orden moral, normativo y simbólico, lo que produce que quienes las
llevan a cabo, se encuentren en condiciones de vulnerabilidad y riesgo frente a
la transmisión del virus de inmunodeficiencia humana.
Palabras clave: clandestino, vih, sexualidad.
Abstract
This article in its generality seeks to address the sociocultural characteristics of the province of Catamarca and its influence on risky sexual practices
displayed by men who have sex with men in the local context. A non-representative qualitative sample was taken, field observations were made, and 15
semi-structured interviews were applied to different MSM. Said approach
was carried out from the own experiences of our study population and the territorial spaces where these experiences unfold. We have that these non-heterosexual sexual experiences are conditioned by aspects of a moral, normative
and symbolic order, which produces that those who carry them out are in conditions of vulnerability and risk in the face of HIV transmission.
Keywords: clandestine, hiv, sexuality.

La práctica del «yiro» (ligue en espacios públicos o cruising) constituyó una institución central en la sociabilidad homosexual argentina durante buena parte del siglo XX. Por tratarse de una forma de sexualidad considerada abyecta, sus representaciones literarias fueron escasas hasta la década de 1970, cuando la emergencia del activismo y de nuevas subjetividades sexuales habilitó la visibilización, muchas veces orgullosa, de un submundo «homosexual» proscrito en la literatura considerada seria. El presente artículo propone reconstruir y analizar tres escenarios en el que el «yiro» pudo articularse discursivamente, tanto en textos de ficción como en literatura (pseudo)científica y en la prensa: la ciudad de Buenos Aires y la génesis del «yiro (1910-1940); el escándalo de los cadetes del Colegio Militar (1942), que llevó la prácticas homosexuales a las primeras planas de la época; y Europa como enclave de «yiro» en los años 50 para algunos viajeros argentinos que encontraron en el extranjero una libertad impensable en el contexto local. Al considerar un periodo mayormente hostil a las manifestaciones explícitas de deseo homosexual (1903-1962), se pueden explorar los modos disímiles en que el «yiro» entra en escena y las valoraciones morales que suscita, así como las estrategias discursivas para representarlo. Los escenarios y textos considerados revisten interés, además, porque constituyen el punto de partida de una tradición de disidencia sexual/textual que llega hasta el presente.

Os cinemas de rua foram um dos principais lugares de lazer entre os belenenses durante o século XX. Em torno desta prática estavam elementos fundamentais para sua realização como a produção dos filmes, a distribuição, a exibição, a propaganda, o comentário da crítica especializada nos jornais e a procura do público. Todos esses elementos formavam um circuito exibidor de filmes que a cidade de Belém vivenciou naquele século. Embora sempre estivesse passível de mudanças, o circuito se alterou significativamente na década de 1980, quando cinemas de rua passaram por uma fase de decadência e alguns fecharam. Os donos do Cine Ópera, Cine Nazaré, Cine Iracema, Cinema Dois e Cine Cassino optaram por exibir filmes pornográficos, material que já era produzido em ritmo industrial nos EUA desde a década de 1970, mas tardou a entrar no Brasil por conta da censura ditatorial. Logo, os trajetos do público em busca desses filmes determinaram as dimensões de um novo circuito exibidor especializado na exibição de pornôs entre 1985 e 1997. É importante ressaltar que o novo circuito existiu em paralelo ao circuito exibidor convencional e decadente. Nossa questão norteadora buscou compreender quais teriam sido as condicionantes que permitiram e possibilitaram a existência desse circuito pornô. Os resultados da pesquisa em fontes periódicas e orais, apontaram para o desgaste dos órgãos ligados a censura, o fim da ditadura, a crise econômica da década de 1980, a entrada massiva de filmes pornôs soft e hard core no país, a expectativa de
lucro dos exibidores, as curiosidades (carnal knowledge) e oportunidades sexuais do público, além de uma tolerância moral da sociedade, como fundamentais para sua consolidação.

