Um Alufa o trafico a escravidao e a liberdade no Atlantico Negro
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Abstract
Rufino: tráfico, escravidão e liberdade no Atlântico Negro (c. 1822Negro (c. -c. 1853). São Paulo (SP): Companhia das Letras, 2010. Um Alufá, o tráfico, a escravidão e a liberdade no Atlântico Negro Sabrina Fernandes Melo 1 O livro Alufá Rufino é resultado de quase dez anos de intensa pesquisa em diversos arquivos, regiões e países, trabalho realizado por seus autores e também por uma ampla rede de contatos criada por eles ao decorrer dos anos de estudos. A escrita desta obra foi feita por mais de duas mãos, ela juntou historiadores importantes nos estudos de escravidão. João José Reis, considerado por muitos como um dos principais historiadores do Brasil é especialista em estudos relacionados a história social e cultural da escravidão, história do Brasil, resistência escrava e movimentos sociais no Brasil durante o século XIX. É graduado em história e ciências sociais, possui doutorado pela University of Minnesota e atualmente é professor do Departamento de História da Universidade da Bahia. Dentre suas principais publicações destacam-se: A morte é uma Festa, Rebelião Escrava no Brasil e Domingos Sodré. 2
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Afro-Ásia, 2012
"O tráfico de escravos africanos para o porto de Rio de Janeiro, 1825-1830," Anais de História (Assis, São Paulo), V (1973),85-101.
Afro-Ásia, 2022
Às vezes te sinto como avó, outras vezes te sinto como mãe. Quando te sinto como neto me sinto como sou. Quando te sinto como filho não estou me sentindo bem eu, estou me sentindo aquele que arrancaram de dentro de ti. À Africa-Oliveira Silveira O s textos reunidos neste dossiê derivam da jornada "A Abolição do Tráfico Transatlântico de Africanos Escravizados: os 170 Anos da Lei Euzébio de Queirós", evento online promovido pela Rede de Historiadoras Negras e Historiadores Negros (RHN), entre 31 de agosto
Mundos do Trabalho, 2011
Ao lançar uma nova luz sobre o abolicionismo britânico depois da abolição da escravidão nas colônias britânicas, este trabalho trata do ramo brasileiro do recrutamento de africanos, um fluxo de aproximadamente 2.550 pessoas resgatadas do tráfico e outros recrutas levados para colônias britânicas do Caribe entre o final da década de 1830 e a década de 1850. Com base na correspondência do Ministério Britânico das Relações Exteriores sobre o tráfico de escravos (série FO 84), em relatórios ministeriais brasileiros, debates parlamentares e outras fontes, o trabalho mostra que o esquema de recrutamento resultava da coordenação entre diferentes setores do governo britânico e cumpria dois objetivos principais: fornecer trabalhadores por contrato para as colônias britânicas do Caribe, onde a abolição se deu em 1834, e enfraquecer a escravidão brasileira. Casos de recrutamento individual ilustram como ao longo dos anos os britânicos ampliaram o significado de “africano livre” para estender s...
Revista Maracanan
Apresentação. (Dossiê - "Trabalhadores livres e escravizados no Mundo Atlântico"). Revista Maracanan, Rio de Janeiro, n. 21, maio-ago. 2019.
Varia História, 2024
O presente artigo busca contribuir para a compreensão da unidade do escravismo atlântico, não obstante a grande diversidade de práticas e os múltiplos arranjos locais. Argumenta-se que essa unidade foi possibilitada pela existência de uma normatividade compartilhada, que configurava uma cultura jurídica-mundo. O artigo está organizado em três partes. A primeira parte elucida o conceito de cultura jurídica-mundo, destacando como o sistema de escravidão atlântica, embora tenha desenvolvido dinâmicas próprias, teve suas origens na adaptação de práticas e normas anteriores, provenientes do Mediterrâneo. A segunda parte investiga a transição desse sistema para o Atlântico, bem como sua reconfiguração, ressaltando as formas como indígenas e africanos foram incorporados, configurando novas zonas de escravização. Por fim, a terceira parte analisa os elementos que conferiam unidade ao escravismo atlântico, objetivamente, a garantia da propriedade constituída por via comercial, a configuração do domínio senhorial com características de propriedade individual e a consolidação da transmissão matrilinear da condição de escravidão. A análise é fundamentada na noção de sistema histórico, que articula estruturas estáveis e processos autopoéticos, permitindo a contínua criação e reprodução do escravismo.
