Academia.eduAcademia.edu

Outline

TEMPORAIS-CONDICIONAIS: CONSTRUÇÕES PREDITIVAS

2009, Múltiplas perspectivas em linguística.

Abstract

RESUMO: Neste trabalho, apresenta-se uma análise de construções temporais no português escrito do Brasil que podem receber uma interpretação condicional. Assume-se, com Dancygier (1998), que a conjunção quando pode ser interpretada como condicional porque, assim como o se, introduz uma assunção que ajuda a fazer predições. Acredita-se que as construções temporais com valor condicional podem ser comparadas às construções condicionais preditivas. Nesses casos, as construções temporais recebem uma interpretação habitual, que é motivada pelos diferentes tipos de correlação modo-temporal utilizados nessas construções. Defende-se, ainda, a existência de uma relação estreita entre as correlações modo-temporais que manifestam a habitualidade e o seu valor aspectual.

References (16)

  1. BRAGA, Maria Luíza. As orações de tempo sob uma perspectiva funcionalista. In: ALVES, Ieda Maria, GOLDSTEIN, Norma, RODRIGUES, Angela. (orgs.) I Seminário de Filologia e Língua Portuguesa. São Paulo: Humanitas, p. 97-108, 1998.
  2. BRAGA, Maria Luíza. Os enunciados de tempo no português falado no Brasil. In: NEVES, Maria Helena de Moura. (Org). Gramática do português falado. Novos estudos. São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP; Campinas: Editora da UNICAMP, p. 443-459, 1999.
  3. CASTILHO, Ataliba. Aspecto verbal no português falado. In: ABAURRE, Maria Bernadete M., RODRIGUES, Angela C. S. (Orgs.) Gramática do português falado. Novos estudos descritivos. vol.VIII. Campinas: Editora da UNICAMP, p. 83-121, 2002.
  4. COMRIE, Bernard. Aspect. Cambridge: Cambridge University Press, 1976. 141p.
  5. DANCYGIER, Barbara. Conditionals and prediction. Time, knowledge and causation in conditional constructions. Cambridge: Cambridge University Press, Cambridge Studies in Linguistics, v. 87, 1998. 214p.
  6. DANCYGIER, Barbara, SWEETSER, Eve. Constructions with if, since and because: causality, epistemic stance and clause order. In: COUPER-KUHLEN, Elizabeth, KORTMANN, Bernd (Eds). Cause, concession, contrast, condition. Cognitive and discourse perspectives. Berlin; New York: Mouton de Gruyter, p. 111- 142, 2000.
  7. DECLERCK, Renaat, REED, Susan. Conditionals: a comprehensive empirical analysis. Berlin: Mouton de Gruyter, 2001, 536p.
  8. DIK, Simon. The theory of functional grammar. Part 1. Dordrecht: Foris, 1989, 433p.
  9. HIRATA-VALE, Flávia Bezerra de Menezes. A expressão da condicionalidade no português escrito do Brasil:contínuo semântico pragmático. Tese. (Doutorado em Lingüística e Língua Portuguesa). Faculdade de Ciências e Letras -UNESP. 2005. 160 p.
  10. HOPPER, Paul, TRAUGOTT, Elizabeth Closs. Grammaticalization. Cambridge: Cambridge University Press, 1993. 256p.
  11. LEVINSON, Stephen. Three levels of meaning. In: PALMER, F. R. (Ed.). Grammar and meaning. Cambridge: Cambridge University Press, p. 90-115, 1995.
  12. NEVES, Maria Helena de Moura. Gramática de usos do português. São Paulo: Editora UNESP, 2000. 1037p. SAID ALI, Manoel. Gramática histórica da língua portuguesa. 3a ed. São Paulo: Melhoramentos, 1964.
  13. SCHWENTER, Scott. The pragmatics of conditional marking. Implicature, scalarity and exclusivity. NewYork/London: Garland Publishing, 1999. 265p.
  14. SWEETSER, Eve. From etymology to pragmatics. Metaphorical and cultural aspects of semantic structure. Cambridge: Cambrige University Press, 1990. 174p.
  15. TRAUGOTT, Elizabeth Closs. Conditional markers. In: HAIMAN, John. (ed.) Iconicity in syntax. Amsterdam: John Benjamins, p. 289-307, 1985.
  16. VISCONTI, Jacqueline. From temporal to conditional: Italian qualora vs. English whenever. In: JASZCZOLT, Katarzyna e TURNER, Ken (Eds.). Meaning through language contrast. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins, p. 23-50, 2003.