This Master's Dissertation is resultant of an ethnographic study carried out in the "Feirão do Chope", a bar located in a 'peripheralized' region of Goiânia (capital of the State of Goiás, Brazil). The main goal of this work is to analyze and understand the processes of constitution of identities, subjectivities and social belongings experienced by young people in this space of leisure and nocturnal sociability. To do so, I focused the fieldwork and the data production on one of the networks of friendship and sociability among the various established in the "Feirão". Thus, I inquired informants and observed aspects that could raise questions about how the formulation of the elements that make up subjectivities and social belongings happens. I sought to rescue and deconstruct the artificial association between 'periphery' and 'blackness', which naturalizes a place that concentrates low income population and that is away from the urban economic centers as 'black's place', and to problematize the effects of the eroticization of the black men's body in this social context. Finally, I want to emphasize that I attempted to produce an analysis based mainly on the intersection between the categories of gender, sexuality and race to produce an investigation and formulate knowledge about and from a marginalized place.

En este estudio de corte cualitativo, se describen los procesos cognitivos creativos de practicantes de bondage, dominacion, disciplina, sumision, sadismo y masoquismo - BDSM, basandose en el Modelo Geneplore. Se identificaron los procesos cognitivos generativos y exploratorios, a traves de una entrevista aplicada a 4 practicantes, dos hombres y dos mujeres, entre 24 y 38 anos, empleando el estudio de caso multiple. El analisis de las entrevistas se realizo por medio del software Atlas Ti, que permitio concluir que los procesos generativos que se destacan en esta poblacion son recuperacion de la memoria, asociacion y reduccion categorial; y los procesos exploratorios de mayor relevancia son la evaluacion de la hipotesis y la busqueda de limitaciones. Los resultados derivados de esta investigacion, posibilitan una mayor comprension de las mal denominadas conductas sexuales desviadas y propone generar lineas de investigacion mas alla de parametros patologicos y de igual forma entender...

En este estudio de corte cualitativo, se describen los procesos cognitivos creativos de practicantes de bondage, dominación, disciplina, sumisión, sadismo y masoquismo-BDSM, basándose en el Modelo Geneplore. Se identificaron los procesos cognitivos generativos y exploratorios, a través de una entrevista aplicada a 4 practicantes, dos hombres y dos mujeres, entre 24 y 38 años, empleando el estudio de caso múltiple. El análisis de las entrevistas se realizó por medio del software Atlas Ti, que permitió concluir que los procesos generativos que se destacan en esta población son recuperación de la memoria, asociación y reducción categorial; y los procesos exploratorios de mayor relevancia son la evaluación de la hipótesis y la búsqueda de limitaciones. Los resultados derivados de esta investigación, posibilitan una mayor comprensión de las mal denominadas conductas sexuales desviadas y propone generar líneas de investigación más allá de parámetros patológicos y de igual forma entender la creatividad como un constructo psicológico manifiesto en todos los seres humanos.

Performativity of bodies and queer spaces in Egypt How do people from sexual and gender dissidence interact with urban spaces in Cairo? In this text I problematize the category of sexual minority as a static, homogeneous and oppressed group in one of the largest cities in the world. Instead, I did an ethnographic mapping from 2016 to 2019, where performativity of the body of people who express or live some or many of their sexual desires out of heteronormativity and heterosexuality reveal their positionality beyond a so called LGBT+ community: they break temporalities and spatialities that are binary and fixed, as if the heterosexual and homosexual worlds were separeted by a wall of majority vs. minority, and instead they create what Merabet calls queer habitus. This public ethnography of Cairo is indebted to people from the LGBT+ community and outside it, whom I had the pleasure to meet between 2016 and 2019. I will talk about geographies and bodily performativities in cafes, private parties, and nightclubs. Although all of these performativities and spaces are intersected by class, race, gender and migratory status, I would highlight each of these elements in each of these geographies to shed light on the contradictions of bodily performativities of people dissenting from heterosexuality, heteronormativity, or both.

In light of leisure practices, we aim to analyze the meanings of drug consumption by homosexual men in a nightclub in the city of Rio de Janeiro, RJ. We carried out the participant observation process in 36 episodes of electronic parties in a nightclub, between January 2018 and September 2019. We detected that substance use establishes a sense of social belonging among the subjects, functioning as a cohesive and ceremonial support network. We conclude that, for those interlocutors, drugs take on different meanings for a collective “good living,” in which the drug symbolizes the union and socio-emotional support that connects homosexual consumers in a plural space to diversities, at first without moral judgments. The consumption of drugs at each party strengthened group cohesion, in addition to reflecting feelings of fraternity, companionship, and brotherhood, building and feeding back a kind of “therapeutic group” linked to this experience of leisure, a practice activated to “endure and survive” the social demands, sometimes prejudiced and discriminatory.

