Papers by Vanessa Cianconi

Matraga, 2025
Weird Tales is a pulp magazine with a huge publication in the first decade of the 20th century in... more Weird Tales is a pulp magazine with a huge publication in the first decade of the 20th century in the United States of America internationally launching known names like H. P. Lovecraft, Robert Bloch, and August Derleth. Curiously, Seabury Quinn, one of the most famous pulp authors of the time, has fallen into oblivion in the contemporary world. Creator of the occult and supernatural French detective Jules de Grandin, Quinn was considered a minor short story writer, his stories were marginalized by specialized critics for being uncreative and too marketable. This paper intends to demystify Quinn as someone who, strongly influenced by World War I and its trenches of horror, created monstrous characters that between the years 1925 and 1933 haunted the American wasteland, reinforcing historian W. Scott Poole's theory that the Great War gave rise to modern horror. The stories here analyzed show as the images of the war shape the storytelling in the wasteland, the one that did not only remain in T. S. Elliot's imagination with its mutilated bodies, the dead coming back to life and the incessant noise of primal desires for destruction joins Eric Hobsbawm's Age of Extremes which, in fact, was an age of horror that seems today like an insistent and feverish reenactment of the Great War that gave birth to our world.

e-scrita, 2025
The Nether (2013) is a play about how evil is commonplace in a society that the virtual reality t... more The Nether (2013) is a play about how evil is commonplace in a society that the virtual reality took place of the real world. Jennifer Haley's netherworld is a world beyond the Internet, when it is already possible to live in an idealized but dystopian and hellish network, where virtual reality has reached heights never imagined before. Research organizations, cultural bodies, military institutes, libraries, and companies of all sizes moved into the Nether as to foster a so-called real life. This article aims to try to examine how a police procedural drama like The Nether (2013) explores questions of spectropolitics in a supposedly vacuum (not empty) space of a computer network that has descended, metaphorically, into the depths of hell looking towards contemporary life. Considering the works of Marvin Carlson, Peeren & Blanco, Lee Horsley, and others, I question what Horsley states: isn't it in contemporary American theater where we find this tendency to blur the line between 'fact' and 'fiction'?
Urdimento - Revista de estudos em artes cênicas, 2025
Fontainville Abbey: a peça gótica esquecida de William Dunlap, o primeiro dramaturgo estadunidens... more Fontainville Abbey: a peça gótica esquecida de William Dunlap, o primeiro dramaturgo estadunidense 1 Vanessa Cianconi 2 Resumo Fontainville Abbey (1794), de William Dunlap, inspirada em Romance of the Forest (1791), de Ann Radcliffe, é uma peça que ficou relegada ao esquecimento. Dunlap é considerado um exímio historiador, além de ser o primeiro dramaturgo estadunidense e o primeiro escritor de literatura gótica no país. Esquecido por seus pares, Dunlap também foi esquecido pela academia. O objetivo deste artigo é mostrar como a dramaturgia melodramática de Dunlap e seu dialogo com os textos seminais da literatura norteamericana servem como receptáculo de memória e como esta memória, neste caso, a memória da história do teatro melodramático (gótico?) estadunidense, se transforma em fantasmagoria.
Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas, 2025
Fontainville Abbey (1794), by William Dunlap, inspired by Ann Radcliffe's Romance of the Forest (... more Fontainville Abbey (1794), by William Dunlap, inspired by Ann Radcliffe's Romance of the Forest (1791), is a play that has been relegated to oblivion. Dunlap is considered an outstanding historian, as well as the first American playwright and the first Gothic writer in the country. Forgotten by his peers, Dunlap was also forgotten by the academy. The aim of this article is to show how Dunlap's melodramatic dramaturgy and its dialogue with American literature's seminal texts serve as a receptacle for memory and how this memory, in this case, the memory of the history of American melodramatic (Gothic?) theater, is transformed into phantasmagoria.
Fênix - Revista de História e Estudos Culturais, Jun 15, 2015
Angels in America, de Tony Kushner, é uma peça que não deixa dúvidas sobre a que veio. A crítica ... more Angels in America, de Tony Kushner, é uma peça que não deixa dúvidas sobre a que veio. A crítica do dramaturgo ao governo estadunidense sempre foi marcado por momentos de questionamentos e ativismos que ajudaram a solidificar o movimento gay nos EUA. Neste ensaio, procuro demonstrar uma parte dessa crítica mordaz enquanto considero as figuras históricas, ambas personagens de Angels, Roy Cohn e Ethel Rosenberg, e a figura do fantasma que tanto assombra a história daquele país.
SEDA - Revista de Letras da Rural-RJ, 2016
Harper ou a Lady Macbeth da contemporaneidade RESUMO: Dan Vogel divide o teatro estadunidense em ... more Harper ou a Lady Macbeth da contemporaneidade RESUMO: Dan Vogel divide o teatro estadunidense em três máscaras distintas: diabo, a de Édipo e a de C in America, peça de 1985, de Tony Kushner, claramente no palco todas elas. O fantasma da mulher louca e sofredora é literalmente encarnado em Harper, uma viciada em se dizer que a solidão imposta a ela pelo marido e pela sociedade é a imagem de seu sofrimento, a sua cruz é a loucura, decorrente dessa solidão, e a sua ressu final da peça, é a devoluç contrário do de Lady Macbeth primeira vai da escuridão à luz, enquanto que a última, da luz à escuridão tenta elucidar as duas personagens delineia seus caminhos opostos no mundo em que vivem.
SEDA - Revista de Letras da Rural-RJ, 2016
Harper ou a Lady Macbeth da contemporaneidade RESUMO: Dan Vogel divide o teatro estadunidense em ... more Harper ou a Lady Macbeth da contemporaneidade RESUMO: Dan Vogel divide o teatro estadunidense em três máscaras distintas: diabo, a de Édipo e a de C in America, peça de 1985, de Tony Kushner, claramente no palco todas elas. O fantasma da mulher louca e sofredora é literalmente encarnado em Harper, uma viciada em se dizer que a solidão imposta a ela pelo marido e pela sociedade é a imagem de seu sofrimento, a sua cruz é a loucura, decorrente dessa solidão, e a sua ressu final da peça, é a devoluç contrário do de Lady Macbeth primeira vai da escuridão à luz, enquanto que a última, da luz à escuridão tenta elucidar as duas personagens delineia seus caminhos opostos no mundo em que vivem.
Teatro e Dramaturgia Em Tempos De Crise
Revista Eletrônica do Instituto de Humanidades, Nov 8, 2021