Anais do IV Encontro de Pós-Graduandos da Sociedade de Estudos do Oitocentos (SEO), 2022
Esta pesquisa, atualmente desenvolvida no Programa de Pós-graduação em História da Arte da UNIFESP, sob orientação da Profa. Dra. Elaine Dias, é voltada para a análise das obras de David Widhopff (1867-1933), artista que nasceu em 1867, na cidade de Odessa, e que esteve presente no Brasil, especificamente no Estado do Pará, no final do século XIX. Ainda em Odessa, Widhopff iniciou seus estudos na Academia de Bellas-Artes, quando tinha apenas 16 anos. Na França, expôs nos Salões de Paris nos anos de 1888, 1891 e 1893 recebendo boa recepção por parte de importantes jornais franceses, entre os quais “Les Temps”, “L’Eclair”, e “Le Radical”. Isto lhe rendeu o reconhecimento como um artista “russo afrancesado”. A presença de David Widhopff no campo das artes da Amazônia se deu por meio do incentivo governamental por parte do Estado do Pará, quando o Governador Lauro Sodré o contratou para reger as cadeiras de pintura e desenho em dois dos principais colégios da elite de Belém: Liceu Paraense (ou Lyceu Benjamin Constant) e Escola Normal. Com sua chegada em 1893, Widhopff fez amizades com outros artistas estrangeiros que lá estavam, como Maurice Blaise, Giuseppe Leone Righini, Domenico de Angelis, Joseph Casse, João Carlos Wiegandt, dentre outros. Protagonizou exposições e conflitos com o Liceu Paraense, atuou como diretor artístico de jornais como O Mosquito, Tico-Tico e Zig-Zag, fez ilustrações para poemas e contos de Paulino de Brito, para a segunda edição do livro “Horto” de Auta de Souza, dentre outros. Além disso, produziu inúmeras gravuras de outros artistas, políticos e diretores de jornais, que hoje se encontram em diversos museus, acervos pessoais e leilões.
Trabalho: ato de criação? No começo tudo eram trevas. A criação, ato reservado ao divino, realizou-se não só por meio do esforço, à custa de sofrimento, mas também pelo que diferiu as entidades mundanas daquelas que habitam no firmamento: a possibilidade de transformar voluntariamente a natureza, reinventando-a. E o Homem então foi feito à semelhança de Deus. A parábola da criação do universo, contida no Gênesis, reflete de maneira absolutamente oportuna a sociedade e a cultura ocidental, desde sua origem mais remota até os tempos atuais. O valor do trabalho 1 , no entanto, nem sempre esteve relacionado a um sentido divino e, portanto, venerado pelo homem médio comum. Para as sociedades da antiguidade, trabalhar estava geralmente relacionado a produzir por meio de serviços forçados, por pessoas escravizadas cooptadas dentre os povos subjugados nas eternas guerras de antanho 2. Guerrear, além de significar um aumento considerável de terras agriculturáveis e o aniquilamento do inimigo, representava um acréscimo não desprezível de mão de obra apta para produzir até a última gota de suor, literalmente. O ócio, reservado aos não escravos, relacionava-se a uma conotação positiva, de entrega à reflexão, ao divino e à filosofia. A negação do ócio – negotium-, traduzida e identificada à época no pequeno comércio, era extremamente menosprezada, ficando relegada a toda sorte da tipologia escravista do mundo antigo.
Revista OABRJ, 2010
This paper focus on human right’s violations occurred in the last century and its accountability, and intents to make a comparative study on Post-conflict Justice modalities in Latin America and South Africa experiences.
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Esta dissertação irá se dedicar a analisar a trajetória de Manoel Pinto da Fonseca, proeminente traficante de escravos do período do contrabando, através da atividade a qual construiu sua fortuna. A partir das questões “quem foi Manoel Pinto da Fonseca?”, “qual a sua importância no comércio Atlântico de escravos?” e “de que maneira ele o realizou, mesmo após a proibição?” o trabalho se desenvolve, trazendo outras indagações e reflexões. Dessa maneira, a pesquisa avança no sentido de verificar os negócios lícitos e ilícitos realizados pelo traficante para, assim, compreender a importância do contrabandista na sociedade imperial brasileira. Além disso, é realizado um exame da política imperial, que é imprescindível para o entendimento da posição conquistada por Fonseca.

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