This paper discusses the relationship between science and pornography, and how at the center of this relationship lies a transformation of our concept of the organic body that generated n ew expressions of erotic desire , and new avenues for sexual iconographic representation . A constant dominates this transition : the body is being ( re) constructed by science and ancient mythologies that have linked breeding and erotic life are experiencing ireversible reinvention . But why talk of science? Is that pornography did not exist before the revolutionary process through which human knowledge became more legitimized with the scientific method with the Christian revelation? Certainly not with the name of "pornography" , a term which , though possessing an ancient Greek etymology, does not appear in its modern sense until the mid nineteenth century , initially claiming for medical hygienists and subsequently by moralists and legislators.

Twitter, as a cultural device, allows users not only informative posts, but also sexual and pornographic approaches. In this context, based on the theoretical contributions of cultural studies in education and studies of social networks in education, the article presents results of a research that aims to analyze how the sexual performances of a group of gay men on Twitter are constructed, highlighting discourses and pedagogies that educate the perspectives through these network interactions. The method was qualitative, descriptive and analytical, from a perspective of social network studies, in an approach to virtual ethnography. The results show the construction of analyzed profiles as performative displays of bodies, sexual organs and discourses that emphasize sexualities constructed on and for the screens. Such performances are full of pedagogies that guide ways of being gay and the education of social perspectives in the era of connectivity.

Topic 11: Sexual Orientation naire. The sample's average age is 29.89 (range 20-36) and the level of education is rather high. In this research we investigated the following aspects: number of real and imaginary partners, motivations for intercourse, situations that elicit to erotic fantasies, incidence of erotic fantasies outside sexual activity, during heterosexual activity and during masturbation. In addition, the content of erotic imagery were considered by listing the top five fantasies in order of frequency of occurrence. Results: Findings suggest that the number of imaginary partners is higher than real partners. Motivations for intercourse were associated to a psychological and physical desire. It also results that erotic fantasies in the heterosexuals are mainly triggered by visual stimuli. The majority of participants showed to have erotic fantasies outside, during sexual activity and in particularly during masturbation. It was found that the main kinds of categorisation for erotic imagery were: oral, extradyadic, impersonal, narcissistic and affective. Conclusions: This study confirms the importance of imagination in men's sexuality. Data revealed that men's fantasies are focused on sexual acts and contain emotive aspects. The study emphasized that erotic fantasies are an integral part of masturbation. Results obtained were discussed in light of previous and current literature.

Metonimia intergenerazionale per eccellenza, la camporella profuma di erba e fieno, luccica del baluginio delle stelle che esplodono, graffia la pelle come una spina che provoca dolore e piacere: camporella evoca infatti un immaginario bucolico in cui germogliano giovani amori, si rifugiano amori illegittimi, si riaccendono scintille passionali di amori avvizziti. Ma dietro la tendenza a romanticizzare la fuga dalla città alla ricerca dell’amore, uno sguardo attento, posizionato, queer, può intravedere nella camporella le falle del regime eteropatriarcale nel regolamentare la fruizione dello spazio pubblico. Le gioie della sessualità svincolata dall’amore destinato solo a riprodurre la vita o a tenere in piedi la favola della famiglia tradizionale, unica legittima abitante dell’urbanità; la sessualità che pur tutte viviamo e ricerchiamo è privata per definizione, va tenuta fuori dai discorsi seri, dalla decenza dello spazio pubblico – va bene tutto, ma non davanti ai bambini! E quindi il desiderio getta radici fuori dai centri, corre lungo i muri delle periferie, si inerpica per le colline per trovare un posto dove finalmente esplodere, fiorire, avvinghiarsi, evocando brividi di piacere o di disgusto.

This article revisits the concept of (virtual) cruising with the purpose of uncovering an often-disregarded fact in queer theory: that cruising is equally about rejecting as it is about welcoming others/otherness. With the help of two critical conceptual tools, community and immunity, that I borrow from Italian philosopher Roberto Esposito, this paper discusses how a particular Geosocial Networking Application, Hornet, both enables and undermines the emergence of a virtual community in Istanbul, Turkey. While defying heteronormativity, Hornet reproduces violence in the shape of homonormativity, endangering what it claims to offer originally: community. By addressing cruising in relation not only to community but also immunity, this article makes an intervention in queer theory's tendency to reduce cruising to a universal welcoming of otherness. This paper aims to revisit both the communitarian potentials and immunitarian risks of cruising in the light of a rather politicized analysis grounded in the everyday experiences of ordinary people.