Revista Eletrônica do Instituto de Humanidades, Nov 8, 2021
Resumo: Terror e Miséria no 3o Reich de Bertolt Brecht é a peça que deu origem a A Bright Room Ca... more Resumo: Terror e Miséria no 3o Reich de Bertolt Brecht é a peça que deu origem a A Bright Room Called Day do dramaturgo estadunidense Tony Kushner. Ela é supostamente sobre a morbidez em relação à maldade política. É a manifestação do que ela pretende descreveruma conexão entre o passado e o presente. O fantasma de Die Alte [A Velha] é a ligação entre um passado perturbador, um presente sombrio e um futuro incerto. Agnes, a mulher que não cedeu ao exílio, é quem media esse deslocamento de horrores durante as guerras. Die Alte, ao entrar pela janela na casa da Agnes Eggling, não lembrava a que guerra ela se referia, mas Agnes vê a barbárie da guerra através dos olhos de Walter Benjamin. O objetivo deste trabalho é tentar traçar um paralelo entre os fantasmas dos dois dramaturgos e elucidar o que entra no apartamento de Agnes e o que, de fato, está "do lado de fora" para os norte-americanos, ou seja, o que Die Alte realmente é: uma representante dos horrores do passado que vê a guerra como um "tempo maravilhoso".
According to Frederick Jameson, Derrida’s ghosts are not the meanest ones in the modern tradition... more According to Frederick Jameson, Derrida’s ghosts are not the meanest ones in the modern tradition. The relationship of anger is what makes the ghosts to hate the living and want them dead. Jameson still questions the fact that the specter tries to reach a new solution to the phony problem of the antithesis between humanism (the respect for the past) and nihilism (the end of history, the disappearing of the past). It is not difficult to see echoes of Negri in Kushner, - the ghost, the playwright recurrent character, brings to the stage a barbaric past, a sad memory that should not be repeated or forgotten. Roy Cohn, one of the ghosts from the past in Angels in America comes to the stage with a double function, to repeat the stingy past and to haunt the present. Walter Benjamin’s idea of a past full of debris comes to the stage once again with the demons we carry within