Educational practices in the ancient polis were always connected with the transmission of extremely codified rules concerning gender roles and the dimension of physical and symbolic space. Nevertheless, some educational practices were seen as transgressive with respect to these norms and codifications. In particular, certain practices that took place in spaces perceived of as outside the walls of the polis evoked the multiplicity of individual sexual identity. The paper reflects on these educational practices connected with the cross-dressing. Keywords: gender education in ancient Greece; gender spaces and identity in ancient Greece; cross-dressing in Ancient Greece; gender differences and transgression; informal education in ancient Greece Le pratiche educative nella polis antica sono sempre state connesse con la trasmissione di norme estremamente codificate relative ai ruoli di genere e alla dimensione dello spazio, fisico e simbolico. Nonostante ciò, alcune pratiche formative hanno costituito momenti di trasgressione rispetto a queste norme e a queste codificazioni. In particolare, alcune pratiche educative che si svolgevano in spazi percepiti come esterni alle mura della polis richiamavano la molteplicità dell'identità sessuale degli individui. Il contributo intende proporre una riflessione su tali pratiche educative connesse con il fenomeno del travestitismo rituale. Parole chiave: educazione di genere in Grecia antica; spazi e identità di genere in Grecia antica; travestitismo in Grecia antica; differenze di genere e trasgressione; educazione informale in Grecia antica

Espero que possa transmitir o quanto todas e todos são importantes para mim e como pensar e sentir vocês foi a força que me moveu ao longo destes dois anos pelas trilhas que andei em busca de meu objetivo. Sem vocês eu não conseguiria. Minha mãe e meu pai, Joaquina e José. Sem duvidas as duas pessoas que mais contribuíram para que este trabalho se concretizasse. Que sempre investiram no melhor em minha educação, que me apoiaram e não me deixaram desistir nas muitas vezes em que pensei em jogar tudo para o alto e voltar para casa. Sinto-me abençoado por ter vocês ao meu lado sempre que embarco em um objetivo. Obrigado por serem meu suporte e meu porto. Não há dúvidas que sem vocês nada disso seria possível e por mais que tente será difícil expressar toda minha gratidão a vocês por tudo que construí até hoje e pelo que tenho à minha frente. Francisca e Gabriel, minha irmã e irmão, que sempre torceram por mim e acreditaram que tudo que eu quero é possível. Eu os agradeço sempre. Ah, e obrigado pelos dois presentes: Maria e Vitor! Laura, que nunca deixou de me ver como um menino e nunca deixou de cuidar de mim. Aos meus familiares pelo apoio e afeto. Em especial minha vovó Dolores que foi ser feliz em outro plano e fica lá junto a outros e outras queridos e queridas olhando por mim! Aos meus professores: Daniel Christino, Lisandro Nogueira, Maria Luisa Mendonça e Rosa Berardo pelo conhecimento adquirido durante este percurso. Ana Carolina Temer, pelo cuidado que teve comigo durante alguns momentos tensos durante este percurso. Pelo abraço quando era tudo que eu precisava. Obrigado! Suely Gomes, com quem compartilho o prazer pelo estudo do corpo e com quem sempre troquei impressões sobre este trabalho. Alguém com quem sempre mantive diálogo neste caminho e cujas conversas, pontuações e sugestões só contribuíram para meu trabalho, obrigado! Ao meu orientador Goiamérico Santos, o Goia! Não há dúvidas que sem sua ajuda este trabalho continuaria a ser apenas um projeto. Obrigado pela atenção, gentileza e disponibilidade em compartilhar conhecimento sempre. Por acreditar em minha pesquisa e em mim e por topar me acompanhar nesta aventura pelos caminhos que me aventurei em Goiânia. Eu só tenho a agradecer pela companhia nesta jornada. Muito obrigado, por me conduzir nos caminhos árduos desta pesquisa. A CAPES, pelo incentivo recebido para esta pesquisa. Ao Thomaz Santana, por sua solicitude sempre que precisei. Aos colegas da turma de 2010, principalmente os da turma de Mídia e Cultura:

Este trabalho parte de um olhar atento aos espaços que, de alguma forma, desafiam lógicas dicotômicas, seja entre público e privado, entre masculino e feminino, entre formal e informal. O que me interessa nesses espaços que chamo de brechas, ou de fronteiras, são suas histórias. Através das histórias de quem produz e vive nesses espaços, tento entender se eles podem nos ajudar a desafiar outras lógicas binárias, como de homem e mulher, de homossexual e heterossexual, de produção e reprodução – ou seja, outras lógicas binárias que dizem sobre corpos, orientações, vidas e relações. Será que a dimensão espaço-temporal pode ser estratégica como tecnologia que ajuda a desfazer gênero? Acredito que sim, e são histórias que me ajudam a formular essa aposta, histórias de desviantes, de quem claramente não se conforma nessas dicotomias que ditam o que é certo e errado, bonito ou feio, respeitoso ou não. Com atenção e cuidado na escuta pelos lugares que passei e vivi, ouvi diferentes histórias sobre saídas de armários, sobre banheiros desconfortáveis e sobre cozinhas acolhedoras. Subvertendo a ideia de que os espaços da casa sejam espaços de grupos sociais radicalmente diversos dos das ruas, percebi a cidade invadindo a casa e a casa se reformulando através de espaços da cidade. Assim, conheci e vi pessoas construindo suas brechas, suas fronteiras, que são potentes na produção de outros modos de vida que não se conformam à norma heteronormativa e capitalista. Apresento, aqui, um pouco dessas histórias e desses espaços.

Dispositivos urbanos para a disfunção do espaço público Urban apparatus for the disfunction of public space Resumo: Corporalidades urbanóides que fazem e desfazem territórios experimentam pulsões para a compreensão do poder constituído entre arquitetura, arte e território. Essa questão, tratada em Foucault,coloca em contato mecanismos e funções em sua gestologia cotidiana. Através da criação de dispositivos operacionais, configuram-se experimentações do espaço público institucionalizado e os modos de vida através dele operados. A criação destes parte da experiência de deslocamento a partir de uma experiência de um grupo, mas para além disso, da apropriação do território como medida estratégica para a discussão de possíveis devires estruturais.

Caminhando por diferentes cabarés com uma puta pesquisadora constrói-se este artigo. Entremeandodebates, ponderações e análises críticas às narrativas das experiências das prostitutas, discutimos sobre modos de vida forjados entre armários e fantasmas que assombram os territórios pesquisados. Apostando nas percepções das prostitutas sobre o próprio trabalho, as discussões e narrativas presentes neste texto aliam-se à perspectiva putafeminista. Realiza-se também uma discussão a respeito da regulamentação do trabalho sexual no Brasil.

O objetivo da tese foi investigar o banheiro público como um behavior setting. O aporte teórico é baseado nos conceitos e teorias da psicologia ambiental. Foram realizados quatro estudos seguindo a abordagem multimétodo. O primeiro estudo investigou por meio de observação os principais comportamentos de uso do banheiro público, dar descarga e lavar as mãos. O resultados indicam que o comportamento de dar descarga pode ser predito pelo gênero e pela ocorrência de interação social no banheiro público, enquanto que o comportamento de lavar as mãos pode ser predito pelo comportamento de dar descarga e a presença de suprimentos (papel higiênico, papel toalha e sabão). O segundo estudo, um experimento, utilizou prompts como intervenção para os dois comportamentos de uso. Com a introdução dos prompts a presença de outras pessoas no banheiro público passou a ser preditora dos comportamentos de dar descarga e lavar as mãos. No terceiro estudo foi feita uma survey avaliando uma universidade e seus banheiros públicos. Os resultados indicam que quanto maior a ligação à universidade melhor é a avaliação dos banheiros públicos. Finalmente, por meio de uma escala, foram investigados diferentes perfis de uso. Encontrou-se quatro formas de uso do banheiro público que se diferenciam em função do gênero, da idade e da escolaridade. Concluiu-se que o uso do banheiro público envolve uma dinâmica entre o cuidado consigo e o cuidado com o ambiente físico. Dessa forma, o banheiro público pode ser utilizado como um protótipo para a investigação das questões sócioambientais.

Dopo oltre cinquant'anni dall'inizio della "rivoluzione sessuale", l'occidente contemporaneo sembra vivere un'evidente dicotomia. Se da un lato si assiste a una capillare sessualizzazione della società, che, a poco a poco, si è spogliata dei pudori e dei rigidi dettami legati alla morale cattolico borghese, dall'altro al tripudio di corpi nudi e carne tremula non ha fatto fronte nessuna vera e propria educazione sessuale (né sentimentale).