RESUMO: Angels in America, de Tony Kushner, é uma peça que não deixa dúvidas sobre a que veio. A ... more RESUMO: Angels in America, de Tony Kushner, é uma peça que não deixa dúvidas sobre a que veio. A crítica do dramaturgo ao governo estadunidense sempre foi marcado por momentos de questionamentos e ativismos que ajudaram a solidificar o movimento gay nos EUA. Neste ensaio, procuro demonstrar uma parte dessa crítica mordaz enquanto considero as figuras históricas, ambas personagens de Angels, Roy Cohn e Ethel Rosenberg, e a figura do fantasma que tanto assombra a história daquele país. PALAVRAS-CHAVE: Teatro-Política-Fantasmagoria ANGELS IN AMERICA: ROY COHN AND THE GOST OF ETHEL ROSENBERG ABSTRACT: Angels in America, by Tony Kushner, is a play that leaves no space for questioning. The criticism done by the playwright about the American government has always been imprinted by moments of questionings and activisms, which helped to solidify the gay movement in the USA. In this essay, I attempt to demonstrate a piece of this strong criticism while considering historical figures, both cha...
Fingere ou a fabricação do mundo capitalista de Kushner
“A ficcao revela a verdade que a realidade esconde”, uma vez afirmou Ralph Waldo Emerson. A palav... more “A ficcao revela a verdade que a realidade esconde”, uma vez afirmou Ralph Waldo Emerson. A palavra ficcao, muitas vezes carregada de um sentido pejorativo, nos leva a considerar o falso, a mentira, a ilusao como uma contraposicao a realidade. O dramaturgo estadunidense Tony Kushner traz ao palco uma critica constante a fabricacao do mundo capitalista e de como essa realidade emerge como um mero construto social. Este artigo revolve sobre a fabricacao ou construcao de um mundo capitalista com fortes bases em um puritanismo ainda presente nos EUA da contemporaneidade. A perversidade da propaganda sempre presente se faz sentir no medo imposto ao povo estadunidense. E ainda possivel contrapor a ficcao a realidade?
Angels in America traz para o palco personagens metafisicos que ligam o passado, o presente e o f... more Angels in America traz para o palco personagens metafisicos que ligam o passado, o presente e o futuro. Esses personagens fantasmagoricos sao a memoria de um passado abjeto que nao pode ser esquecido. O anjo, ou o Poder Supremo Continental da America, e a representacao do que Dan Vogel chamou de "mobilidade ascendente" como uma marca do carater americano. Este texto pretende resignificar esse anjo como o anjo da morte, mesmo em um momento de esperanca.

“A Bright Room Called Day” de Tony Kushner: uma lição sobre a memória para não ser esquecida
A Bright Room Called Day nao e uma peca ‘confortavel’ e, muito menos, fara o espectador se sentir... more A Bright Room Called Day nao e uma peca ‘confortavel’ e, muito menos, fara o espectador se sentir seguro. A unica seguranca dada por Kushner e a certeza da critica a historia, assim como o fez Walter Benjamin e Bertolt Brecht antes dele. Inspirada em Terror e miseria do Terceiro Reich de Bertolt Brecht – a peca e supostamente sobre a morbidez e o misticismo em face da maldade politica. Mas e, em grande medida, uma manifestacao do tipo de reacao que ela busca causar – a intima ligacao entre o passado e o presente e o fato de esta conexao nao poder ser mais ignorada. A peca e quase um sinal de incendio, como uma forma de entender o presente usando o passado como exemplo para evitar o que e iminente, fazendo o que Benjamin ja nao mais acreditava que seria possivel. Este ensaio pretende rememorar o terror da possibilidade da guerra e da banalidade da maldade facilmente perpetrada durante momentos conturbados da historia – aqueles que nao devem ser apagados da memoria.

A facilidade do apagamento da história: Orra, a rasura da voz feminina e a tragédia na loucura
Matraga - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ
A perversidade do século XIX vai além da simples definição do que é perverso no dicionário, a per... more A perversidade do século XIX vai além da simples definição do que é perverso no dicionário, a perversão de então estava no apagamento não somente da voz feminina, mas no apagamento do ato de ocultar os problemas da sociedade a serem discutidos na cena inglesa. Suprimir, esconder, tirar do palco as vozes que tinham o que dizer e eliminar o que poderia ser apresentado ao público a fim de faze-lo pensar. O teatro de Joanna Baillie tentou ser diferente enquanto argumentava que a mulher, isoladamente, não era suscetível ao medo supersticioso. Este artigo questiona o fato da peça Orra: A tragedy perfazer um caminho oposto ao defendido pela dramaturga em sua teoria da tragédia. No ato de enlouquecer ao final da peça, Orra, a mulher independente e forte de Baillie, se transforma na típica mulher fraca do século XIX e o apagamento acaba, por sua vez, sendo duplo, o da memória da dramaturga na história e o da sua personagem feminina.
Uploads
Papers by Vanessa Cianconi